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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pode vir 2012!

Definitivamente não há fórmulas certas e milagres sem fé. Não há como simplesmente olhar para o céu e pedir que em 2012 tudo seja diferente se realmente não acreditarmos nisso. Se mesmo diante das dificuldades e das rasteiras continuarmos persistindo e agindo para que o ano seja melhor.

Faltam apenas quatro dias para tudo acabar, mas mesmo assim as notícias e as surpresas não são aquelas que eu desejei. A minha esperança e a minha força interior de ver tudo superado ainda é maior que a minha descrença, mas confesso que vez ou outra tenho vontade de levantar a bandeira branca e tremular a minha derrota.

A gente vive um dia de cada vez... Planta e colhe o momento; não faz planos, não cria expectativas e mesmo assim somos supreendidos com reviravoltas, decisões extremas, pedras no caminho maiores que as nossas pernas podem saltar.

Á partir de hoje então, bem pertinho de fechar mais um ciclo difícil, eu espero que o meu otimismo crie asas e me carregue por 2012 com altura e leveza. Que o brilho que devemos carregar no olhar volte com tanta força que eu possa iluminar a mim e quem estiver ao meu lado; Que as respostas ruins dêem uma trégua e lugar para as boas.

Eu desejo enfim, para mim e para você, que nesse novo ano a gente continue sonhando com o melhor. Que a gente continue na luta diária do simples, do novo e também dos percalços. Que 2012 nos ensine a olhar mais para nós, nos entender, nos permitir errar e acertar.

O mais importante para o ano que vem é aprendermos a ter paciência. Deixar o imediatismo de lado e viver sem pressa. Tomar decisões com calma; viver os dias não querendo que eles passem. Deitar na cama com a certeza que está usufruindo da grande dádiva de estar vivo. Cuidar da saúde do corpo e da alma... Dedicar-se a tudo que você ama.

No dia 31 de dezembro de 2010 eu vou olhar para o céu sim... Vou ter uma conversa com Deus e primeiro agradecer por tudo que me foi dado de presente até o momento. Depois vou pedir sorrisos. Vou pedir para que 2012 minhas lágrimas sejam mais de emoção do que de saudade; mais de alegria do que tristeza. Vou pedir, lá do fundo do meu coração, que todos os próximos dias tenham um sentido único e que eu possa vivê-los com toda a minha intensidade. Na verdade, se ao invés de querermos que o ano mude, mudemos nós primeiro. Quem sabe, na nossa mudança esteja a chave das nossas conquistas.

Um grande beijo cheio de esperança... Feliz 2012!  Com certeza nos vemos por lá!!!!


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

Não há mais nada que eu possa falar sobre o Natal que não torne repetitiva a nossa conversa. Finalmente o grande dia de estar junto com áqueles que amamos está próximo e a hora agora é só de comemoração e felicidades!

Não há mais tempo para cara feia, para tristezas ou problemas mal resolvidos... Agora é tempo de fechar os olhos e sentir a luz que essa data proporciona. Vamos esperar o Papai Noel de braços abertos agradecendo toda a fartura que temos na mesa e na nossa árvore. Também  aproveitar para presentear, nem que seja com uma palavra, alguém carente, seja de fortuna ou de espírito...

Um Feliz e Abençoado Natal!


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Natal que Cansa e Encanta!

Eu já trabalhei no Natal, no comércio, e posso dizer que foi uma das experiências mais cansativas da minha vida. Não há tempo para comer, beber água, respirar... Os pés parecem que não tem mais sola; a coluna já envergou e o sono fica atrasado igual relógio com pilha fraca.

Além de toda a exigência do trabalho, você precisa lidar com clientes um tanto quanto apressados. Todo mundo sabe que as lojas vão estar cheias e que as filas vão estar enormes, mas na hora que você está lá comprando seus presentes, não quer saber de nada disso. Só quer rapidez e agilidade!

Nessa época os horários ficam diferenciados. Alguns shoppings fecham somente a meia noite, porém, as pessoas insistem em concentrar-se num único horário. Todo mundo se batendo para encontrar aquela blusinha tamanho G que não há mais no estoque. Se quiser uma PP, tem de sobra!!!!

Você já perdeu a conta de quantos amigos secretos vai participar e de quantas lembrançinhas precisa comprar. Além de sofrer para encontrar um vendedor e da fila do caixa, o pior é encarar a fila do pacote. Moças muito simpáticas fazendo dobraduras quase japonesas. Com certeza é melhor pegar o papel ou o famoso saquinho para fazer em casa mesmo... Tempo é dinheiro! Isso que eu nem falei do tempo perdido procurando uma vaga no estacionamento... E de gente que atira o carro em qualquer canto impedindo todo mundo de passar... Depois de todas as compras realizadas você ainda encara outra fila para trocar as suas notas fiscais... Alguns lugares até dão presentinhos legais, outros não vale a pena nem arriscar... E o sorteio do carro? Você sabe que é quase impossível ganhar, mas toda a noite faz aquele pedido especial á Deus para separar o seu cupom... Vá que funcione!!!!

Esse ano eu deixei para fazer as compras da ceia mais de última hora, assim como todo brasileiro que se preze. Primeiro porque não tinha lugar no freezer para guardar um peru congelado gigantesco; segundo porque essa semana eles baixam de preço. Tudo bem que vou precisar estudar um horário para entrar no recinto, e ir preparada para encarar aquela fila gigantesca. E me bater no meio das frutas e verduras com aquele balcão especial que fazem para vender passas, nozes e todas as outras especiarias. Sem falar nos carrinhos batendo no seu calcanhar... Uma maravilha!!!!!

Porém tudo isso faz parte dessa época corrida e especial. Quando o dia 24 chega toda a confusão compensa ao ver a família reunida, a mesa linda com a ceia pronta e as crianças rodeando a árvore a espera do presente. Há meia noite quando os fogos anunciam a chegada do Natal você nem lembra que está cansado, apenas entra dentro da garrafa de espumante ou da cerveja extra gelada e fantasia as férias que estão ali... Quase batendo na sua porta!

Bjus... Faltam 4 dias!!!!!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Alimento da Alma

Você consegue definir o amor? Segundo o "seu Aurélio" é uma afeição viva por alguém ou por alguma coisa. O amor é algo que sentimos, mas que temos dificuldade de descrever em palavras.

O amor pode ser entre sexos opostos, do mesmo também; entre amigos e entre irmãos. Há o amor mais incondicional de todos: entre pais e filhos. Podemos amar um animal, uma profissão, um lugar!

O amor é paixão, mas só paixão não é amor... O amor é também sexo, mas só sexo não é amor... O amor é admiração, mas só admiração não é amor... O amor é cumplicidade, mas só cumplicidade não é amor... O amor é respeito, mas só respeito não é amor...

O amor então é esse conjunto de valores que sentimos e desejamos á alguém. É algo que na maioria das vezes acontece devagar, mas que em outras chega para avassalar. Alguns dizem que o amor pode ser a primeira vista. Não duvido... Com certeza tem muita alma esperando para se olhar... Dizem também que o amor engorda, emagrece, tira os pés do chão, faz flutuar e virar a cabeça. Acredito também... O nosso corpo responde aos estímulos do nosso cérebro... Não é do nosso coração? Porque ele palpita, bate forte, acelera e quase pára de vez em quando. Se o amor está mesmo guardado no coração, então somos feito só de coração.

Eu acredito que o amor muda, se transforma... Em todos áqueles valores que citei acima. O amor deixa de ser somente uma afeição e passa a se apropriar de outras qualidades. O amor aceita defeitos, mas não aceita falta de valores. Tem muita gente que aceita o inaceitável, mas aí não acredito que seja amor...

O amor precisa desse conjunto de outros sentimentos para se completar. É uma mistura de corpo e de espírito que juntos levantam faísca e aquecem os dias. Você ama quando olha para alguém e enxerga a si mesmo... Narcisismo? Nem pensar... Você encontra na outra pessoa coisas que você acredita ser importante e outras que você vai agregar.

Talvez seja por isso que o amor por um filho seja tão especial: Você enxerga nele suas qualidades, seus defeitos e suas características físicas. Além disso tudo, ele tem características próprias, como se você tivesse voltado á vida ainda melhor.

Enfim, com definições ou sem elas, o amor é essencial. Amar e sentir-se amado revigora tudo. Ter esse cuidado e ser cuidado por alguém é uma das grandes dádivas da vida. E poder dividir, é ainda melhor. O amor é o alimento da alma!





Bjus... Ótima semana!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sonhos que Podemos Ter!

"Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão... Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção... E tudo ficou tão claro... Um intervalo na escuridão... Uma estrela de brilho raro... Um disparo para um coração...

A vida imita o vídeo... Garotos inventam um novo inglês... Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser... Sonhos que podemos ter!

Um dia me disseram quem eram os donos da situação... Sem querer eles me deram
as chaves que abrem essa prisão... E tudo ficou tão claro...O que era raro ficou comum... Como um dia depois do outro... Como um dia, um dia comum...

Quem ocupa o trono tem culpa... Quem oculta o crime também... Quem duvida da vida tem culpa... Quem evita a vida também tem...

Somos quem podemos ser... Sonhos que podemos ter!"

É impossível nessa época do ano a gente não falar sobre recomeços... É impossível não colocar a vida na balança e avaliar tudo que escolhemos e tudo que ainda podemos escolher.

Adoro essa música do Engenheiros porque ela me faz refletir... Faz-me acreditar que a cada novo ano esse país tão desigual também pode recomeçar. Faz-me pensar na época de quando eu era uma menina e quando tudo me foi revelado. Quando eu passei a entender que o Papai Noel era somente uma figura simbólica; quando a maioria das minhas fantasias não podiam sair de dentro do meu quarto e da minha casa de bonecas.

Eu cresci e descobri um novo mundo. Saí da bola mágica que envolvia a minha infância e enxerguei uma vida nova... Uma vida difícil e mutante a cada ano. De criança passei a jovem e a adulta em segundos... Fui engolida pela necessidade de crescer!

Assim como eu, todos enxergam os dias passarem voando. Nós tentamos sempre ser melhores... Reavaliamo-nos e nos cobramos para ser quem podemos ser... E por mais que eu acredite que o céu seja o limite, precisamos sonhar o que podemos ter mesmo. Nossos sonhos não podem mais ser os sonhos da infância... Eles precisam ser reais e acompanhar a verdade do mundo.

É claro que lá dentro de nós todas as fantasias antigas podem permanecer... Precisamos dessa magia para suportar todas as dificuldades da nossa rotina e dos problemas sem aviso que aparecem... Porém, ter os pés no chão e a cabeça aberta é fundamental. Corremos atrás do que idealizamos, mas não podemos deixar isso tomar conta de tudo.

Precisamos viver o momento... Ser feliz hoje! Satisfazer-se com as pequenas e simples coisas da vida... Perdemos tanto tempo planejando e acumulando cifras que esquecemos de viver plenamente. Esquecemos da importância de um bate papo, de um beijo e de um abraço. De sentar na areia observando o mar... De olhar pela janela a chuva caindo... De junto com um amigo relembrar histórias.

Esse nosso inventário anual, geralmente feito nessa época do ano, é muito importante. Faz-nos lembrar que tudo que deixamos para trás com o amadurecimento continua vivo e que o futuro também depende das nossas escolhas. Devagar e sempre vamos construindo o caminho perfeito... E a perfeição, nesse caso, é tudo que ilumine e dê sentido a sua vida!


Bjus!!!!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Um novo Tempo

Tá na hora mesmo de acabar... Tá na hora de 2011 dizer adeus e preparar terreno para 2012. Nunca fui muito supersticiosa, mas ultimamente to acreditando que anos pares me trazem mais sorte. Não custa nada acreditar né!!!

Foi um bom ano... Pessoalmente falando, muitas coisas legais aconteceram na minha vida, bem como muitas pessoas queridas entraram nela. Troquei de casa, de cidade e de estado mais uma vez... Tive notícias boas, mas muitas notícias tristes também.

Nesse ano não consegui tirar da gaveta muitos planos, mas consegui manter outros já iniciados. Áquela viagem especial ainda não virou realidade e a volta para os pampas também não se materializou. São passos mais demorados, eu sei, mas já andamos um pouco. Já assimilamos a espera e já tomamos as decisões mais difíceis.

Algumas metas foram adiadas... Foram analisadas e colocadas em "standy by". Não desisti, apenas refleti sobre o momento certo. Não sei bem se ele existe, mas é certo dentro de mim que eu vou saber a hora de agir novamente.

Foi um ano duro com a família. Um ano de sustos e doenças. Um ano de doação e de pensamentos unidos a procura de solução e de cura. Ainda estamos percorrendo o caminho; ainda vamos ter batalhas no ano que vem.

Em 2011 perdi e ganhei forças. Sorri e chorei em proporções quase equivalentes. Briguei e pedi desculpas igualmente. Fui filha, irmã, prima, sobrinha, cunhada, nora, tia, dinda e amiga menos do que gostaria. A distância muitas vezes freia os meus passos. Tentei estar presente, me cobrar menos, mas faz parte da minha essência: Eu quero estar junto...

Fui mãe e esposa na medida certa, eu acho. Cumpri o meu papel com orgulho e com satisfação. Posso ser melhor no próximo ano... Sempre podemos ser mais. Podemos aprender a ser mais tolerantes, ouvintes, amáveis e felizes. Podemos aprender a ter mais paciência!

Em 2012 quero ser mais a Juliana. Quero colocar-me a frente de vez em quando e não protelar mais alguns sonhos. Quero ver mais o sol do que tempestades... Quero mais o convívio do que a saudade. Quero mais saúde do que doenças... Quero mais vitórias do que fracassos... Mais tentativas quem sabe, do que a inércia de não tentar. Quero reencontros e não despedidas... Quero mais barulho do que solidão.

Igual a todos os recomeços eu quero a expectativa do melhor. Eu quero trocar a folha amassada do velho calendário de um ano inteiro que já passou por outro novinho em folha. Para poder colocar nas minhas orações os pedidos de fé e de esperança que vou formular no dia primeiro de janeiro. Por todas as uvas, lentilhas e ondas do mar que vou pular para garantir o sucesso de 2012. Por todos os pensamentos e vibrações positivas...

Por mais que lá no meio do percursso eu canse e descubra que nada mudou... Ainda sim vale a pena começar o ano com o pé direito... Acreditando que tudo pode ser diferente... Esse sonho ninguém tira da gente. As possibilidades, as do bom e do ruim, são iguais... Cabe a nós alinhá-las na direção certa. Eu acredito sempre no melhor... Depois, durante o ano, a gente vai moldando os problemas. A nossa sorte é que o ano acaba e sempre temos mais uma chance de reformular os nossos projetos. Tenho certeza que em algum momento tudo, ou quase tudo dê certo porque a felicidade está no caminho, não no final dele!

ABraços!!!!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Simples Assim!

Eu me considero uma pessoa simples... Sempre fui de poucos luxos, acho que decorrente da criação que tive em casa. É claro que adoro conforto e coisas bonitas. Não ligo para a última moda, mas prezo qualidade. Não jogo dinheiro pela janela e não me importo de gastar a sola do sapato para buscar o melhor preço.

E não me aperto também. Sempre dou um jeito. Não há tempo ruim que me impeça de fazer alguma coisa. Posso até queimar o cérebro pensando numa alternativa, mas uma hora eu encontro as respostas.

Sou uma mulher como todas as outras, ou a maioria delas, quem sabe: Enlouqueço por uma bolsa ou sapato. Não sou ligada em jóias; fico bem feliz com uma bijuteria bacana. Celular, não to nem aí. Aqui em casa eu só fico com os "refugos". Depois que o Marcelo já usou, arranhou e enjoou eu herdo o filhote. O importante é que ele funcione e tenha algumas ferramentas básicas, o resto é só pagar a conta para nunca ficar sem crédito... Odeio celular pré-pago... Sempre fico nas mão!

Durante muitos anos eu guardei a minha carteira de motorista na bolsa sem usar. Depois que encarei o trânsito e dei adeus ao "buzão" confesso que a minha vida melhorou bastante. Na verdade, ficou bem mais fácil, mas, por outro lado, nunca tive tanta dor de cabeça. O motivo? O meu carro velho, é claro!!! Tenho muito orgulho dele, mas vamos combinar que é uma encrenca atrás da outra.

Eu sou uma feliz motorista de um ford Ka VERDE 1999. Freios, embreagem e direção hidráulica trocados recentemente. A lataria tinha um arranhão... De um pilar do estacionamneto do supermercado que tentei levar comigo assim que comecei a dirigir, mas que foi eliminado quando atropelei o motoqueiro e precisei arrumar a pintura... kkkkkkk... Ficou com pena do meu carro né? Porém foram somente essas "barbeiragens"... Por hora estou me tornando uma excelente motorista!

O único probleminha do carro é o escapamento... O "Ervilhão" ronca igual a uma Ferrari... Quem ouve de longe até pensa que uma super máquina turbinada está chegando... Até pensei em levar para arrumar essa semana, mas sexta passada ele "ferveu" em pleno temporal num trânsito caótico. Em meio a fumaça descobri que a ventuinha não estava funcionando. Resultado? Oficina novamente. Lá vou eu conversar com os meus amigos para resolver o meu problema.

Desde o final de semana e hoje depois de largar o carro na oficina estou a pé... E confesso que esse é um conforto que não abro mais mão. Até não ter o gostinho da comodidade não sentia muita falta... Hoje, depois de pegar quatro ônibus lotados carregando sacolas me lembrei o quanto meu carro velho é importante.

Quem sabe um dia desses, quem sabe agora no novo ano que vai começar, eu coloque nos meus planejamnetos um carro menos velho. Quem sabe eu abra mão um pouco da simplicidade por um pouco mais de tranquilidade. Por enquanto eu continuo pilotando por aí a minha azeitona ambulante. Uma coisa é certa: Não entendo muito de mecânica, mas ultimamente to ficando boa nisso!!!!
Bjus!!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Doce!

A minha filha sempre inspira posts por aqui. Assim como todas as crianças é uma caixinha de surpresas, sem falar nas pérolas diárias que ela solta sem aviso prévio. Hoje ela cochichou no meu ouvido um verdadeiro poema. A grande magia de ser criança!

Ontem ao tirar um cílio caído no seu rosto a ensinei uma brincadeira que eu fazia quando criança: Colocava o cílio solto na ponta do "dedão" e a outra pessoa colocava o seu dedo em cima. Apertávamos e fazíamos pedidos. Ao soltar, o dedo que permanecesse o cílio seria a pessoa com seus desejos realizados.

Hoje pela manhã ela fez a brincadeira com a minha mãe e o cílio ficou grudado no seu pequeno dedinho. Toda feliz raspou no cabelo para não perdê-lo. Mais tarde sentada ao meu lado no sofá ela me pediu para contar os pedidos que fez na brincadeira com a vó. Eu disse que não precisava revelar, mas ela insistiu... Pedi então prévia autorização para revelá-los aqui no blog, para compartilhar com vocês esse momento tão doce... Igual deveria ser todos os nossos dias... Doces!!!

- Mãe, eu fiz três pedidos: Voar; pintar caprichado e que o mundo seja colorido!

Na hora sorri e me emocionei com a fofura das palavras que foram cochichadas no meu ouvido. Igual a história do quebra-cabeça que contei outro dia, mais uma vez a pureza da infância tomou conta dos meus escritos.

Perdemos tanto tempo lamentando ou remoendo problemas que esquecemos o quanto a vida pode ser simples. Sem as nossas neuroses e sem os nossos conflitos com causas pequenas. Vivemos num mundo repleto de motivos para levantar bandeiras... Causas sérias e preocupantes, mas se tivéssemos o olhar sincero e profundo de uma criança, muitos desses problemas jamais teriam tomado corpo.

É normal esquecermos de tudo isso e olharmos somente para dentro de nós mesmos. Esquecer de ver alegria numa lágrima; uma nova chance para um "não"; felicidade numa porta fechada. A facilidade de entregar o pensamento para a derrota é muito maior que programá-lo para a persistência.

Ser presenteada diariamente com a sensibilidade de uma criança é uma dávida. Ela me faz lembrar todos os dias o quanto é importante abrir a janela e, mesmo num dia chuvoso, enxergar o sol; mesmo em pequenas brincadeiras enxergar a imensidão de possibilidades.

Vamos então tentar levar a vida com doçura. Deixar o azedo das complicações num patamar com menos importância. Levar-nos menos a sério e gozar a vida. Praticar gentileza; levantar a cabeça ao cruzar com alguém na rua; falar com um sorriso; não envergonhar-se de dizer o quanto ama alguém. Distribuir beijos sinceros; acarinhar por afeição; estar disponível para ouvir; entregar-se aos sonhos. Quem sabe, polvilhando a vida de açúcar, construimos uma casca fina em nós, capaz de transformar-se com nossas mudanças e não nos deixar rígidos, mas maleáveis e tolerantes... Serenos e puros!

Bjus... Ótimo final de semana!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Poetizando

Eu curto muito poesia... Até me arrisco de vez em quando escrever alguma, mais por diversão do que por domínio da técnica. Porém, o que mais me encanta nesse gênero é que não somente as palavras a descrevem. Ela está em tudo ao nosso redor... A poesia está no ar!


Está no dia de ontem quando a Mari subiu no palco para apresentar-se com a escola. Estava nos seus gestos bem ensaiados, na música na ponta da língua. Estava na sua dança de boneca, no seu sorriso contagiante de felicidade. A poesia estava nas minhas lágrimas de orgulho, nos olhos brilhando dos avôs revivendo momentos tão especiais.

A poesia estava ontem também com um vaga-lume perdido no meu quarto. O seu piscar iluminando a madrugada. Com os passarinhos que me acordam cantando; com o rabo curto abanando da minha cachorra quando me vê descendo as escadas.

A poesia está num ato de gentileza, numa conversa com um amigo; nas mãos dadas de um casal na rua. Num carinho entre pais e filhos, num professor que chora vendo seu aluno brilhar. No amor entre irmãos, num aceno de despedida, num dia ensolarado. Na chuva que cai homogênea, no vento que balança árvores e espanta vibrações negativas.

A poesia está no grito de gol do seu time preferido, na brincadeira de roda, na música cantarolada no chuveiro. Na descoberta do primeiro beijo, na notícia de sucesso. No primeiro passo de uma criança, na beleza de uma grávida.

A poesia está nas quatro estações do ano. Nas férias com a família, na rotina bem sucedida do seu trabalho. Num desfile de moda, num programa de televisão, na coluna de um jornal. Nas nossas tentativas de acerto, no reconhecimento de um erro, num perdão.

A poesia está num bolo de chocolate, na mesa farta do café da manhã. Na comemoração de um aniversário, na magia do circo, do parque, da praça, da brincadeira. Nas pequenas e grandes coisas; Nos momentos simples e nos de glória.

A poesia está dentro de nós... Nos nossos atos, pensamentos e emoções. Em cada palavra e atitude que temos com o outro e com nós mesmos. Em cada piscar, em cada sorriso e em cada choro. Está nas nossas entranhas, na nossa força e na nossa vulnerabilidade. Em tudo que nos motiva e nos enfraquece.

A poesia é o jogo de rimas da vida... Linhas eufóricas e nostálgicas de experiências... Versos que nos remetem ao nosso interior... Estrofes sólidas de ensinamentos... Desfecho perfeito para o nosso amadurecimento.

Um abraço!!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Chave

As vezes gostaria de ser uma chave... De ter sob meus poderes a possibilidade de abrir portas. Não somente as portas lacradas de recintos, mas as trancas de um monte de outras coisas que nos acompanham ao longo do nosso crescimento.

Queria poder ser a chave do tempo. Acelerá-lo ou segurá-lo de acordo com o momento. Numa simples virada na maçaneta obter todas as respostas para os questionamentos da vida. Ter a chave para abrir os corações e entendê-los também. Ajudá-lo a escolher o melhor amor e sofrer o menos possível diante as viradas de sentimentos.

Queria ser a chave da cura. Abrir e desvendar doenças... Acabar com sofrimentos; amenizar perdas. Ter a chave da inteligência para abrir as nossas cabeças. Usar o melhor do cérebro; aproveitar oportunidades.

Queria ser a chave da paz. Aniquilar com a violência; ver na inocência o remédio para o bem viver. Ter a chave da beleza para decidir o que é feio. Acabar com os esteriótipos; valorizar o que cada um tem dentro... Destacar a luz interior.

Queria ser a chave do perdão. Ter a capacidade de colocar orgulhos de lado e recomeçar. Assumir erros e aceitar que eles fazem parte do nosso amadurecimento. Ter a chave do céu e poder ficar mais próximo de Deus. Ser apenas visita, mas repousar ao seu lado sempre que precisasse de um colo.

Queria ser a chave da alegria. Poder mostrar a sua força; transformar lágrimas em sorrisos. Ter a chave do mundo para poder percorrê-lo sem pressa. Ver todos os lados; conhecer todas as culturas; ser parte de algum lugar.

Queria ser a chave de mim mesma. Controlar todas as minhas dúvidas; desvendar todos os meus mistérios. Ter a chave do meu controle remoto: Ligar-me para uma nova aventura e desligar para me recuperar de um tropeço. Conhecer meus caminhos, meus medos e meus arrepios. Abrir a minha alma para o novo; reconhecer o velho; me entusiasmar com o futuro.

Eu queria ser a chave do meu próprio relógio: Ensiná-lo a ter paciência... Eu queria suspirar por um beijo; derreter-me por uma palavra; sentir-me vitoriosa por uma conquista. Eu queria ser a chave de tudo. Eu queria com uma única mão virar as engrenagens de tudo aquilo que nos move, alimenta e nos proporciona paixão...

Eu queria ser humilde para entender que as chaves estão soltas por aí... Não posso ser elas, mas posso conquistá-las... Não posso controlá-las, mas posso tê-las no meu chaveiro para abrir as portas de tudo que me levar o mais próximo dos meus desejos.

Bjus!!!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ressaca!

Dizem as más linguas que quando estamos tristes as palavras saem com mais facilidade. Não estou me sentindo triste, mas com uma ressaca de doer... Doer os olhos, a cabeça e o estômago. E mesmo assim, mesmo com essa enfermidade temporária devido uma noite de algumas caipirinhas e pouco sono, levantei com uma vontade absurda de escrever. Talvez seja meu remedinho efervecente... Vai entender!!!

Aproveitando a deixa então vamos conversar sobre isso mesmo; sobre a idade pesando em cima do corpo depois de uma noitada. Ai que saudade dos meus 18 anos! Que pique era aquele que eu carregava no dia posterior a uma balada? Não precisava nem dormir... Só jogava uma água no corpo e seguia para o trabalho numa boa. Hoje em dia, só de pensar em encarar uma fila para entrar num local e depois ficar de pé com um salto enorme ouvindo a mesma batida de música já fico cansada. Meu corpo já avisa que não vou aguentar.

De repente se nunca tivesse parado com a "esbórnia" não me sentisse assim, mas depois que a vida tomou outro prumo e as prioridades também, o corpo acostuma ou desacostuma com o festerê. Aliás, nunca fui uma festeira de carteirinha, sempre gostei mais de barzinhos e conversas até altas horas.

Ontem foi assim: Churrasco na casa de conhecidos... Muitas conversas, destilados e as horas passando sem nem perceber. Na volta para casa, já sentindo o peso da noite, me obriguei a parar numa loja de conveniência para comprar uma glicose... Um docinho para acalmar a alma!!!!!!! Desmaiei na cama e hoje acordei com aquela preguiça de não fazer nada... Coitado do Marcelo que precisou encarar o trabalho ainda... Mas cada um com seus problemas... Eu fico por aqui descansando por nós dois...

Não me considero velha, bem pelo contrário... Quem dera eu pudesse ter a cabeça de hoje naquele corpinho de antigamente... As festas bombariam!!!! Porém, o crescer é assim mesmo... A gente amadurece quando é necessário... A adolescência faz parte do ciclo de bater muitas vezes a cara na parede; aprender com os erros; viver intensamente ou pular algumas etapas... Eu pulei várias... Nunca fui uma adolescente típica... Tinha muitas inseguranças, mas meu crescimento sempre foi acelerado... Hoje pensando no passado, mudaria algumas coisas, me daria mais tempo talvez, mas os planejamentos são sempre perigosos... Imaginamos situações e a vida nos mostra caminhos bem diferentes... Alguns difíceis outros melhores do que sonhamos.

É isso então... Enquanto os jovens de corpo já estão prontos para mais divertimentos, a "coroa" aqui vai se entregar ao sofá... O importante é se divertir! Estar em lugares por vontade, pela companhia, pelas risadas. Não importa que seja numa balada lotada, num barzinho tranquilo, na casa de amigos ou na sua própria casa fazendo o que mais gosta. O nosso espírito é que não precisa ter pressa para envelhecer... Do corpo damos um jeito!

Até... Bom domingão!!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Guarda Chuva

Ontem foi o início do mês de dezembro e como já havia programado acordei como se tivesse recebido um sopro direto dentro de mim... Um sopro de vida! Talvez por saber que o ano, mais um daqueles bem cansativos e saudosos está chegando ao fim... Ou então por estar esperando respostas que podem mudar o destino do ano que vem... Ou ainda pela chegada dos meus pais que são sempre um "plus" nos meus dias...

Assim como o sol que iluminava o dia por aqui minha alma também sentia-se iluminada. O mês de dezembro é sempre bem vindo. É uma época de festa, de comemorações, de alegrias enfim... A rua tem mil e uma cores e a casa cheiro constante de peru. As músicas falam de esperança e o ouvido parece que só escuta o estouro da rolha do espumante. O bombardear dos fogos de artifício e o "ho ho ho" de um bom velinho incentivador de sonhos.

Com certeza aquela chama que eu pensava aquecer o meu coração assim que o mês iniciasse reacendeu... Ganhei força e otimismo! Ganhei a visão de dias melhores; de vida doce e feliz...

O dia nem havia acabado ontem e um balde de água fria inundou o meu jantar. Tudo aquilo que eu não esperava ouvir foi despejado sobre a ceia. A expectativa que era boa passou a não mais existir... As respostas que podiam ser positivas, agora nem sequer terão chance de se pronunciar. Porém, mesmo assim, mesmo depois da surpresa de uma notícia ruim, não perdi o meu entusiasmo... Felizmente tudo aquilo que eu já havia colocado dentro de mim permaneceu... Naquele momento, mesmo diante a tragédia, eu continuei firme e esperançosa... Eu sei que tudo vai dar certo!

Hoje o dia acordou cinza e frio. Até poderia dizer que está refletindo no meu coração, mas não está... Continuo iluminada, acreditando no fogo que a minha alma adquiriu. O "não" sempre estará presente na nossa caminhada, mas talvez ele seja necessário para nos trazer caminhos melhores. Continuo acreditando que nada, mas nada nessa nossa vida é por acaso. Tudo tem um sentido e um porquê. De vez em quando vamos sair frustrados e contrariados, mas depois vamos colher o ensinamento.

Durante muitos anos eu precisei lidar com o tempo. A controlar a minha ansiedade; lidar com a minha paciência, ou com a falta dela, e principalmente controlar as expectativas. Ontém tudo estava diferente. Eu tinha a sensação que já estava no meio do meu percurso de volta, da mão alcançando um ideal, mas fui informada que é preciso voltar ao início. Tudo bem, voltaremos então... Não há nada de errado em recomeçar... A única certeza para hoje é que nenhum chuvisco vai abalar o meu humor. Que venham as tempestades, meu guarda chuva já está aberto esperando tudo passar...

Bjus!!!!