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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pode vir 2012!

Definitivamente não há fórmulas certas e milagres sem fé. Não há como simplesmente olhar para o céu e pedir que em 2012 tudo seja diferente se realmente não acreditarmos nisso. Se mesmo diante das dificuldades e das rasteiras continuarmos persistindo e agindo para que o ano seja melhor.

Faltam apenas quatro dias para tudo acabar, mas mesmo assim as notícias e as surpresas não são aquelas que eu desejei. A minha esperança e a minha força interior de ver tudo superado ainda é maior que a minha descrença, mas confesso que vez ou outra tenho vontade de levantar a bandeira branca e tremular a minha derrota.

A gente vive um dia de cada vez... Planta e colhe o momento; não faz planos, não cria expectativas e mesmo assim somos supreendidos com reviravoltas, decisões extremas, pedras no caminho maiores que as nossas pernas podem saltar.

Á partir de hoje então, bem pertinho de fechar mais um ciclo difícil, eu espero que o meu otimismo crie asas e me carregue por 2012 com altura e leveza. Que o brilho que devemos carregar no olhar volte com tanta força que eu possa iluminar a mim e quem estiver ao meu lado; Que as respostas ruins dêem uma trégua e lugar para as boas.

Eu desejo enfim, para mim e para você, que nesse novo ano a gente continue sonhando com o melhor. Que a gente continue na luta diária do simples, do novo e também dos percalços. Que 2012 nos ensine a olhar mais para nós, nos entender, nos permitir errar e acertar.

O mais importante para o ano que vem é aprendermos a ter paciência. Deixar o imediatismo de lado e viver sem pressa. Tomar decisões com calma; viver os dias não querendo que eles passem. Deitar na cama com a certeza que está usufruindo da grande dádiva de estar vivo. Cuidar da saúde do corpo e da alma... Dedicar-se a tudo que você ama.

No dia 31 de dezembro de 2010 eu vou olhar para o céu sim... Vou ter uma conversa com Deus e primeiro agradecer por tudo que me foi dado de presente até o momento. Depois vou pedir sorrisos. Vou pedir para que 2012 minhas lágrimas sejam mais de emoção do que de saudade; mais de alegria do que tristeza. Vou pedir, lá do fundo do meu coração, que todos os próximos dias tenham um sentido único e que eu possa vivê-los com toda a minha intensidade. Na verdade, se ao invés de querermos que o ano mude, mudemos nós primeiro. Quem sabe, na nossa mudança esteja a chave das nossas conquistas.

Um grande beijo cheio de esperança... Feliz 2012!  Com certeza nos vemos por lá!!!!


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

Não há mais nada que eu possa falar sobre o Natal que não torne repetitiva a nossa conversa. Finalmente o grande dia de estar junto com áqueles que amamos está próximo e a hora agora é só de comemoração e felicidades!

Não há mais tempo para cara feia, para tristezas ou problemas mal resolvidos... Agora é tempo de fechar os olhos e sentir a luz que essa data proporciona. Vamos esperar o Papai Noel de braços abertos agradecendo toda a fartura que temos na mesa e na nossa árvore. Também  aproveitar para presentear, nem que seja com uma palavra, alguém carente, seja de fortuna ou de espírito...

Um Feliz e Abençoado Natal!


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Natal que Cansa e Encanta!

Eu já trabalhei no Natal, no comércio, e posso dizer que foi uma das experiências mais cansativas da minha vida. Não há tempo para comer, beber água, respirar... Os pés parecem que não tem mais sola; a coluna já envergou e o sono fica atrasado igual relógio com pilha fraca.

Além de toda a exigência do trabalho, você precisa lidar com clientes um tanto quanto apressados. Todo mundo sabe que as lojas vão estar cheias e que as filas vão estar enormes, mas na hora que você está lá comprando seus presentes, não quer saber de nada disso. Só quer rapidez e agilidade!

Nessa época os horários ficam diferenciados. Alguns shoppings fecham somente a meia noite, porém, as pessoas insistem em concentrar-se num único horário. Todo mundo se batendo para encontrar aquela blusinha tamanho G que não há mais no estoque. Se quiser uma PP, tem de sobra!!!!

Você já perdeu a conta de quantos amigos secretos vai participar e de quantas lembrançinhas precisa comprar. Além de sofrer para encontrar um vendedor e da fila do caixa, o pior é encarar a fila do pacote. Moças muito simpáticas fazendo dobraduras quase japonesas. Com certeza é melhor pegar o papel ou o famoso saquinho para fazer em casa mesmo... Tempo é dinheiro! Isso que eu nem falei do tempo perdido procurando uma vaga no estacionamento... E de gente que atira o carro em qualquer canto impedindo todo mundo de passar... Depois de todas as compras realizadas você ainda encara outra fila para trocar as suas notas fiscais... Alguns lugares até dão presentinhos legais, outros não vale a pena nem arriscar... E o sorteio do carro? Você sabe que é quase impossível ganhar, mas toda a noite faz aquele pedido especial á Deus para separar o seu cupom... Vá que funcione!!!!

Esse ano eu deixei para fazer as compras da ceia mais de última hora, assim como todo brasileiro que se preze. Primeiro porque não tinha lugar no freezer para guardar um peru congelado gigantesco; segundo porque essa semana eles baixam de preço. Tudo bem que vou precisar estudar um horário para entrar no recinto, e ir preparada para encarar aquela fila gigantesca. E me bater no meio das frutas e verduras com aquele balcão especial que fazem para vender passas, nozes e todas as outras especiarias. Sem falar nos carrinhos batendo no seu calcanhar... Uma maravilha!!!!!

Porém tudo isso faz parte dessa época corrida e especial. Quando o dia 24 chega toda a confusão compensa ao ver a família reunida, a mesa linda com a ceia pronta e as crianças rodeando a árvore a espera do presente. Há meia noite quando os fogos anunciam a chegada do Natal você nem lembra que está cansado, apenas entra dentro da garrafa de espumante ou da cerveja extra gelada e fantasia as férias que estão ali... Quase batendo na sua porta!

Bjus... Faltam 4 dias!!!!!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Alimento da Alma

Você consegue definir o amor? Segundo o "seu Aurélio" é uma afeição viva por alguém ou por alguma coisa. O amor é algo que sentimos, mas que temos dificuldade de descrever em palavras.

O amor pode ser entre sexos opostos, do mesmo também; entre amigos e entre irmãos. Há o amor mais incondicional de todos: entre pais e filhos. Podemos amar um animal, uma profissão, um lugar!

O amor é paixão, mas só paixão não é amor... O amor é também sexo, mas só sexo não é amor... O amor é admiração, mas só admiração não é amor... O amor é cumplicidade, mas só cumplicidade não é amor... O amor é respeito, mas só respeito não é amor...

O amor então é esse conjunto de valores que sentimos e desejamos á alguém. É algo que na maioria das vezes acontece devagar, mas que em outras chega para avassalar. Alguns dizem que o amor pode ser a primeira vista. Não duvido... Com certeza tem muita alma esperando para se olhar... Dizem também que o amor engorda, emagrece, tira os pés do chão, faz flutuar e virar a cabeça. Acredito também... O nosso corpo responde aos estímulos do nosso cérebro... Não é do nosso coração? Porque ele palpita, bate forte, acelera e quase pára de vez em quando. Se o amor está mesmo guardado no coração, então somos feito só de coração.

Eu acredito que o amor muda, se transforma... Em todos áqueles valores que citei acima. O amor deixa de ser somente uma afeição e passa a se apropriar de outras qualidades. O amor aceita defeitos, mas não aceita falta de valores. Tem muita gente que aceita o inaceitável, mas aí não acredito que seja amor...

O amor precisa desse conjunto de outros sentimentos para se completar. É uma mistura de corpo e de espírito que juntos levantam faísca e aquecem os dias. Você ama quando olha para alguém e enxerga a si mesmo... Narcisismo? Nem pensar... Você encontra na outra pessoa coisas que você acredita ser importante e outras que você vai agregar.

Talvez seja por isso que o amor por um filho seja tão especial: Você enxerga nele suas qualidades, seus defeitos e suas características físicas. Além disso tudo, ele tem características próprias, como se você tivesse voltado á vida ainda melhor.

Enfim, com definições ou sem elas, o amor é essencial. Amar e sentir-se amado revigora tudo. Ter esse cuidado e ser cuidado por alguém é uma das grandes dádivas da vida. E poder dividir, é ainda melhor. O amor é o alimento da alma!





Bjus... Ótima semana!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sonhos que Podemos Ter!

"Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão... Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção... E tudo ficou tão claro... Um intervalo na escuridão... Uma estrela de brilho raro... Um disparo para um coração...

A vida imita o vídeo... Garotos inventam um novo inglês... Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser... Sonhos que podemos ter!

Um dia me disseram quem eram os donos da situação... Sem querer eles me deram
as chaves que abrem essa prisão... E tudo ficou tão claro...O que era raro ficou comum... Como um dia depois do outro... Como um dia, um dia comum...

Quem ocupa o trono tem culpa... Quem oculta o crime também... Quem duvida da vida tem culpa... Quem evita a vida também tem...

Somos quem podemos ser... Sonhos que podemos ter!"

É impossível nessa época do ano a gente não falar sobre recomeços... É impossível não colocar a vida na balança e avaliar tudo que escolhemos e tudo que ainda podemos escolher.

Adoro essa música do Engenheiros porque ela me faz refletir... Faz-me acreditar que a cada novo ano esse país tão desigual também pode recomeçar. Faz-me pensar na época de quando eu era uma menina e quando tudo me foi revelado. Quando eu passei a entender que o Papai Noel era somente uma figura simbólica; quando a maioria das minhas fantasias não podiam sair de dentro do meu quarto e da minha casa de bonecas.

Eu cresci e descobri um novo mundo. Saí da bola mágica que envolvia a minha infância e enxerguei uma vida nova... Uma vida difícil e mutante a cada ano. De criança passei a jovem e a adulta em segundos... Fui engolida pela necessidade de crescer!

Assim como eu, todos enxergam os dias passarem voando. Nós tentamos sempre ser melhores... Reavaliamo-nos e nos cobramos para ser quem podemos ser... E por mais que eu acredite que o céu seja o limite, precisamos sonhar o que podemos ter mesmo. Nossos sonhos não podem mais ser os sonhos da infância... Eles precisam ser reais e acompanhar a verdade do mundo.

É claro que lá dentro de nós todas as fantasias antigas podem permanecer... Precisamos dessa magia para suportar todas as dificuldades da nossa rotina e dos problemas sem aviso que aparecem... Porém, ter os pés no chão e a cabeça aberta é fundamental. Corremos atrás do que idealizamos, mas não podemos deixar isso tomar conta de tudo.

Precisamos viver o momento... Ser feliz hoje! Satisfazer-se com as pequenas e simples coisas da vida... Perdemos tanto tempo planejando e acumulando cifras que esquecemos de viver plenamente. Esquecemos da importância de um bate papo, de um beijo e de um abraço. De sentar na areia observando o mar... De olhar pela janela a chuva caindo... De junto com um amigo relembrar histórias.

Esse nosso inventário anual, geralmente feito nessa época do ano, é muito importante. Faz-nos lembrar que tudo que deixamos para trás com o amadurecimento continua vivo e que o futuro também depende das nossas escolhas. Devagar e sempre vamos construindo o caminho perfeito... E a perfeição, nesse caso, é tudo que ilumine e dê sentido a sua vida!


Bjus!!!!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Um novo Tempo

Tá na hora mesmo de acabar... Tá na hora de 2011 dizer adeus e preparar terreno para 2012. Nunca fui muito supersticiosa, mas ultimamente to acreditando que anos pares me trazem mais sorte. Não custa nada acreditar né!!!

Foi um bom ano... Pessoalmente falando, muitas coisas legais aconteceram na minha vida, bem como muitas pessoas queridas entraram nela. Troquei de casa, de cidade e de estado mais uma vez... Tive notícias boas, mas muitas notícias tristes também.

Nesse ano não consegui tirar da gaveta muitos planos, mas consegui manter outros já iniciados. Áquela viagem especial ainda não virou realidade e a volta para os pampas também não se materializou. São passos mais demorados, eu sei, mas já andamos um pouco. Já assimilamos a espera e já tomamos as decisões mais difíceis.

Algumas metas foram adiadas... Foram analisadas e colocadas em "standy by". Não desisti, apenas refleti sobre o momento certo. Não sei bem se ele existe, mas é certo dentro de mim que eu vou saber a hora de agir novamente.

Foi um ano duro com a família. Um ano de sustos e doenças. Um ano de doação e de pensamentos unidos a procura de solução e de cura. Ainda estamos percorrendo o caminho; ainda vamos ter batalhas no ano que vem.

Em 2011 perdi e ganhei forças. Sorri e chorei em proporções quase equivalentes. Briguei e pedi desculpas igualmente. Fui filha, irmã, prima, sobrinha, cunhada, nora, tia, dinda e amiga menos do que gostaria. A distância muitas vezes freia os meus passos. Tentei estar presente, me cobrar menos, mas faz parte da minha essência: Eu quero estar junto...

Fui mãe e esposa na medida certa, eu acho. Cumpri o meu papel com orgulho e com satisfação. Posso ser melhor no próximo ano... Sempre podemos ser mais. Podemos aprender a ser mais tolerantes, ouvintes, amáveis e felizes. Podemos aprender a ter mais paciência!

Em 2012 quero ser mais a Juliana. Quero colocar-me a frente de vez em quando e não protelar mais alguns sonhos. Quero ver mais o sol do que tempestades... Quero mais o convívio do que a saudade. Quero mais saúde do que doenças... Quero mais vitórias do que fracassos... Mais tentativas quem sabe, do que a inércia de não tentar. Quero reencontros e não despedidas... Quero mais barulho do que solidão.

Igual a todos os recomeços eu quero a expectativa do melhor. Eu quero trocar a folha amassada do velho calendário de um ano inteiro que já passou por outro novinho em folha. Para poder colocar nas minhas orações os pedidos de fé e de esperança que vou formular no dia primeiro de janeiro. Por todas as uvas, lentilhas e ondas do mar que vou pular para garantir o sucesso de 2012. Por todos os pensamentos e vibrações positivas...

Por mais que lá no meio do percursso eu canse e descubra que nada mudou... Ainda sim vale a pena começar o ano com o pé direito... Acreditando que tudo pode ser diferente... Esse sonho ninguém tira da gente. As possibilidades, as do bom e do ruim, são iguais... Cabe a nós alinhá-las na direção certa. Eu acredito sempre no melhor... Depois, durante o ano, a gente vai moldando os problemas. A nossa sorte é que o ano acaba e sempre temos mais uma chance de reformular os nossos projetos. Tenho certeza que em algum momento tudo, ou quase tudo dê certo porque a felicidade está no caminho, não no final dele!

ABraços!!!!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Simples Assim!

Eu me considero uma pessoa simples... Sempre fui de poucos luxos, acho que decorrente da criação que tive em casa. É claro que adoro conforto e coisas bonitas. Não ligo para a última moda, mas prezo qualidade. Não jogo dinheiro pela janela e não me importo de gastar a sola do sapato para buscar o melhor preço.

E não me aperto também. Sempre dou um jeito. Não há tempo ruim que me impeça de fazer alguma coisa. Posso até queimar o cérebro pensando numa alternativa, mas uma hora eu encontro as respostas.

Sou uma mulher como todas as outras, ou a maioria delas, quem sabe: Enlouqueço por uma bolsa ou sapato. Não sou ligada em jóias; fico bem feliz com uma bijuteria bacana. Celular, não to nem aí. Aqui em casa eu só fico com os "refugos". Depois que o Marcelo já usou, arranhou e enjoou eu herdo o filhote. O importante é que ele funcione e tenha algumas ferramentas básicas, o resto é só pagar a conta para nunca ficar sem crédito... Odeio celular pré-pago... Sempre fico nas mão!

Durante muitos anos eu guardei a minha carteira de motorista na bolsa sem usar. Depois que encarei o trânsito e dei adeus ao "buzão" confesso que a minha vida melhorou bastante. Na verdade, ficou bem mais fácil, mas, por outro lado, nunca tive tanta dor de cabeça. O motivo? O meu carro velho, é claro!!! Tenho muito orgulho dele, mas vamos combinar que é uma encrenca atrás da outra.

Eu sou uma feliz motorista de um ford Ka VERDE 1999. Freios, embreagem e direção hidráulica trocados recentemente. A lataria tinha um arranhão... De um pilar do estacionamneto do supermercado que tentei levar comigo assim que comecei a dirigir, mas que foi eliminado quando atropelei o motoqueiro e precisei arrumar a pintura... kkkkkkk... Ficou com pena do meu carro né? Porém foram somente essas "barbeiragens"... Por hora estou me tornando uma excelente motorista!

O único probleminha do carro é o escapamento... O "Ervilhão" ronca igual a uma Ferrari... Quem ouve de longe até pensa que uma super máquina turbinada está chegando... Até pensei em levar para arrumar essa semana, mas sexta passada ele "ferveu" em pleno temporal num trânsito caótico. Em meio a fumaça descobri que a ventuinha não estava funcionando. Resultado? Oficina novamente. Lá vou eu conversar com os meus amigos para resolver o meu problema.

Desde o final de semana e hoje depois de largar o carro na oficina estou a pé... E confesso que esse é um conforto que não abro mais mão. Até não ter o gostinho da comodidade não sentia muita falta... Hoje, depois de pegar quatro ônibus lotados carregando sacolas me lembrei o quanto meu carro velho é importante.

Quem sabe um dia desses, quem sabe agora no novo ano que vai começar, eu coloque nos meus planejamnetos um carro menos velho. Quem sabe eu abra mão um pouco da simplicidade por um pouco mais de tranquilidade. Por enquanto eu continuo pilotando por aí a minha azeitona ambulante. Uma coisa é certa: Não entendo muito de mecânica, mas ultimamente to ficando boa nisso!!!!
Bjus!!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Doce!

A minha filha sempre inspira posts por aqui. Assim como todas as crianças é uma caixinha de surpresas, sem falar nas pérolas diárias que ela solta sem aviso prévio. Hoje ela cochichou no meu ouvido um verdadeiro poema. A grande magia de ser criança!

Ontem ao tirar um cílio caído no seu rosto a ensinei uma brincadeira que eu fazia quando criança: Colocava o cílio solto na ponta do "dedão" e a outra pessoa colocava o seu dedo em cima. Apertávamos e fazíamos pedidos. Ao soltar, o dedo que permanecesse o cílio seria a pessoa com seus desejos realizados.

Hoje pela manhã ela fez a brincadeira com a minha mãe e o cílio ficou grudado no seu pequeno dedinho. Toda feliz raspou no cabelo para não perdê-lo. Mais tarde sentada ao meu lado no sofá ela me pediu para contar os pedidos que fez na brincadeira com a vó. Eu disse que não precisava revelar, mas ela insistiu... Pedi então prévia autorização para revelá-los aqui no blog, para compartilhar com vocês esse momento tão doce... Igual deveria ser todos os nossos dias... Doces!!!

- Mãe, eu fiz três pedidos: Voar; pintar caprichado e que o mundo seja colorido!

Na hora sorri e me emocionei com a fofura das palavras que foram cochichadas no meu ouvido. Igual a história do quebra-cabeça que contei outro dia, mais uma vez a pureza da infância tomou conta dos meus escritos.

Perdemos tanto tempo lamentando ou remoendo problemas que esquecemos o quanto a vida pode ser simples. Sem as nossas neuroses e sem os nossos conflitos com causas pequenas. Vivemos num mundo repleto de motivos para levantar bandeiras... Causas sérias e preocupantes, mas se tivéssemos o olhar sincero e profundo de uma criança, muitos desses problemas jamais teriam tomado corpo.

É normal esquecermos de tudo isso e olharmos somente para dentro de nós mesmos. Esquecer de ver alegria numa lágrima; uma nova chance para um "não"; felicidade numa porta fechada. A facilidade de entregar o pensamento para a derrota é muito maior que programá-lo para a persistência.

Ser presenteada diariamente com a sensibilidade de uma criança é uma dávida. Ela me faz lembrar todos os dias o quanto é importante abrir a janela e, mesmo num dia chuvoso, enxergar o sol; mesmo em pequenas brincadeiras enxergar a imensidão de possibilidades.

Vamos então tentar levar a vida com doçura. Deixar o azedo das complicações num patamar com menos importância. Levar-nos menos a sério e gozar a vida. Praticar gentileza; levantar a cabeça ao cruzar com alguém na rua; falar com um sorriso; não envergonhar-se de dizer o quanto ama alguém. Distribuir beijos sinceros; acarinhar por afeição; estar disponível para ouvir; entregar-se aos sonhos. Quem sabe, polvilhando a vida de açúcar, construimos uma casca fina em nós, capaz de transformar-se com nossas mudanças e não nos deixar rígidos, mas maleáveis e tolerantes... Serenos e puros!

Bjus... Ótimo final de semana!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Poetizando

Eu curto muito poesia... Até me arrisco de vez em quando escrever alguma, mais por diversão do que por domínio da técnica. Porém, o que mais me encanta nesse gênero é que não somente as palavras a descrevem. Ela está em tudo ao nosso redor... A poesia está no ar!


Está no dia de ontem quando a Mari subiu no palco para apresentar-se com a escola. Estava nos seus gestos bem ensaiados, na música na ponta da língua. Estava na sua dança de boneca, no seu sorriso contagiante de felicidade. A poesia estava nas minhas lágrimas de orgulho, nos olhos brilhando dos avôs revivendo momentos tão especiais.

A poesia estava ontem também com um vaga-lume perdido no meu quarto. O seu piscar iluminando a madrugada. Com os passarinhos que me acordam cantando; com o rabo curto abanando da minha cachorra quando me vê descendo as escadas.

A poesia está num ato de gentileza, numa conversa com um amigo; nas mãos dadas de um casal na rua. Num carinho entre pais e filhos, num professor que chora vendo seu aluno brilhar. No amor entre irmãos, num aceno de despedida, num dia ensolarado. Na chuva que cai homogênea, no vento que balança árvores e espanta vibrações negativas.

A poesia está no grito de gol do seu time preferido, na brincadeira de roda, na música cantarolada no chuveiro. Na descoberta do primeiro beijo, na notícia de sucesso. No primeiro passo de uma criança, na beleza de uma grávida.

A poesia está nas quatro estações do ano. Nas férias com a família, na rotina bem sucedida do seu trabalho. Num desfile de moda, num programa de televisão, na coluna de um jornal. Nas nossas tentativas de acerto, no reconhecimento de um erro, num perdão.

A poesia está num bolo de chocolate, na mesa farta do café da manhã. Na comemoração de um aniversário, na magia do circo, do parque, da praça, da brincadeira. Nas pequenas e grandes coisas; Nos momentos simples e nos de glória.

A poesia está dentro de nós... Nos nossos atos, pensamentos e emoções. Em cada palavra e atitude que temos com o outro e com nós mesmos. Em cada piscar, em cada sorriso e em cada choro. Está nas nossas entranhas, na nossa força e na nossa vulnerabilidade. Em tudo que nos motiva e nos enfraquece.

A poesia é o jogo de rimas da vida... Linhas eufóricas e nostálgicas de experiências... Versos que nos remetem ao nosso interior... Estrofes sólidas de ensinamentos... Desfecho perfeito para o nosso amadurecimento.

Um abraço!!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Chave

As vezes gostaria de ser uma chave... De ter sob meus poderes a possibilidade de abrir portas. Não somente as portas lacradas de recintos, mas as trancas de um monte de outras coisas que nos acompanham ao longo do nosso crescimento.

Queria poder ser a chave do tempo. Acelerá-lo ou segurá-lo de acordo com o momento. Numa simples virada na maçaneta obter todas as respostas para os questionamentos da vida. Ter a chave para abrir os corações e entendê-los também. Ajudá-lo a escolher o melhor amor e sofrer o menos possível diante as viradas de sentimentos.

Queria ser a chave da cura. Abrir e desvendar doenças... Acabar com sofrimentos; amenizar perdas. Ter a chave da inteligência para abrir as nossas cabeças. Usar o melhor do cérebro; aproveitar oportunidades.

Queria ser a chave da paz. Aniquilar com a violência; ver na inocência o remédio para o bem viver. Ter a chave da beleza para decidir o que é feio. Acabar com os esteriótipos; valorizar o que cada um tem dentro... Destacar a luz interior.

Queria ser a chave do perdão. Ter a capacidade de colocar orgulhos de lado e recomeçar. Assumir erros e aceitar que eles fazem parte do nosso amadurecimento. Ter a chave do céu e poder ficar mais próximo de Deus. Ser apenas visita, mas repousar ao seu lado sempre que precisasse de um colo.

Queria ser a chave da alegria. Poder mostrar a sua força; transformar lágrimas em sorrisos. Ter a chave do mundo para poder percorrê-lo sem pressa. Ver todos os lados; conhecer todas as culturas; ser parte de algum lugar.

Queria ser a chave de mim mesma. Controlar todas as minhas dúvidas; desvendar todos os meus mistérios. Ter a chave do meu controle remoto: Ligar-me para uma nova aventura e desligar para me recuperar de um tropeço. Conhecer meus caminhos, meus medos e meus arrepios. Abrir a minha alma para o novo; reconhecer o velho; me entusiasmar com o futuro.

Eu queria ser a chave do meu próprio relógio: Ensiná-lo a ter paciência... Eu queria suspirar por um beijo; derreter-me por uma palavra; sentir-me vitoriosa por uma conquista. Eu queria ser a chave de tudo. Eu queria com uma única mão virar as engrenagens de tudo aquilo que nos move, alimenta e nos proporciona paixão...

Eu queria ser humilde para entender que as chaves estão soltas por aí... Não posso ser elas, mas posso conquistá-las... Não posso controlá-las, mas posso tê-las no meu chaveiro para abrir as portas de tudo que me levar o mais próximo dos meus desejos.

Bjus!!!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ressaca!

Dizem as más linguas que quando estamos tristes as palavras saem com mais facilidade. Não estou me sentindo triste, mas com uma ressaca de doer... Doer os olhos, a cabeça e o estômago. E mesmo assim, mesmo com essa enfermidade temporária devido uma noite de algumas caipirinhas e pouco sono, levantei com uma vontade absurda de escrever. Talvez seja meu remedinho efervecente... Vai entender!!!

Aproveitando a deixa então vamos conversar sobre isso mesmo; sobre a idade pesando em cima do corpo depois de uma noitada. Ai que saudade dos meus 18 anos! Que pique era aquele que eu carregava no dia posterior a uma balada? Não precisava nem dormir... Só jogava uma água no corpo e seguia para o trabalho numa boa. Hoje em dia, só de pensar em encarar uma fila para entrar num local e depois ficar de pé com um salto enorme ouvindo a mesma batida de música já fico cansada. Meu corpo já avisa que não vou aguentar.

De repente se nunca tivesse parado com a "esbórnia" não me sentisse assim, mas depois que a vida tomou outro prumo e as prioridades também, o corpo acostuma ou desacostuma com o festerê. Aliás, nunca fui uma festeira de carteirinha, sempre gostei mais de barzinhos e conversas até altas horas.

Ontem foi assim: Churrasco na casa de conhecidos... Muitas conversas, destilados e as horas passando sem nem perceber. Na volta para casa, já sentindo o peso da noite, me obriguei a parar numa loja de conveniência para comprar uma glicose... Um docinho para acalmar a alma!!!!!!! Desmaiei na cama e hoje acordei com aquela preguiça de não fazer nada... Coitado do Marcelo que precisou encarar o trabalho ainda... Mas cada um com seus problemas... Eu fico por aqui descansando por nós dois...

Não me considero velha, bem pelo contrário... Quem dera eu pudesse ter a cabeça de hoje naquele corpinho de antigamente... As festas bombariam!!!! Porém, o crescer é assim mesmo... A gente amadurece quando é necessário... A adolescência faz parte do ciclo de bater muitas vezes a cara na parede; aprender com os erros; viver intensamente ou pular algumas etapas... Eu pulei várias... Nunca fui uma adolescente típica... Tinha muitas inseguranças, mas meu crescimento sempre foi acelerado... Hoje pensando no passado, mudaria algumas coisas, me daria mais tempo talvez, mas os planejamentos são sempre perigosos... Imaginamos situações e a vida nos mostra caminhos bem diferentes... Alguns difíceis outros melhores do que sonhamos.

É isso então... Enquanto os jovens de corpo já estão prontos para mais divertimentos, a "coroa" aqui vai se entregar ao sofá... O importante é se divertir! Estar em lugares por vontade, pela companhia, pelas risadas. Não importa que seja numa balada lotada, num barzinho tranquilo, na casa de amigos ou na sua própria casa fazendo o que mais gosta. O nosso espírito é que não precisa ter pressa para envelhecer... Do corpo damos um jeito!

Até... Bom domingão!!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Guarda Chuva

Ontem foi o início do mês de dezembro e como já havia programado acordei como se tivesse recebido um sopro direto dentro de mim... Um sopro de vida! Talvez por saber que o ano, mais um daqueles bem cansativos e saudosos está chegando ao fim... Ou então por estar esperando respostas que podem mudar o destino do ano que vem... Ou ainda pela chegada dos meus pais que são sempre um "plus" nos meus dias...

Assim como o sol que iluminava o dia por aqui minha alma também sentia-se iluminada. O mês de dezembro é sempre bem vindo. É uma época de festa, de comemorações, de alegrias enfim... A rua tem mil e uma cores e a casa cheiro constante de peru. As músicas falam de esperança e o ouvido parece que só escuta o estouro da rolha do espumante. O bombardear dos fogos de artifício e o "ho ho ho" de um bom velinho incentivador de sonhos.

Com certeza aquela chama que eu pensava aquecer o meu coração assim que o mês iniciasse reacendeu... Ganhei força e otimismo! Ganhei a visão de dias melhores; de vida doce e feliz...

O dia nem havia acabado ontem e um balde de água fria inundou o meu jantar. Tudo aquilo que eu não esperava ouvir foi despejado sobre a ceia. A expectativa que era boa passou a não mais existir... As respostas que podiam ser positivas, agora nem sequer terão chance de se pronunciar. Porém, mesmo assim, mesmo depois da surpresa de uma notícia ruim, não perdi o meu entusiasmo... Felizmente tudo aquilo que eu já havia colocado dentro de mim permaneceu... Naquele momento, mesmo diante a tragédia, eu continuei firme e esperançosa... Eu sei que tudo vai dar certo!

Hoje o dia acordou cinza e frio. Até poderia dizer que está refletindo no meu coração, mas não está... Continuo iluminada, acreditando no fogo que a minha alma adquiriu. O "não" sempre estará presente na nossa caminhada, mas talvez ele seja necessário para nos trazer caminhos melhores. Continuo acreditando que nada, mas nada nessa nossa vida é por acaso. Tudo tem um sentido e um porquê. De vez em quando vamos sair frustrados e contrariados, mas depois vamos colher o ensinamento.

Durante muitos anos eu precisei lidar com o tempo. A controlar a minha ansiedade; lidar com a minha paciência, ou com a falta dela, e principalmente controlar as expectativas. Ontém tudo estava diferente. Eu tinha a sensação que já estava no meio do meu percurso de volta, da mão alcançando um ideal, mas fui informada que é preciso voltar ao início. Tudo bem, voltaremos então... Não há nada de errado em recomeçar... A única certeza para hoje é que nenhum chuvisco vai abalar o meu humor. Que venham as tempestades, meu guarda chuva já está aberto esperando tudo passar...

Bjus!!!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Transparência

A vida nos ensina que precisamos ser transparentes... Deixar transparecer os sentimentos. O nosso olhar deve refletir o estado da nossa alma... Da alegria ou tristeza do nosso viver.

Mas nem sempre conseguimos essa transparência, pois a vida também infelizmente nos ensina que precisamos nos proteger e vez e outra não deixar tão explícito tudo que habita em nossa mente e no nosso coração.

Talvez seja errado reprimir essas emoções, elas realmente deveriam ser livres. Porém, as vibrações negativas também nos rondam e precisamos lutar diariamente contra a inveja, ignorância e falta de bom senso. Se gritamos ao mundo que estamos felizes corremos o risco de alguém ficar de olho nessa felicidade... Se reclamamos constantemente de tudo nos tornamos chatos... Perdemos companhia...

Na verdade, mesmo precisando se resguardar ainda é muito melhor mostrar a sua intensidade. Ser o que você é... O que você tem de bom e ruim... O seu melhor e o seu pior.  Deixar de pensar no "se" e correr todos os riscos. Nada mais esquisito que lidar com uma pessoa que não se mostra... Não se abre, não se comunica... Ao invés de acharmos verdades, só encontramos suposições que podem ser interpretadas como falsidades.

E de falsos o mundo já está cheio... Falsos políticos; falsos amigos; falsas notícias; falsos produtos; Falsas promessas... Não precisamos também nos falsificar... Viver com o peso de meias verdades. Com certeza ser transparente acaretará em alguns contratempos, mas temos capacidade de lidar com eles. Aos poucos aprendemos a identificar as atitudes de boa fé daquelas que só querem nos enterrar.

Olhe -se no espelho e encontre você. Enxergue-se! Não alguém parecido com você, mas a sua cara, as suas idéias, os seus valores e as suas convicções. A sua certeza e a sua aceitação abrem as portas para a dos outros. A sua transparência puxa a verdade do outro... Nem sempre vai dar certo, não vivemos num conto de fadas, mas quando deitar a sua cabeça no travesseiro vai ter a certeza que a cada dia está doando a sua essência, não importa o que pensem dela.

Até!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Padecendo no Paraiso

Ontem eu achei que tinha perdido a Mari. Pior até... Achei que a tinham levado de mim... Foi, sem dúvida, a pior sensação que já experimentei... A impotência de sentir o coração parar de bater por alguns instantes.

Estávamos eu, Marcelo e a Mari na festa de final de ano da Renner numa churrascaria. Muita gente, muito barulho, mas tudo dentro do normal e do previsível. Numa entrada lateral do restaurante havia um parquinho para as crianças. Tudo normal também: Cama elástica, bolinhas... Aquele paraiso infantil. É claro que a Mari queria brincar com as outras crianças e nos brinquedos... E foi...

Uma certa hora o Marcelo foi dar uma espiada para ver como e onde ela estava e depois dar uma circulada pelo lugar para conversar, enquanto eu continuava jantando. Ele não retornou para me dizer se tinha falado com a Mari então decidi ir até onde ela brincava. Foi nesse exato momento que o meu coração parou. Ela não estava lá... Nem seu sapato, nem seu cheiro... Nenhum rastro. Nada!

As pessoas passavam por mim e sentia-me um fantasma. Meu lábios tremiam, bem como as minhas mãos. Na minha cabeça só passava a idéia de alguém tê-la levado... Como aquilo estava acontecendo comigo? O rosto da minha princesa cegava os meus olhos e já estava ao ponto de gritar por socorro quando me lembrei que no estacionamento do lugar havia um grande Presépio. Desci as escadas correndo e rezei para que assim que eu me virasse enxergasse o meu pedaço de gente.

Bingo!!! Lá estava ela de mãos dadas com o Marcelo olhando o Presépio. Eu coloquei a mão na cabeça para ver se fazia elas pararem de tremer. Eles se aproximaram e não contive mais o choro. As lágrimas denunciavam o pavor de uma mãe desesperada atrás da sua cria. A peguei no colo e ela me abraçou e perguntou o que estava acontecendo. Eu só lembro de ter dito que achava que a tinha perdido. Ela me olhou e disse: - Eu estou bem mãe, só fui dar uma voltinha com o pai.

O choro transformou-se em sorriso e um alívio que tomou conta do meu corpo inteiro. Foi como se uma parte de mim voltasse a respirar... Como se o meu coração ganhasse vida novamente... Foram os cinco minutos mais aterrorizantes da minha existência. É claro que não a deixei brincar mais. Agarrei a sua mão e só fui soltar em casa. A coloquei na cama dormindo como um anjo e olhei para o teto do quarto tentando encontrar o céu. Eu queria agradecer á Deus por ela estar ali.

Ao lembrar do ocorrido mais cedo a vi correndo de volta para os meus braços e acho que fui mãe pela segunda vez... Tudo renasceu dentro de mim! Um "flashback" de momentos passaram em segundos dentro da minha mente: Seu sorriso desdentado de bebê; a primeira colherada de feijão; a cara feia com o primeiro gole do suco de laranja. O engatinhar pela casa; o primeiro aniversário e o primeiro passo. A primeira palavra; a ida para a escola, o primeiro xixi no chão da sala. O tombo de bicicleta, o primeiro corte de cabelo; as perguntas intermináveis e as brincadeiras de bonecas. Porém, o mais importante foi ouvir naquele silêncio do quarto uma voz que ecoava dentro do meu coração lembrando de todos os dias que eu a ouço dizer que me ama... Desse milagre de ser mãe... Igual a todas as outras que padecem, mas que são abençoadas e felizes á beça!

Bjus... Boa semana!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cheiro de Recomeço

Eu sinto o cheiro do Natal na rua... Você não sente? Aquele cheirinho de final de ano... De cidade enfeitada, de músicas natalinas dentro do supermercado e de Papai Noel perdido em todos os cantos. Tá certo que é uma data mágica e iluminada, mas me bate aquela nostalgia. Mais um ano indo embora, metas que não se realizaram e o cansaço da rotina de todos os dias.

Ao mesmo tempo, no meio desse emaranhado de sensações amargas e saudosas, eu suspiro fundo ao lembrar que tenho mais uma chance de fazer tudo de novo. Acertar o que não deu certo; continuar na estratégia do que foi muito bem obrigada e criar novos objetivos. Atualizar os sonhos; amadurecer; enxergar a vida a cada ano de maneira diferente. Esquecer os fracassos e ir além... Além de fortunas, confortos, viagens e tal.

Com certeza ainda quero tudo isso e mais até, mas estou disposta nesse novo ano a abrir mão de algumas regalias para viver uma felicidade que não é material, mas que está ligada ás pessoas. Eu quero deixar para trás os vários metros quadrados de uma casa por uma bem menor, a minha, longe daqui... Estar perto de todos os corações que eu sei estar dentro e que com certeza também batem dentro do meu.

Talvez nessa época por encerrarmos ciclos, seja o momento de tomar novas iniciativas. Acertar mudanças; correr riscos; aventurar-se somente. É tempo de férias... De dias sem compromissos, de agenda lotada só com prazeres. De mesa farta para brindar as festas, de família unida celebrando a vida. É tempo também de deixar as tristezas de lado, os problemas estacionados; fazer pedidos e agradecer por tudo que passou.

Eu tenho a impressão que á partir do dia primeiro de dezembro eu recupere as forças que andam estremecidas... Que toda essa magia do Natal acenda a minha chama interior... Que todo esse mês me prepare para um novo ano... Um novo recomeço... Uma nova tentativa de viver plenamente... De fixar-me, de ser parte de algum lugar e principalmente compartilhar todos os momentos.

Bjus... Um ótimo Final de Semana!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eu acredito...

Em pensamentos positivos, energias e no brilho das estrelas... Em promessas e sonhos possíveis...

Em amigos verdadeiros, no aconchego de um colo, um conselho, uma presença...

Em recompensa pelas boas maneiras e aprendizado pelas más... No poder das palavras...

Em homens, anjos e santos... Eu acredito em Deus...

Em força de vontade; tentativas de superação... De ir mais além... No suor da corrida, na saúde do corpo, na iluminação da mente...

Eu acredito no calor do abraço e na mágica de um beijo... Em sexo sem pudores... Em ciúmes com limite... Em amor verdadeiro...

Em sucesso e gritos de vitória... Num sorriso de tristeza ou numa lágrima de alegria... Em felicidade plena... Em momentos de reclusão...

Eu acredito no silêncio da meditação, na concentração, na busca pelo equilíbrio... Eu acredito na paz de espírito...

Em versos, contos e crônicas... Na ficção de um livro, na frase de um autor...

Em músicas que embalam histórias... Em filmes que retratam realidades... Em danças que fazem a alma flutuar...

Eu acredito nos sinais do dia-a-dia... Na importância da famíia... Na mutação da idade...

Em caráter, boa vontade, discernimentos e gentileza... Em correr riscos para modificar... Em sentir-se seguro para amar...

Eu acredito em tudo aquilo que toca o meu coração... Que estremece, ecoa e vibra... Nos suspiros, sorrisos e choros que nos transformam todos os dias. Nas tentativas, lutas e aprendizados... Nos encontros e desencontros... Nas lembranças e no futuro...

Eu acredito sempre em mim!

Bjus... Até!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O PREÇO DO AMANHÃ



Na última sexta feira fui ao cinema ver "O Preço do Amanhã" com o Justin Timberlake. A idéia do filme é muito interessante. As pessoas, no futuro, ao completarem 25 anos ganham um cronômetro tatuado no braço que vai diminuindo o tempo de vida á medida que eles vão comendo, caminhando ou comprando alguma coisa. Não existe dinheiro, tudo é pago com o tempo. E igual a nossa realidade, os mais pobres estão sempre correndo atrás do prejuízo enquanto os mais ricos andam lentamente pois tem tempo de sobra.

Mesmo com a idéia interessantíssima de converter moeda em tempo, achei que o filme abordou muito pouco o fato de aprendermos a lidar com esse tempo. De transformá-lo em nossa maior riqueza. Por outro lado deixou bem claro que a eternidade que os ricos possuiam não tinha valor, pois estavam sempre com medo de serem roubados. A riqueza não garantia felicidade. E não garante mesmo! Você pode ter tudo e mesmo assim não ser feliz. Pode estar rodeado de pessoas e de confortos e ainda sentir-se só e com um vazio interior que nenhum dinheiro pode comprar.

O filme é meio lento... Arrasta-se em algumas partes e na minha visão poderia ser bem mais dinâmico. Mas vale o ensinamento. Vale a reflexão de como estamos usando o nosso tempo. Se estamos usufruindo com sabedoria ou simplesmente deixando passar.

Eu saí do cinema com a certeza que ultimamente o meu tempo anda mal aproveitado. Posso fazer muito mais com ele... Estou aguardando algumas mudanças, mas também não posso ficar parada esperando as transformçaões. Estou me mexendo... Agora o tempo está passando devagar diante minha ansiedade, mas tenho certeza que em breve ele vai acelerar devido as grandes modificações que se fazem necessárias. Não tenho tatuado no braço um relógio, mas inconscientemente o meu calendário tem pressa.

Meu conselho... Aquele que mentalizo para eu mesma é viver um dia de cada vez. Não deixá-los passar desapercebido. Aproveitar todos os momentos mesmo que não tenha atingido os seus objetivos. De degrau em degrau construímos uma história sólida e feliz. Minha escada não está ainda na altura que eu sonhei, mas sei que vou chegar lá... Ah vou!

Bjus... Boa semana!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Bola de Neve

Longe de mim trazer pensamentos negativos em plena sexta feira, véspera do tão sonhado final de semana, mas porque será que os problemas da gente nunca chegam sozinhos? Você já percebeu que eles vem sempre acompanhados de outros irmãozinhos? É igual quando a sua televisão tem crises de imagens. Na mesma semana estraga o liquidificador; o microondas não esquenta mais nada; queima a lâmpada do abajur da sala ou o relógio simplesmente pára de funcionar.

Tem que ter uma explicação sensata para o porquê dessa avalanche de problemas que insistem em rodear-nos sempre na mesma hora. Pode ser para depois de resolvermos tudo tirarmos uma folga deles. Aproveitar a tão esperada "bonanza", mas ninguém garante que a boa fase seja longa. Você mal terminou de fechar um ciclo de tempestades e logo á seguir a sua vida se fecha novamente. O sol vai embora e as nuvens tomam conta de tudo.

É claro que a vida é assim mesmo. Que graça teria se tudo fosse sempre bem certinho. Os tropeços trazem ensinamentos que utilizamos na sequência da vida. Sim, é muito lindo filosofar sobre isso até você estar no meio desse turbilhão de indecisões, mudanças, doenças, crises existenciais e sei lá mais o que se passa dentro dos nossos conflitos. Saber que precisamos encarar tudo com força é fácil, o difícil é encontrar essa força todos os dias para seguir em frente.

Não sei se existe solução para essa bola de neve, mas, com certeza existem meios para diminuir o sofrimento. Ficar remoendo um problema é quase suicídio. Ou você espera ele chegar de vez e aí começa a se preocupar ou então já morre junto, pois na hora que ele realmente ficar intenso você não terá mais cabeça e coragem para achar uma saída.

Tentar sorrir para a vida não é mascarar o problema, mas não deixá-lo tomar conta da sua alma. Não digo que precisamos fingir felicidade, mas precisamos atraí-la. E, com certeza, não será com choros e mau-humor que ela baterá á sua porta. Pode sim deixar as lágrimas de vez em quando escorrerm do seu coração e aliviar tudo dentro de si; pedir um colo para quem estiver próximo; uma ajuda para clarear as idéias. Pode sim deixar-se cair para depois levantar com tudo!

Só não podemos virar vítimas das nossas intempéries. Deixar que elas ditem o rumo da nossa caminhada e definam a pessoa que não queremos ser. A dor e as dificuldades nos tornam seres duros, insensíveis e descrentes. É aí que precisamos mostrar o nosso potencial. Dar uma rasteira em tudo isso e procurar soluções. Nada é fácil, bem pelo contrário... Geralmente precisamos penar antes de ver um sonho alcançado. Porém, não adianta lutar contra a maré, não é mesmo? Uma hora o mar vai te levar até a beira e você poderá voltar a nadar!

Bjus... Um final de semana de tranquilidade!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Olhar Colorido

Eu estava preparando o almoço, o Marcelo lendo uma revista e o som ligado na cozinha tocando Colbie Caillat, quando a Mari diz: - Pai, você está com algum problema? O Marcelo responde que não e pergunta por quê. Ela responde: - Porque eu estou com um problemão aqui: Não consigo terminar de montar esse quebra cabeça! Eu e o Marcelo trocamos um olhar e o silêncio foi rompido pelas nossas risadas.

Tão bom seria se os nossos problemas fossem achar as peças certas de um quebra cabeça. Tudo bem que a nossa vida até parece um, mas as peças geralmente não aceitam os nossos encaixes. Quebramos a cabeça para resolver os problemas do cotidiano; as contas atrasadas; a rotina do trabalho; os amores incompreendidos e brigamos com nós mesmos... Com nossas dúvidas, nossos medos e com os nossos sonhos!

Enxergar a vida na perspectiva de uma criança é sempre maravilhoso, porque temos a chance de ficar na sua altura e ver o mundo grande. Grande como todas as expectativas e novidades que lhe são apresentadas. A inocência de ter como único obstáculo a peça geométrica de uma brinquedo que, não agradando, é fechado; devolvido à caixa e trocado por outra diversão.

Não, nós não podemos simplesmente lacrar tampas e correr de algo que nos desagrada. O nosso jogo... O de ser gente grande é mais complicado e muito mais cansativo. Á medida que encaramos o mundo de frente vamos perdendo um pouco a graça. Deixamos de sorrir por coisas simples e nossa busca por outro entretenimento é sempre adiada pela correria dos nossos dias. Assim como as crianças também queremos tudo o que vemos, mas não temos tempo disponível depois para usufruirmos. Corremos atrás da máquina; acumulamos confortos e passamos pequenos minutos dentro do nosso paraiso.

Talvez se aprendermos a manter aquele olhar de quando éramos seres pequenos e sonhadores, a vida nos mostre caminhos menos turbulentos. Quem sabe, se levarmos o dia-a-dia sem a carranca dos problemas, mas com o sorriso cativante de uma criança, ele nos surpreenda com soluções naturais. Nos mostre a viver sem pressa, sem imediatismos e com mais confiança.

Hoje, em pleno almoço do feriado do dia 15, foi bom sorrir vendo a minha filha ser criança. Saber que o seu olhar colorido ainda pode contagiar tudo e todos. Porém, o melhor foi refletir que o seu pensamento, que naquela hora nos pareceu bobo, me ensinou a dramatizar menos tudo a minha volta. Áquele momento me mostrou que a boba nessa história não é ela, mas eu!

Olha a Mari aí com seu "pequeno" problemão"!!!!


Bjus!!!!

sábado, 12 de novembro de 2011

Até Quando Esperar

Estamos há alguns dias sendo borbadeados pela mídia com o caso dos estudantes da USP. Não acho a atitude dos alunos que invadiram o prédio da faculdade louvável, nem de exemplo para a nossa sociedade, nem solução para o que pretendiam galgar, porém, ouve uma generalização de culpa que não sei bem se cabe nessa história toda.

Vi muitos comentários em redes sociais de pessoas levantando o dedo e cutucando a instituição de ensino como se todos os seus alunos fossem "filinhos de papais", "marginais" e "maconheiros". Parece-me que um grupo isolado de alunos tomou a triste decisão de banalizar a situação, mas que não pode ser considerada a maioria. O poder de reinvidicar e de se fazer ouvir é muito importante, principlamente para toda essa juventude que está aí tentando abrir espaço no mundo, mas nesse caso, escolheram uma forma desgovernada de agir. Não acredito que eles não querem a segurança dentro do Campus, mas sim reinvidicam talvez uma segurança mais específica. É preciso ouvir todos os lados.

É incontestável que precisamos da força jovem para ir contra a impunidade e a politicagem tão sacana do nosso país. Porém, precisamos de atitudes maduras e blindadas em argumentos e ideais sérios. Precisamos também não ser generalistas e colocar tudo e todos, inclusive políticos, dentro de um mesmo poço de tramóias. Há muita gente sem noção e sem valores, mas há muita gente disposta a fazer a diferença.

Não há dúvida que o exemplo que acompanhamos não é o correto; não é essa atitude que esperamos dessa juventude; de uma geração tecnológica e avançada que infelizmente vive com os mesmos problemas e conflitos de décadas passadas. Jovens que antigamente tinham como porta vozes bandas de rock, principalmente de Brasília, que utilizavam suas músicas para protestar. Bandas como o Legião Urbana que fazia sérias críticas sociais e políticas de tudo que viam e viviam na pele. Se tocarmos hoje essas canções elas continuarão novas... Lançamentos de um nação que evoluiu e ao mesmo tempo não saiu do lugar.

Segue então a letra da música "Até quando esperar" de uma banda dos anos 80, a Plebe Rude que encaixa nos dias de hoje. Para que os Jovens busquem o seu caminho sem "mendigar" ajuda; Não se tornem vítimas dos próprios protestos! Segue também o vídeo na versão do Detonautas que regravou a música no seu DVD acústico de 2009.

"Não é nossa culpa
  Nascemos já com uma bênção
  Mas isso não é desculpa
  Pela má distribuição

  Com tanta riqueza por aí, onde é que está... Cadê sua fração?

  Até quando esperar...

  E pra que a esmola que nós damos sem perceber
  que aquele abençoado poderia ter sido você

 Com tanta riqueza por aí onde é que está... Cadê a sua fração?

 Até quando esperar a plebe ajoelhar
 Esperando a ajuda de Deus

 Posso Vigiar teu carro
 Te pedir trocados
 Engraxar teus sapatos..."

Bjus... Bom Domingão!!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Olha que coisa mais linda mais cheia de graça...

No verão de 2010 eu fui passar as férias no Rio de Janeiro, mais especificamente na cidade de Búzios. Nem preciso dizer que foi espetacular. As praias são maravilhosas e me encantei com os cariocas. Todos muito receptivos, atenciosos e de uma simpatia gigantesca.

Porém, minha maior vontade era conhecer a cidade do Rio, mas o meu marido, bem receoso com a segurança, não queria em hipótese alguma passar pelo local. Enquanto atravessávamos a ponte Rio-Niterói avistei distante o Cristo Redentor de costas. Ao mesmo tempo que senti meus pêlos arrepiarem, olhei para o Marcelo e fiz aquela carinha de criança pedindo um presente: - Puxa, já estamos aqui, não custa nada na volta parármos só um pouquinho... Com a ajuda de um casal de amigos que estavam conosco em Búzios convencemos o maridão, mas só duraria um dia para não atrasar a programação das férias... Eu era quase uma cinderela apavorada esperando as badaladas do relógio anunciando o final do sonho.

Chegamos na capital carioca antes do meio dia e de máquina fotográfica em punho fui tirando fotos de tudo que eu via. Sambódromo, Copacabana Palace, Lagoa... Tudo que um legítimo turista tem direito. Passeamos no calçadão de Copacabana, pelas ruas arborizadas do leblon; molhei os pés na praia de Ipanema e lá mesmo tomei a água de côco mais saborosa da minha vida... Água com sabor de Rio 40 graus.

Impossível não sentir o calor que ferve naquela cidade. Em meio uma paisagem maravilhosa o suor do corpo anuncia um verão que realmente bomba. Á noite nos hospedamos num hotel bem antigo num bairro que faz divisa com Copacabana. O piso quadriculado de preto e branco do banheiro me encantaram, bem como a pia que ficava dentro do box.

Depois de me refrescar num banho maravilhoso dividimos um chopp especial no bar Devassa em Ipanema. Um final perfeito para um dia que foi breve, mas que encheu meus olhos de brilho e o meu coração de entusiasmo. Na volta para o hotel passamos de carro pelo calçadão e ainda pude sentir mais de perto o cheiro do mar e, mesmo de longe, levar comigo as vibrações do Cristo iluminado.

Foi muito pouco. Foi pouquíssimo tempo na cidade maravilhosa. Ainda posso dizer que não conheço nada da cidade. Ainda mereço mais dias naquela terra encantada. Búzios com certeza ficou marcada... Foram férias inesquecíveis... Mas o Rio... Ah o Rio... Eu ainda preciso desbravar mais... Ver um carnaval e banhar-me em todas as águas. Preciso ainda ser apresentada ao Cristo Redentor; andar de bondinho e tomar uma cerveja nos bares da lapa. Um dia eu volto de férias, mas não como cinderela... Não com as horas contadas... Nem como princesa talvez... Eu quero voltar ao Rio como as mulatas fervorosas; como as baianas rodopiantes ou como as funkeiras da favela. Eu quero voltar ao Rio vibrante... Aproveitando cada minuto dessa terra privilegiada.

Bjus!!!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais histórias de Passarinhos...

Esses dias escrevi aqui no blog sobre um passarinho que entrou na minha casa e fez áquele estrago. Ele sobrevoou a minha sala e eu acreditei que era para me trazer coisas boas. Realmente naquele momento eu tive uma ótima notícia. Porém, na semana passada um Pardal insistiu em adentrar a minha resisdência umas quatro vezes no mesmo dia. Por onde passava deixava sua marca "amarela" registrada. Foi então que eu pensei: Nossa, ou vou ganhar na loteria devido tanta "cacaca", ou as notícias serão avassaladoras.

Confesso que naqueles dias eu duvidei do poder dos pássaros, porque descobri que sua visita era pelo pote de ração e de água da minha cachorra. Aos céticos, iguais ao meu marido, está tudo explicado. Não há nada de dinheiro ou de boas vibrações, apenas um Pardal sedento e esfomiado aproveitando a oportunidade.

Porém, na segunda feira a minha mãe me liga para dizer que estava na rua voltando para casa quando percebeu algo quente escorrendo pelo seu rosto: Bingo... Cocô de passarinho! Coitada da minha mãe, pelo menos comigo foi só no chão da cozinha, ela precisou chegar em casa e desabafar com o chuveiro...

Na mesma segunda feira eu tive uma notícia boa e passei a acreditar novamente nos fluidos trazidos pelos pássaros. Tá certo que as crendices são lendas e só nos ajudam a ter mais fé diantes das dificuldades, mas as coincidências da vida também devem ser consideradas.

Não sei ainda se duvido ou não desse poder da nartureza. Acho que mal não vai fazer se eu pedir que outros passarinhos adentrem meu lar. Desde, é claro que junto com eles venham aquelas respostas que eu aguardo com tantas expectativas. Meu pensamento positivo é forte, mas vale a pena pedir ajuda sempre... Até para os passarinhos!

Você pode estar aí me achando louca e tal... Ou então desesperada o suficiente para acreditar num Pardal. Não, ainda estou consciente e firme em cima das minhas próprias pernas. Sou somente mais uma pessoa, dentre tantas outras, que precisa mudar o rumo da vida... Eu sei que a minha hora de mudar chegou, talvez você também precise pensar na sua. Já parou para fazer isso? Qualquer que seja a sua resposta, nunca é cedo ou tarde para arriscar...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um trecho de Terra láaaaa na zona norte!


Faz pouco tempo que entrei para um grupo fechado no facebook de moradores e ex moradores de um bairro de Porto Alegre: O Parque dos Mayas! Toquei nesse assunto para pedir licença a todos que me acompanham por aqui, pois o post de hoje é dedicado a toda essa galera que fez e que continua fazendo história no PDM...

Eu fui morar no Parque, vamos tratá-lo assim, com um mês de idade. Meu pai, seu Dudu e a minha mãe, dona Bia, já pais do meu irmão Bernardo, que na época tinha sete anos, compraram a idéia de uns amigos vizinhos da antiga Estrada do Forte sobre um bairro novo; planejado ao estilo dos bairros americanos: Sem grades, somente o gramado verdinho em frente de casas geminadas ou não.

Com essa promessa de liberdade para os filhos meu pai vendeu tudo que tinha. Meteu-se num financiamento gigantesco e comprou a tão sonhada casa própria. É claro, que pela minha pouca idade na época não consigo lembrar da minha chegada, a não ser o que eu ouvia deles, á medida que fui crescendo. E assim como eu, assim como eu que chegara bebê, muitos outros chegaram ou nasceram também. Muitos já na idade do meu irmão, os chamados da primeira geração do parque, hoje com quase 40 anos ou mais.

Minha maior lembrança e mais preferida de toda a infância que desfrutei lá foi o poder ser criança. De andar de pés descalços na rua; brincar de esconde esconde até altas horas; andar de bicicleta; subir em árvores; soltar pipa; jogar amerelinha e ter amigos com quem dividir tudo isso. Foram dezoito anos de muitas alegrias... De muitas lembranças saudáveis e que, com certeza ajudaram a transformar a pessoa que sou hoje.

Porque para quem viveu lá, sabe de tudo isso que eu estou falando. De quem desfrutava em garagens aniversários inesquecíveis. Mesas recheadas de canudinhos de maionese ou "guisado", pizza, "negrinho" e refri de garrafa. Nas mesmas garagens que rolava na sexta ou sábado á noite a famosa dança da vassoura em reuniões dançantes embaladas pela voz rouca do Paulo Ricardo na sua RPM. Nos dias de sol uma rede de volei era aberta no meio da rua ou um jogo de taco que bombava tardes e mais tardes. Nos dias de chuva jogávamos "War" na varanda de alguém; as cinco marias; Banco Imobiliário, o Jogo da vida ou então respondíamos repetidos questionários.

Uma famosa feira de frutas e verduras estacionava numa praça central do bairro, em frente ao supermercado Rocha Bolzan, depois Poko Preço, que tinha como principal atração um ônibus transformado em fruteira. Era a sensção de todas as crianças. Não queríamos comer a fruta ou a leguminosa, mas queríamos adentrar aquele recinto quase mágico. Era lá também que uma Kombi e uma Rural vendiam dúzias e dúzias de ovos. Um pai, com seu filho caçula, ao invés de ficar somente na feira oferecendo seus ovos também percorria a pé as ruas do Parque. Muitas vezes a campanhia lá de casa era acionada e um "piá" escabelado segurando montantes de caixas de ovos tentava se aproximar. A minha mãe me dizia para não ir até a porta, podia ser um "maloqueiro" qualquer pedindo alguma coisa. Anos depois fui descobrir que esse "pivete", esse que vendia ovos na porta da minha casa havia se transformado no meu marido. Aprendi a lição... Julgar alguém? jamais!

Mas não era somente ovos que tínhamos a nossa disposição. Reza a lenda dessa geração mais antiga, a primeira, que um senhor, criador de vacas no munícipio de Alvorada, cidade que faz fronteira com o último bairro de Porto Alegre, vendia em uma Kombi também, leite fresquinho das suas crias. Eu não lembro de tal leite, mas acredito na lenda. O Parque sempre foi um local de histórias impressionantes, prova disso era um poste, em meio uma passarela que dava choques inexplicáveis. Quase um ponto turístico do lugar. Fazíamos fila e corrente de mãos para sentirmos o choque juntos... Ah, essas crianças!!! Além do leite, uma outra Kombi vendendo refrigerante, acho que o antigo "Baré cola" também transitava pelas ruas. Sem falar nos picolés de carrocinha, no sacolé de suco e nas batucadas de uma madeira anunciando a casquinha.

O Parque tinha um clube próprio, a ACOPAN. No verão, as piscinas eram invadidas por todos e enfrentávamos a carranca de um fiscal bem cuidadoso, seu Zé... Para ele a nossa única diversão era ficarmos imóveis dentro da piscina, todo o resto era proibido. Porém, não só as tardes de verão nos chamavam á associação. Famosos bailes gaúchos, jantares dançantes, desfiles de rainhas e princesas das piscinas, jogos de futebol e muito mais. Para dividir toda essa atenção somente o CTG Gildo de Freitas que também organizava muitos eventos sociais no bairro. A maioria dessas festas era fotografada pelo já falecido Vásques, o fotógrafo oficial do Parque. Tinha também o sapateiro "Seu Pedro", a lojinha da Rosa, o mini mercado Maringá e a creche Ursinho Pim Pom.

A maioria das crianças moradoras de lá passaram pelas escolas Poty Medeiros, CIEM, São Paulo e São Francisco. Muitas histórias e vínculos foram criados nesses lugares. Foi lá que dançavamos o "Ai bota aqui ai bota ali o seu pezinho" e comíamos o lanche em cumbucas azuis que não me esqueço jamais.

Minha mãe era catequista da capela Guadalupe, mas antes dela ser construída lembro-me que algumas missas eram realizadas na garagem de casa. Por muitos anos uma desbotada imagem de Jesus ficou pendurada lá na parede. A outra igreja era a Nossa Senhora de Fátima, onde ocorriam os famosos Encontros de Casais (ECC ).

Eu sempre me assombrei com a quantidade de vezes que ficávamos sem luz ou água. De tomar banho gelado no tanque ou então esquentar a água e levar a chaleira para o banheiro. Porém, quando a água era abundante adorávamos tomar banho de mangueira ou fazer guerra de bexiguinha. Hoje eu nem compro velas, mas naquela época elas tinham que estar sempre á mão. De noite, quando a luz acabava a gente se encontrava na rua para falar do acontecido. Nas noites de Natal e Ano Novo ficávamos ensurdecidos com os "rojões" e foguetes. Tínhamos nossa luz própria!

Nós parqueanos sempre fomos um pouco discriminados. Nosso bairro, por ser longe talvez não era muito conhecido pelo restante da cidade. Para chegarmos até o centro precisávamos encarar uma viagem de quase 1h. Ou você ia pela linha Parque dos Mayas, ou então pela Linha Parque dos Mayas Guapuruvu. Depois veio a linha Sertório e até ônibus direto pela Freeway. Hoje já tem lotação e linha especial para o Shopping, o B51. Quem diria...

O Parque infelizmente não conseguiu manter o planejamento inicial de ser um bairro nobre e planejado, mas conseguiu certamente ser um local de muita felicidade. Foi lá que construímos valores; aprendemos o certo e o errado; criamos amizades e amores. Foi lá, no Parque dos Mayas, que muitos sonhos começaram. Que muitos planos foram feitos e desfeitos. Que se brincava, cantava e pulava sem recriminação. Foi lá que nós crianças aprendemos o quanto a vida deve ser plena.

Lugares assim não podem ser esquecidos... Devem permanacer, além das nossas lembranças, guardados eternamente nos nossos corações. Lugares assim viram lendas! Não sei se ainda vai existir um trecho de terra com tantas histórias... Com tantas vidas que se cruzaram, se despediram ou que permaneceram em contato. A nossa única certeza é que nos anos 80 e 90, quando ouvíamos os Menudos, usávamos calça "bag" e tênis bamba... Ah, nesses anos fomos muito felizes lá!

Um beijo especial a todos os meus amigos parqueanos... A toda essa gente que está se reencontrando e dividindo hitórias... Tenho certeza que, além de muitas risadas, estamos compartilhando novamente a vida!

Até!

sábado, 5 de novembro de 2011

Poema: TOMBO

"Levei uma rasteira da vida. Descobri que não estou no centro... Que tudo aquilo que eu achava perfeito... Se desfez! E por mais que eu procure respostas, que eu decifre os mistérios da minha existência, nada parece ter explicação. O tempo confunde e me enlouquece cada vez mais.

Uma voz interna ecoava e dizia que eu era especial; meu ego me fazia forte. Não cheguei a subir no pedestal, mas já estava pronta para escalá-lo. O tombo foi curto, mas doeu na alma. Precisei abrir os olhos e entender que não estou só nesse mundo. Que além do meu, outros corações batem incessantemente...

Eu posso sorrir e chorar; transparecer a minha alegria ou desatar o meu pranto. Não há nada que eu faça que modifique a sensação de ter errado. De ter passado a mim mesma para trás... De acreditar demais nas minhas convicções; de achar suficiente amar por nóis dois.

O tempo fechou... Nublou tudo aqui dentro de mim. As perspectivas de tempo bom são escassas, parece que uma onda de frio vai prevalecer por alguns dias. Quem sabe, quando o sol voltar a invadir o meu coração eu levante do tombo que precisei cair. Talvez, quando eu voltar a sentir o meu corpo aquecido possa olhar-me novamente no espelho e dizer: - Já passou, vamos continuar a andar".


Bjus, bom findi!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Senhora do Destino

Uma vez me pergutaram se eu acreditava em destino. Eu respondi que sim, que tudo na nossa vida está traçado, reservado no nosso percurso. Eu continuo acreditando nisso, mas acredito mais hoje que podemos mudar o rumo das coisas.

A vida nos abre um leque de opções, boas e ruins; sedutoras e convencionais. Vivemos Jornadas curtas e longas e nos deparamos com pessoas que entram no nosso caminho e ficam para sempre; outras que saem na mesma velocidade que entraram.

Á medida que crescemos um mundo repleto de escolhas e desafios bate no nosso ombro. Acenamos com um adeus para a adolescência e encaramos a vida adulta. Não dá para afirmar que todas as nossa escolhas foram certas, nem erradas, mas, com certeza, nos transformaram na pessoa que somos no presente. Os arrependimentos não podem martelar os nossos dias, mas podem nos ensinar a mudar a direção do nosso destino.

Essa mudança que é difícil... Dar a rasteira no destino e quebrar laços; ir contra ao que parece certo. Arriscar! Seguir os impulsos do coração e os instintos da alma... Deixar de medir os erros. Planejar menos... Viver mais!

Não dá para ficar parado esparando que o destino leve você para onde deseja. O seu desejo precisa ser tão forte que o impulsione a ir de qualquer forma sabendo dos contratempos, das dificuldades, da chance de dar tudo errado. Ou então ganhar de presente da vida tudo que sonhou... O seu destino traçado da maneira que sempre imaginou...

Tudo é possível quando estamos dispostos a nos entregar. Tudo que vivemos deve ter valor e acréscimo no nosso amadurecimento. O choro de tristeza hoje pode ser o sorriso de alegria do amanhã. E só descobriremos isso se vivermos um dia de cada vez... Se respeitarmos o tempo do destino... Se aprendermos a mostrar calma para o coração e paciência com nós mesmos! Hoje pode estar tudo enrolado... Uma hora a gente desata todos os nós.

Bjus!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Véio Miguel!

Hoje eu lembrei do meu avó, pai da minha mãe, seu Miguel. Tinha um bigode grisalho enorme, alguns dentes a menos na boca e um sorriso cativante. Não dispensava uma boa refeição, nem o "traguinho" antes da mesma. Fazia o melhor mocotó que já comi na vida e brigávamos sempre pelo cigarro que ele não largava. Perto dele sempre um radinho velho de pilhas fazendo barulho. Sua realização era ver sua casa sempre cheia!

Eu o perdi quando tinha 18 anos, mas nunca esqueço da figura do homem simples e repleto de histórias. Quando adoeceu enxerguei no seu olhar o aceno do adeus. Ele e eu sabíamos que a partida seria inevitável e que podíamos ter vivido mais! Queria poder apresentar a minha família á ele. Queria ter tido mais tempo...

Quando ele morreu deixou de bens materiais uma casa simples; um depósito cheio de cervejas vencidas e uma brasília que era seu xodó. Porém, em mim e em todos que o conheciam deixou a saudade de um parceiro de boas risadas e de muito carinho.

Hoje, ao contrário de muita gente que vai ao cemitério limpar lápides e levar flores prefiro pensar no meu avô com alegria. Lembrar do seu sorriso; fazer uma oração e encher o meu coração com as lembranças lindas dos anos que passamos juntos.

Vamos lá então vô continuar usufruindo dessa vida que você faz tanta falta, mas eu sei que continua nos acompanhando no brilho das estrelas. Um dia, quando nos reencontrarmos em algum lugar aí em cima vamos fazer aquela festa. Em um domingo, assim como aqueles que éramos visita na tua casa, vamos, em torno de uma grande mesa reunir toda a família. Vamos poder novamente aproveitar a tua presença. Que saudades!!!!!

Até!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Menos cor... Mais valor!

O meu pai compartilhou no facebook uma história que aconteceu em um avião da TAM e que se diz verídica. Eu acredito mesmo que tenha acontecido, mas gostaria mesmo era de desmentir tudo. Segue a história:
" Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.

Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.

'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..

'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'

'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível’.

A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.

'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe'.
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe.
Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável’.

E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:

'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'

E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé."


É inaceitável que ainda exista esse tipo de preconceito. Um racismo que vai além das diferenças de pele, julga os valores de cada um.

Um exemplo bem comum de toda essa confusão de raças é a nomenclatura de um lápis de cor específico que as crianças aprendem, alguns na escola, outros em casa mesmo. Quem nunca falou que precisava pintar o boneco do desenho com lápis cor da pele? Mas e aí? Cor de quem? Esse nome é dado ao lápis de tom rosado, mas que muitos também chamam de rosa antigo, rosa fraco ou pêssego.

Desde a infância somos orientados a ser preconceituosos sem nem percebermos. Em situações bem simples como essa da utilização de um lápis de cor podemos magoar e/ou ofender alguém por achar que a cor de pele branca é a única e mais importante do planeta. É assim, em pequenos momentos que crescemos e nos transformamos em pessoas iguais a essa senhora da história acima. Alguém que se acha melhor do que o outro por sua cor.

Eu já ouvi a minha filha falando em lápis cor de pele e aos poucos vou explicando todas as diferenças que existem. Não só a diferença de raças, mas as diferenças sociais, portadores de deficiências e síndromes. É nosso dever como pais direcionar a mente dos nossos filhos para o correto. Porque discriminação nunca foi certo. Infelizmente ainda ouvimos absurdos e não acreditamos que já viramos séculos. Lutar por uma sociedade igual parece ultrapassado... Será?

Bjus...

sábado, 29 de outubro de 2011

Ele Fala Com o Olhar!

Eu não sou uma pessoa que lembro muitos detalhes da infância, mas consigo recordar cenas e pessoas que marcaram aquela época. A minha família é relativamente grande. Já vivemos muitos momentos de união, e muitos desencontros também. Coisas da vida; caminhos que não se cruzam pela geografia; por rumos diferentes; por tentativas de cada um de ser feliz da sua maneira.
Porém, desde pequena eu tenho guardado na lembrança a figura de um homem fisicamente parecido com o meu pai. Um homem que sendo meu tio, esforçou-se sempre para estar próximo. Nunca moramos em cidades iguais. Desde que eu me conheço por gente ele mora em Osório, uma cidade bem próxima de Porto Alegre conhecida pelos gaúchos por ser a terra dos bons ventos... E de gente muito bacana, por sinal!
Hoje, o meu tio, Décio, está de aniversário e gostaria de compartilhar esse privilégio que ganhei primeiro por imposição, por ser da minha família, depois por muito orgulho, por fazer parte da vida desse cara de fala mansa e arrastada. De olhar de “peixe-morto”, de testa avançada, de caminhar curvado. Desse cara de carinhos constantes, de apaixonado por música e também por poesia. De alguém que não se perde no tempo, que cuida e que ama.
Meu tio amado... Parabéns por mais um aniversário. Por poder estar rodeado das pessoas que ama e que também te valorizam. Obrigada por sempre me deixar compartilhar a tua vida. Por deixar sempre a tua casa de portas abertas... Por permitir o convívio com a tua família e me deixar fazer parte dela.
A gente cresce, mas não se esquece dos bons momentos e das pessoas que fizeram parte deles. Você é uma dessas pessoas! Obrigada pelos passeios na "Borússia", pelos almoços de domingo, pelas festas á fantasia, pela companhia simplesmente. Obrigada pelo incentivo na escrita e por todas as palavras de carinho que recebo sempre. Por prestigiar o meu trabalho e fazê-lo importante para ti. Felicidades hoje e em todos os dias que ainda virão. Que a tua vida possa estar sempre recheada de boas vibrações e alegrias. Que o amor e a família possam sempre fazer parte da nossa convivência.
Bjus!!!


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Poema: DESEJOS


“Eu abro a janela e enxergo a minha vida querendo uma trégua... Pedindo-me para ficar onde ela nasceu...
Eu encontro mil motivos para voltar ao início, mas me deparo com tantos outros mil me pedindo para esperar...
Eu tento aprender a ter paciência... A olhar para o futuro com otimismo... O presente deixa falhas, precisa mudar...
Eu já tentei falar bem alto e até gritar ao vento... Somente eu escuto o eco da minha voz, do silêncio que a minha alma adormece...
Eu necessito viver o hoje... Sentir o sol iluminar o meu caminho... Sentir o abraço que a saudade afastou...
Eu preciso estar perto de tudo que eu vi crescer e das pessoas que marcaram o minha vida...
Eu quero o som cantado das gírias; apagar da mente o adeus das despedidas...
Eu quero beijar o reencontro da distância... Eu quero voltar a me enxergar no lugar que deixei para trás.”

Bjus

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Erva de Estranhos

Eu estou de férias em Porto Alegre e, mesmo a conhecendo durante a minha vida toda ainda me surpreendo com características próprias e inusitadas que a cidade apresenta. Características culturais que transformam “POA” na minha cidade especial.

A última agora foi enquanto eu visitava a minha sogra no hospital Santa Casa após uma cirurgia de joelho, muito bem sucedida por sinal. Estava me dirigindo ao prédio que estava internada quando me deparei com uma lixeira de restos comuns ou orgânicos e lixo seco. Até aí tudo normal... Porém, para facilitar a coleta havia exemplos em cima de cada lixeira. O primeiro da lista era ERVA MATE... Claro! Como não poderia ser diferente; o resíduo mais encontrado na casa dos gaúchos.

Porque o chimarrão aqui é sagrado. Além de ser uma iguaria local é um ótimo passatempo para quem tem que esperar ou fazer companhia para alguém no hospital. Por outro lado, o que poderia ser somente distração pode também virar motivo para internação hospitalar. Algumas pesquisas afirmam que aqui no Rio Grande do Sul há uma grande incidência de câncer no esôfago resultante do chimarrão. Das longas rodas de mate quente ao longo dos anos.

Eu duvido muito que o verdadeiro apreciador dessa bebida deixe de saboreá-lo mesmo sabendo dos riscos que ele pode causar; exemplo vivo é o meu cunhado que mesmo com uma traqueostomia resultante de um câncer na garganta, não consegue falar, mas não dispensa seu hábito diário de tomar chimarrão. Até eu que não sou muito fã de chimarrão não resisto a ele quando estou por essas bandas. Acho até que é uma forma de me sentir mais próxima da cidade. De voltar a respirar ares gaudérios!

Os anos morando longe me desacostumaram a encarar lixeiras de hospitais como as que vi nessa semana. Talvez seja por isso que outras cidades fora do estado nos enxerguem como extraterrestres. Além do sotaque carregado, levamos em baixo do braço uma garrafa de água quente e uma cuia com erva amarga que nos faz rir e compartilhar. Não sei se somos Ets, mas, no mínimo, somos muito estranhos... Para não dizer que somos loucos! O importante é que somos felizes do nosso jeito. Apreciamos e valorizamos o que é nosso, da nossa terra. Nos desculpem o resto do Brasil, mas adoramos ser estranhos!

Espia a lixeira do hospital Santa Casa de Porto Alegre:



Bjus!!!

sábado, 22 de outubro de 2011

Finalmente...

Finalmente a vovó mais fashion desse mundo completou 60 anos! Já faz dois anos que eu e todos que convivem com a minha mãe sabem da sua ansiedade e da sua vontade de fechar mais esse ciclo... Da tão sonhada aposentadoria. O presente esse ano meu, do Marcelo, do meu irmão, da minha cunhada e dos netos foi um maravilhoso book fotográfico. Um sonho dela que podemos tornar real. E nem preciso dizer que ele ficou perfeito... Que retratou em cada "click" a beleza e a alegria dessa coroa cheia de vida! E isso realmente foi o melhor... Sem foto shop e sem correções, as fotos foram naturais e verdadeiras. Simplesmente ganharam o sorriso de uma modelo disposta a se entregar num dia de princesa.
Hoje é dia de comemorar com todos que ela ama e admira o seu aniversário... A sua alegria! Um dia para dividir junto com a minha cunhada, que também faz aniversário hoje momentos de muita felicidade e amor. Uma data que foi tão esperada e planejada; uma expectativa que hoje se transforma em festa!
Minha mãe, amada e preferida... Às vezes até para mim faltam palavras... As palavras certas para dizer-te o quanto és especial e importante na minha vida. O tamanho do orgulho que eu tenho de mostrar para o mundo essa mãe maravilhosa que se dedica; se envolve; se cuida; se valoriza e apaixonadamente se diverte. O brilho do teu sorriso ilumina e encanta tudo a tua volta. Tu és uma menina em corpo de mulher madura; espoleta e tagarela; Difícil até de chamar de senhora, devido a tua imagem que refletida no espelho não condiz com as décadas que adquiriu ao longo da vida. Hoje ganhaste um motor turbinadíssimo: 6.0 de pura energia e entusiasmo. Eu sei que às vezes o corpo reflete a idade e que o rosto denuncia os sinais do amadurecimento, mas o teu espírito permanece radiante acompanhando a jovialidade da tua alma.
Parabéns minha mãe, por ser esse meu exemplo de sorrisos fartos e choros sem vergonha. Por ser essa fome de viver constante, essa incansável busca por transformar a nossa convivência num turbilhão de emoções e sentimentos verdadeiros. Parabéns por tudo que viveu e conquistou até aqui. Tenho certeza que daqui a mais umas dezenas de anos continuará sendo essa coroa enxuta distribuindo alegria! Hoje, ao contrário de muitos outros aniversários e datas especiais estarei junto contigo fazendo a festa!!!!
Dede, minha "cucu" amada... Hoje eu sei que te deram papel coadjuvante em toda essa comemoração, porém você jamais conseguirá ser secundária em qualquer circunstância. Parabéns por ser também esse exemplo de alegria que contagia e encanta. És uma parceira incomparável de momentos de intensa felicidade. Que a vida continue te dando força e coragem para ser essa mulher iluminada. Muita saúde e amor para continuarmos compartilhando a vida!!!!
Um beijo especial a essas duas mulheres que me emocionam e me enchem de felicidade!!! AMO VOCÊS HORRORES!!!!!
Bjus...





quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Livro em Branco

Há uma pessoa nesse mundo que consegue inúmeras vezes me desconcertar... Além do embaraço, me deixa sem saída, e ao mesmo tempo me proporciona muitas risadas. É claro que estou falando da Mari... A senhora perguntinha! Eu sei que é normal as crianças questionarem, mas a minha filha não dá trégua. Ela pergunta tudo, desde coisas fáceis de explicar, até outras que não sei por onde começar.

A última foi ontem. Ela queria saber o que era "sequestro". Desde que descobriu que existem bandidos, ficou um pouco complicado esclarecer sem criar neuroses. Aos poucos infelizmente ela passa a enxergar que a realidade não é igual aos filmes que vê, nem igual as brincadeiras que faz na escola. Por isso é tão difícil explicar. Porque eu preciso dizer a verdade, mas não posso ainda acabar com as fantasias.

E se pararmos pra pensar, até depois de adultos ainda temos perguntas a fazer. Coisas que nos explicaram quando pequenos, mas que só a vivência nos faz compreender. É igual quando nossos pais nos diziam depois de uma bronca: - Quando você tiver filhos vai entender porque eu estou fazendo isso. É verdade! Quando nos tornamos pais passamos a entender melhos os castigos e as conversas sem fim.

Porém, é fato que ainda crianças precisamos ser esclarecidos de muitos aspectos. É preciso discernir o certo do errado. Outros aspectos podem esperar; podem ser prorrogados e gradativamente serem postos em pauta. Porque na infância nossa sede por novidades é infinita, um livro em branco procurando escritos. A ausência do medo e das preocupações transformam as crianças em seres quase inanimados. É incrível pensar que passamos de seres ingênuos para adultos tão complicados.

Mesmo nos tornando seres maduros e responsáveis, é da nossa natureza humana sempre procurar complicações. A diferença é que quando crianças temos sempre alguém para recorrer depois de uma estripulia... Na vida adulta precisamos nos virar sozinhos, mas isso não quer dizer que de vez em quando não podemos pedir um colinho.

A verdade depois de tudo isso é que, além da criança aqui em casa que faz diversas perguntas e quer descobrir o mundo, também há adultos que buscam constantemente respostas. É a nossa busca incansável pelo equilíbrio; em colocar no nosso livro da infância rabiscos de tudo que aprendemos ao longo dos anos. Ele sempre terá páginas em branco... Todos os dias temos algo a compartilhar. Nosso aprendizado não termina jamais!

Bjus!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cheiro dos Pampas

Antes do final da semana to indo para Porto Alegre para o aniversário da minha mãe e de umas merecidas férias com a família. Eu, Marcelo e Mariana na estrada rumo aos pampas. É lá que reabastecemos a bateria e recuperamos o fôlego.  É lá que eu reencontro o equilíbrio e vivo dias intensos com todos que amo.

Porém, os dias que antecedem tal viagem são torturantes. Eles se arrastam e me deixam numa ansiedade infernal. Porque mais que férias, é a minha vontade explícita de deixar de ser visita e voltar a ser parte de tudo que eu deixei para trás. De uma decisão que se consolida a cada dia, a cada adeus que preciso dar quando volto para casa.

Eu conheço muitas pessoas que moram longe da sua cidade natal e vivem tranquilamente com isso. Criam vínculos duradouros e concretos. E por mais que essa também seja a minha realidade, to começando a perder as minhas forças. A minha surpreendente coragem de viver longe de tudo.

Eu quero sentir saudade e supri-la rapidamente; eu quero participar das reuniões simples de aniversários, reencontros, datas especiais; eu quero que a minha filha não enxergue uma vó no shopping e resmungue saudades da dela; eu quero passar pelas ruas que eu nasci; viver a cultura que eu aprendi... Me sentir parte!

Eu quero acordar numa manhã de domingo com céu azul e sol tinindo... Olhar pela janela e enxergar a praça... Preparar um chimarrão, almoçar com a família, compartilhar uma conversa com os amigos. Quero participar da vida de cada um, me sentir presença. Não quero mais o abraço da saudade e do muito tempo sem ver. Não quero mais as mudanças...

Tá ficando complicado esconder a minha saudade; a minha enlouquecida vontade de voltar. Não posso reclamar da vida e nem de tudo que ela até hoje me deu... Mas posso querer mais; posso desejar que a minha atual satisfação se transforme em felicidade plena.

Já fui cigana por tempo oportuno. Já desbravei cidades especiais, já vivi muitas histórias. Já pude comparar lugares; escolher casas, bairros e afins. Já aprendi a me virar sozinha, a me perder e me encontrar. Já cresi e amadureci... Já vivi a experiência ao máximo. Já me desgarrei do berço, já sofri, já chorei de solidão... Já sorri pela coragem de ter vindo até aqui.

Quero agora somente o sossego. Quero mais que poder cuidar dos meus, ser cuidada também. Ouvir o meu sotaque, falar o meu idioma. Quero a vida sem explicações, sem idas e vindas. Quero o fixo, quero o meu lugar!

Durante dez dias de férias sei que vou suspirar mais que respirar. Vou viver o dia mais que vinte e quatro horas, vou me jogar... Vou trazer comigo o cheiro das árvores, o barulho dos aviões, a fumaça do churrasco. Vou voltar recarregada  e pronta para ir mais além. Para continuar sobrevivendo á distância e buscar a solução. Vou voltar e continuar sonhando com o dia que irei sem volta... Que irei para ficar!

Bjus!!!



sábado, 15 de outubro de 2011

Papinho Corriqueiro...

Faz uma semana que estou de olho numa caneca em cima da pia do meu banheiro. Uma noite dessas o Marcelo resolveu fazer um chá, mas até hoje se esqueceu de descer a “bendita” até a pia da cozinha. Eu tenho coceira nas mãos todos os dias de manhã quando entro no recinto e enxergo a minha linda caneca de bolinhas lilás. Porém, na tentativa de fazê-lo perceber que não custa nada colocar as coisas no lugar vou deixando... E isso me tortura!


E sabe que nem sou muito neurótica. Gosto das coisas no lugar, mas até respeito o momento dos sapatos dele que precisam respirar; dos seus cintos que ficam esquecidos em cima da cama; dos cabides das camisas que veste pela manhã e que dormem na maçaneta da porta do quarto. Sem falar na garrafa de água que todas as noites ele sobe e deixa em cima do criado mudo.

Tudo bem, eu admito que herdei certo perfeccionismo da minha mãe, que por sua vez herdou da minha avó. Não sou viciada em limpeza, mas preciso ver a minha casa em ordem e o Marcelo insiste em desorganizá-la. Coisas de homens, eu sei...

Hoje então, passado sete dias da hospedagem da caneca na minha pia resolvi falar pra ele que ela ficaria ali até ele resolver descê-la para a cozinha. Fui obrigada a engolir uma risadinha e a seguinte resposta: - Ah, pois é eu acabo me esquecendo todas as manhãs, mas agora que eu sei que tu estás deixando ela aí de propósito vou plantar uma samambaia dentro dela.

Acredita?! Pode acreditar... Agora só de birra ninguém vai dar o braço a torcer e a caneca vai criar raiz em cima do mármore. Posso até pensar em utilizá-la para decoração... É claro que não! O Marcelo sabe que vai me ganhar pelo cansaço e que eu não vou resistir à tentação de tirá-la. De salvá-la daquele lugar tão úmido e solitário.

Brincadeiras e neurose à parte, essa mania de desorganização da maioria dos homens é um probleminha não só na minha casa tenho certeza. O que me irrita é que no trabalho dele é o mais organizado dos seres humanos. A sua desculpa? - Já tenho que me preocupar tanto lá no serviço que em casa tudo pode ser mais tranqüilo. É, pode ser sim...

É claro que eu não vou conseguir transformá-lo nessa altura do campeonato, nem ele a mim, mas podemos chegar num consenso. Na verdade, estou até exagerando no problema, pois o Marcelo tirando algumas situações que já citei acima é bem comportado em casa. Jamais vi uma toalha molhada em cima da cama ou vestígios da sua barba na pia.

Mas o lance da caneca é real... Ela continua lá no banheiro não sabemos até quando. Talvez depois de ler esse post ele crie vergonha na cara e tome alguma providencia. E que não seja plantar nada... Mas esse foi só mais um desabafo de uma esposa cheia de manias igual a todas as outras que tem maridos iguais ao meu que esquecem tudo por onde passam... É só mais um papinho corriqueiro porque, de vez em quando, nada melhor que deixar os assuntos sérios e profundos de lado...

Está aí a prova do crime:




Bjus... Bom domingo!