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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Debaixo das asas de uma mãe!

Eu sempre quis ter filhos. Sempre foi um sonho e um objetivo de vida. Muito mais que isso talvez... Construir uma família feliz!

Depois de conhecer o Marcelo e alguns anos depois engravidar da Mari, todos esses sonhos passaram a se tornar realidade. A família estava ali... Moldando-se, ajeitando-se, amando-se!

O projeto do segundo filho também esteve sempre presente, mas confesso que por muitas vezes pensei na grande responsabilidade de ser o caminho de mais um ser. Mais uma vida que chora e clama por saúde, educação, atenção e amor.

Nesses devaneios e questões que levantava a mim mesma sempre me perguntava se seria capaz de amar um novo filho da mesma forma que amo o primeiro. Como esse amor seria dividido, medido ou demonstrado? Foi ao pegar o resultado positivo da segunda gravidez que já pude colher as minhas respostas.

É o mesmo amor, a mesma emoção, o mesmo tic tac pulsante do coração descontrolado que ao mesmo tempo que bate acelerado de emoção grita de alegria. O mesmo frio na barriga, o mesmo desejo de ter tudo pleno e perfeito.

Talvez agora esperando outro filho as minhas preocupações sejam um pouco diferentes. Não tenho mais aquele medo de uma mãe de primeira viajem imaginando as noites em claro; o primeiro banho; os choros de cólica, o parto por si só. Já passei por tudo isso. A vida e a Mari já me ensinaram que o sangue materno corre em mim e sou capaz de lidar com essas peripécias naturais da vida maternal.

O que agora percorre os meus pensamentos é a nova rotina que se instalará com duas crianças ao meu redor. As manhas de um; as dúvidas de outro. A vida familiar que mais uma vez se modifica e busca felicidade.

Diferente da primeira gravidez que éramos dois somente, eu e o Marcelo, agora eu tenho a irmã radiante de alegria e já cheia de dengos querendo participar de tudo. O beijo na barriga ao acordar; o abrir dos presentes; as perguntas sobre tudo que acontece comigo aos seus olhos.

Ainda estamos no início dessa linda caminhada. Muitos planos, sorrisos e choros vão nos acompanhar até o final. No momento só posso dizer que ver a minha família crescer me faz sentir especial e privilegiada. Não sei ainda se é príncipe ou princesa, mas nada disso importa para mim que estou redescobrindo o prazer de carregar no ventre mais um anjo e que debaixo das asas de uma mãe, o amor, além de incondicional é incomparável e grande demais.

Bjus!!!

 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Super Homem e Mulher Maravilha de Cabelos Brancos

Quando éramos crianças queríamos crescer rápido... Ter 16, 18, 20 anos e sair pelo mundo donos de si. Quando alcançamos essas idades e agregamos todos os compromissos e responsabilidades que a maturidade proporciona desejamos voltar a ser crianças.

Queremos as brincadeiras, as manhas e choros. O colo de quem nos ama e cuida; a possibilidade se sermos no futuro o que quisermos. De repente podemos deixar para trás as espinhas da adolescência e as inseguranças das respostas ainda não entendidas, mas queremos todod o resto.

Queremos os diários rabiscados de paixão; as festas na garagem; a voz do Paulo Ricardo embalando as nossas reuniões dançantes. O cheiro do brigadeiro pela casa anunciando a festa; as roupas sujas denunciando um dia inteiro brincando na rua.

Queremos o tombo da bicicleta após tirar as rodinhas; a alegria de ler e escrever a primeira frase. Furar as ondas do mar; piquenique no zoológico; sorvete sem remorço; histórias antes de dormir; banho de chuva; futebol no campinho de areia; álbum de figurinha; coleção de bola de gude.

Queremos a comida pronta quando chegamos da escola; as briguinhas com os irmãos; o sorriso descontrolado de alegria. Não queremos os sermões e os castigos, mas queremos todos os brinquedos que nossa época não nos proporcionou.

Queremos as apresentações de escola; as músicas dos nossos personagens favoritos. O parabéns cantado pela Xuxa; O desfilar pela casa com o sapato alto da mãe. O amigo imaginário; O pensamento doce esperando o Coelho da Páscoa; a magia que rodeia o Papai Noel.

Queremos e não queremos muitas coisas que fizeram parte da nossa infância, mas continuamos sem perceber tentando transformar em realidade todos os sonhos que plantamos naquela época. Alguns deles modificamos durante a caminhada, outros seguimos ao pé da letra.

Nós ganhamos sinais no rosto e fios de cabelos branco e continuamos ainda sem entender porque perdemos toda aquela pureza juvenil. Tudo bem, perdemos porque precisamos ser fortes para encarar a vida adulta, mas não podemos ser tão duros sempre. Os meninos e meninas que fomos um dia continuam dentro de nós. Precisamos acioná-los de vez em quando para nossa vida voltar a ter aquele tom do passado.

Vez e outra devemos viver o colorido da infância. Voltarmos a ser crianças com os nossos filhos e com os nossos sorrisos. É claro que não vou sair fantasiada de princesa pela rua, mas posso me imaginar sendo uma por trás de todo o brilho do meu batom e dos meus acessórios. Pela forma divertida e bem educada que eu trato as pessoas. A brincadeira também nos ensina a sermos adultos leves e bem humorados. O tempo não volta, mas podemos transformar o presente na nossa melhor fase.

Um beijo para a minha filhota Mariana... A pessoainha que me faz lembrar todos os dias da minha infância e que enche a minha casa e o meu coração de alegria. Te amo demais!!!!!