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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Véio Miguel!

Hoje eu lembrei do meu avó, pai da minha mãe, seu Miguel. Tinha um bigode grisalho enorme, alguns dentes a menos na boca e um sorriso cativante. Não dispensava uma boa refeição, nem o "traguinho" antes da mesma. Fazia o melhor mocotó que já comi na vida e brigávamos sempre pelo cigarro que ele não largava. Perto dele sempre um radinho velho de pilhas fazendo barulho. Sua realização era ver sua casa sempre cheia!

Eu o perdi quando tinha 18 anos, mas nunca esqueço da figura do homem simples e repleto de histórias. Quando adoeceu enxerguei no seu olhar o aceno do adeus. Ele e eu sabíamos que a partida seria inevitável e que podíamos ter vivido mais! Queria poder apresentar a minha família á ele. Queria ter tido mais tempo...

Quando ele morreu deixou de bens materiais uma casa simples; um depósito cheio de cervejas vencidas e uma brasília que era seu xodó. Porém, em mim e em todos que o conheciam deixou a saudade de um parceiro de boas risadas e de muito carinho.

Hoje, ao contrário de muita gente que vai ao cemitério limpar lápides e levar flores prefiro pensar no meu avô com alegria. Lembrar do seu sorriso; fazer uma oração e encher o meu coração com as lembranças lindas dos anos que passamos juntos.

Vamos lá então vô continuar usufruindo dessa vida que você faz tanta falta, mas eu sei que continua nos acompanhando no brilho das estrelas. Um dia, quando nos reencontrarmos em algum lugar aí em cima vamos fazer aquela festa. Em um domingo, assim como aqueles que éramos visita na tua casa, vamos, em torno de uma grande mesa reunir toda a família. Vamos poder novamente aproveitar a tua presença. Que saudades!!!!!

Até!

Um comentário:

  1. Lindo, Ju! Enquanto eu lia, passavam na minha mente imagens dos encontros da família na casa do vô Miguel e da vó Ana, onde sempre havia uma comida gostosinha, feita com muito amor. Bj.

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