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domingo, 31 de outubro de 2010

Farofada!

Eu ainda não tive o privilégio de morar na praia, mas aqui em Joinville estamos bem pertinho de muitas. E como aqui em casa somos três peixes fora d água resolvemos hoje colocar tudo no porta-malas do carro e cair na estrada para um bate e volta. O dia estava nebuloso, mas normal por aqui... Eu tinha quase certeza que perto do meio dia abriria aquele sol, e não é que estava certa!!! Chegamos à cidade de São Francisco do Sul, na praia da Enseada, uns 55 km de Joinville. O movimento na areia era tímido, as nuvens ainda insistiam em pairar sobre nós. Descarregamos o carro, armamos a nossa “barraca” e bem vindo à farofada!

Dá uma olhadinha no visual:



Eu não tenho problema nenhum em passar o dia na praia, pelo contrário... Tendo gelo, comida e um guarda sol estou feliz da vida. A Mari só queria brincar no mar. Mesmo com a água gelada tomou alguns “capotes” e se rolou diversas vezes na areia... Uma alegria! O sol finalmente apareceu e veio forte mesmo. Começou então a movimentação na areia, o povo praieiro saindo das suas tocas. Nós já havíamos garantido um lugarzinho, mas sabe como é, volta e meia tem que dividir espaço com uma bola no seu pé, com uma criança esbarrando água gelada na sua barriga, e estranhos querendo conversar. Tudo certo, tudo dentro do pacote farofa.

A Mari ainda sequinha, no início da farofa:



Eu ainda muito branca, reluzindo a claridade, já sabendo que em um dia não vou me bronzear... Passei o protetor solar, mas só lembrei-me de reforçar na filha... Resultado: Eu toda vermelha e ardida... Ótimo... Mais uma vez tudo dentro do pacote farofa... O Marcelo levou a vara de pescar e conseguiu pegar dois peixes... Mas acho que só para provar para mim que das outras vezes que foi pescar sozinho não passou na peixaria antes de voltar para casa. Jantinha garantida!!!

Eu 'branquinha" começando os trabalhos da queimação:



Já havíamos comido sanduiche, pastel, salgadinho, picolé... Tiramos foto, caminhamos na orla, cervejinha gelada... O sol estava tinindo ainda, mas a areia já começava a incomodar... O Guarda sol já começava a ficar pequeno para todo mundo, a Mari já começava a reclamar de tudo, a paciência já ficando escassa... Tá na hora de sacudir a farofa e voltar para o conforto da nossa casa. Nem preciso comentar que a Mari entrou no carro e dormiu e eu e o Marcelo avistamos os primeiros sinais da “queimação”.

Na farofada também rola fotinho tradicional:





Probleminhas à parte... O domingo foi ótimo... Para mim uma prainha é sempre uma boa pedida. O vermelho vai passar, vai ficar a marquinha... O primeiro sol do início do verão já passou... Agora é só manter o bronzeado... Pelo visto até as férias vamos precisar de mais farofadas por essas terras. Tudo bem... Eu encaro o sacrifício!!!!


Bjus!!!!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Inspirações

Falei muito essa semana de inspiração. De tudo aquilo que nos impulsiona a realizar algo, ser alguém diferente, nos transformar em vários outros. No meu caso, são os livros, as escritas, os rabiscos no papel que alguém deixou e que me fazem viajar nos meus pensamentos. Muitas vezes uma simples palavra ou uma frase já me fazem correr para o papel e destrinchar um assunto. Adoro também me sentar em algum lugar e simplesmente observar. Ficar de olho nos movimentos das pessoas, nas suas atitudes, olhar nos seus olhos e descobrir suas angústias, suas emoções, sua maneira de enxergar a realidade.


E você, se inspira com o quê? Muito mais que realizar algo, a inspiração é válida para diversos momentos em nossas vidas. Ela pode dar graça ao seu dia, idéias para suas obras, uma luz para seus problemas. Precisamos dela para encontrar resistência. Num mundo que gira tão rápido, com tanta crueldade nos inspiremos a viver melhor do que a sobreviver a ele. Nos atos falhos de nossos filhos, nos nossos mesmos, nos inspiremos a dialogar ao invés de dar a bronca por si só. Nas nossas relações amorosas, nos inspiremos a nos doar mais, entender mais, discutir menos. No nosso trabalho, nos inspiremos a criar novas rotinas e ao invés de reclamar dele o transformar em uma atividade prazerosa.

Duvido que ao ouvir uma canção, qualquer gênero que lhe agrade você não se inspire a dançar, ou a pelo menos se entregar a melodia. As artes têm esse dom... Carregam-nos para seu interior, nos embalam na imaginação através da inspiração do artista. Isso mesmo! Tomamos emprestada a inspiração de alguém, a sua alma, por que não, e compartilhamos energia. E tudo isso pode se transformar em uma ajuda, um conselho, uma luz, um prazer. Depende somente da sua abertura, da forma como receberá o estímulo. Você simplesmente se entrega ao delírio, a sensação de arrepio e vida dentro do seu corpo.

O cantor Ney Matogrosso tem uma música chamada inspiração e diz assim: “Arranca o couro cabeludo, arranca caspa, arranca tudo. Deixa entrar sol nesse porão, em qualquer dia por acaso. Desfaz-se o nó, rompe-se o vaso e surge a luz da inspiração... Com sua chave e seu chavão a porta se abre e de repente como se um ermo de presente...” Abra sua cabeça e sua mente para ela... Deixe-a entrar nas suas veias e aproveite o que ela lhe proporcionará. Talvez você descubra que sua inspiração está em coisas improváveis ou nas mais simples, quem sabe. Não importa de onde ela venha, receba como um presente, como a sua tentativa de ser melhor... Pra você mesmo!

Bjus... Ótimo final de semana!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Onde você se esconde?

Você costuma dizer tudo o que pensa ou mede as palavras? Você coloca a sua cara a tapa ou se preserva das intempéries? Talvez você não seja a pessoa mais transparente do mundo, mas já se perguntou se não está se escondendo atrás de você mesmo? De suas potencialidades, de suas aventuras, das suas tristezas, dos seus fracassos, da vulnerabilidade da sua existência?


Temos a tendência de deixar portas entre abertas para não sermos invadidos e machucados por pré-julgamentos e falsos moralismos. Porém, quando não abrimos as portas estamos deixando para fora nossa espontaneidade, os imprevistos e a naturalidade das descobertas. Escondemo-nos através de lentes ofuscadas porque temos medo. Preferimos enxergar pouco e embaçado a expor nosso interior. Preservamos demais a nossa imagem e o nosso coração e ficamos meio duros, sem ritmo... Sem alma. Vamos desgastando a nossa essência, tudo aquilo que nos torna únicos e especiais.

Se você estiver preparado para mostrar-se faça agora. Não espere um sinal nem o dia perfeito. A busca da plenitude começa hoje no momento em que você abriu os olhos e foi presenteado com os primeiros raios de sol. Ainda a tempo de respirar fundo e descobrir-se em você mesmo. De levantar a cabeça e se olhar no espelho. De limpar as lentes e enxergar a si e ao mundo de frente.

Esconda somente a sua meia furada, a sua foto de dez anos, a sua calça boca de sino, o seu vinil do “Lokomia”, a sua vergonha. Apareça e não viva com o freio de mão puxado... Viva simplesmente! Encare os desafios, ultrapasse os contratempos e acredite que nus ou vestidos estaremos sempre expostos.

# Este texto foi publicado ontem na minha coluna COTIDIANO no portal http://www.dentrodobairro.com.br/.

Até a próxima!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Juliana Tiete!!!

Desculpem a minha euforia, mas tenho que compartilhar a minha alegria: Hoje o post que fiz sobre a Martha eu mandei por e-mail para ela e, muito atenciosa me retornou agradecendo. Mas, para eu ficar ainda mais contente me mencionou no blog dela hoje... No post "Obrigada" !

Obrigada você Martha por sua generosidade, pelo seu pequeno ato de encantamento!!!!

Tietagem é isso... Na verdade até rende um post interessante... Prometo que ainda escrevo sobre esse tema!!!

Bjus!!!

Simplesmente... Martha!

Minha mãe e minha madrinha estiveram ontem na livraria Saraiva no shopping Praia de Belas em Porto Alegre incumbidas de me trazer autografado o último livro da escritora Martha Medeiros. O livro é o “Fora de mim”, ainda não o li, mas em breve vou postar meu comentário já certa que vou adorar!


Não sei o que acontece comigo e com a Martha... Perdoe-me a intimidade, mas a Martha parece um membro da minha família, pois as suas palavras estão sempre presentes na minha vida. Identifiquei-me com ela nas primeiras poesias que eu li e nas crônicas do jornal ZERO HORA também de Porto Alegre. Ela fala simples, para todos, mas com uma grandiosidade ímpar. É exatamente isso que eu busco quando estou escrevendo. Dar a minha opinião, não que a minha verdade seja a de todos, mas a certeza que de alguma forma, os meus pensamentos possam iluminar algumas cabeças. Quero ser simples igual a ela, ter a minha identidade obviamente, mas conquistar a capacidade de tocar na alma das pessoas.

Nunca a vi pessoalmente, não li todos os seus livros ainda... Aos poucos vou remexendo as livrarias e encontrando os mais antigos. É um prazer tê-la na minha cabeceira me inspirando a sentar em frente ao computador e compartilhar meus momentos e os meus pensamentos.

A minha mãe relatou-me que ela é muito acessível, generosa, que ficava enrubescida com os diversos elogios. Prova concreta da sua humildade, da pessoa que fez sucesso porque agiu naturalmente e continua sendo... Hoje vi a reprise de uma entrevista dela na TV COM do RS no programa “Falando” e conversando sobre o seu livro disse: “A gente se apaixona por alguém quando nos apaixonamos por nós mesmos”. Eu aprendi admira-la por que ela desperta o meu melhor... Ela instiga o meu lado mais ativo, o dom dentro de mim, a certeza de que eu posso crescer ainda mais. E tudo que nos faz bem, nos eleva e nos satisfaz precisa ser preservado.

Se você ainda não conhece os trabalhos da Martha eu recomendo a leitura. Estou louca para devorar o livro novo, mas ainda estou terminando um sucesso dela de 2005 – “Coisas da Vida”, uma coletânea de crônicas. Mas recomendo também “Doidas e Santas”(2008) e “Tudo o que eu queria te dizer”(2007), este reproduz uma série de cartas de diversos assuntos que talvez você não tenha ou não teve coragem de mandar ou dizer para alguém.

Recado dado, e-mail dela respondido e feliz da vida com o livro novo espero que me acompanhem nessa leitura.

Olha a Martha com a minha mãe autografando o meu livro:



E , é claro, o autógrafo....




Bjus cheios de orgulho!!!!!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Complicada e perfeitinha

        Essas duas palavras se encaixam a nós mulheres com tamanha verdade que fica bem fácil de explicar. Não há dúvida que fomos criadas para embelezar o mundo, encantar os dias, ser a obra prima do artista, mas estamos sempre em conflitos e dilemas pessoais. Não tem jeito, quando resolvemos algum problema logo corremos atrás de mais uma implicância.


       Eu, pertencente a essa magnífica classe admito as nossas deficiências, mas muitas delas, ás vezes, são inerentes as nossas vontades. É quase fisiológico, orgânico. Experimenta você da classe oposta a ter TPM, cólica, parir um filho, cuidar de mais de uma panela no fogão, lavar a louça sem estragar o esmalte, fazer escova no cabelo, resolver os problemas da casa, ser uma excelente profissional e ainda lembrar-se de passar na padaria, fazer o lanche da escola, comprar um lingerie para surpreender o companheiro e outras milhares de coisas a mais. Não é fácil ser mulher num mundo tão machista, num mundo que nos obriga a correr atrás de todo prejuízo de muitas décadas atrás.

       Hoje lutamos com nós mesmas para fazer os outros entenderem que não precisamos ser grandes executivas para mostrar que evoluímos. Queremos a correria dos desafios, mas também a liberdade de poder aproveitar a maternidade, o estudo, o lazer. A nossa complicação está em querer fazer tudo, ser tudo e ainda estar em perfeita forma, tanto de corpo como de espírito. Difícil não!

       Por outro lado deslizamos em cima de um sapato de salto, rodamos a nossa saia e fazemos parecer que tudo é possível. Deixamos um rastro de perfume otimista, rebocamos o mundo com tons coloridos, ensinamos sensibilidade aos filhos. Compramos uma flor para a casa, um lençol novo para a cama, inventamos um prato diferente para o jantar. Reciclamos o lixo, cedemos o controle remoto, fazemos artesanato, redecoramos a casa sem trocar os móveis, não nos esquecemos do doce perfeito para depois da reunião com os amigos.

       Talvez seja por todas essas qualidades que nos damos ao direito de complicar algumas vezes. De encanar com a toalha molhada na cama, com a coleção de sapatos espalhada pela casa, com a pia cheia de louça suja, com a falação no horário da novela. Na verdade só precisamos entender que mesmo quando se esquecem de nos valorizar não quer dizer que não temos o nosso valor. Complicadas e perfeitinhas seguimos desbravando os dias, penando contra nossos próprios dilemas e colhendo nossos merecidos ideais.

BJus!!!

domingo, 24 de outubro de 2010

Separação

Estava batendo um papo com um amigo das antigas e ele me relatava o seu dilema: Separar ou tentar? Todo mundo leva a sua vida e sabe exatamente em qual situação ela se encontra, ou deveria pelo menos. Eu optaria por tentar antes, separar depois. Mas também não acho que a separação seja o final do mundo. Como qualquer outro mortal que entra em uma relação não pensamos na separação, em não mais levar adiante uma situação que nós mesmos escolhemos. Porém, pior que a dor da separação, é a dor de estar onde não se quer mais... De conviver como parceiros de moradia e não mais como parceiros de vida.

Geralmente a sensação de tempo perdido é inevitável. Acha-se que tudo foi desperdiçado, pois a relação não durou para sempre. Mas tente enxergar como algo que durou o tempo que precisava durar. Nesse tempo, mesmo com alguma dificuldade você não deixou de respirar... Você compartilhou experiências, adquiriu valores, desgastou-se também, mas viveu. Viveu um amor que tinha prazo de validade, que lhe transformou, pode ser que, no mínimo, em alguém mais sábio.

Assim como o luto a separação deve ser absorvida. O momento frágil, de lamúrias, renúncias e raiva devem ser vividas, mas depois deve ser deixado para trás... Já dizia Cecília Meireles: “Porque a vida só é possível reinventada.” De saber que existiu um passado, dolorido ou não, mas que transformou o presente... A grande chance de reinventar-se!

Nem todas as separações são dramáticas. Há sim a tristeza, o sentimento do “não deu certo”, a ausência do amor, mas a permanência da amizade. Não de repente de melhores amigos, mas de uma convivência pacífica e respeitosa, ainda mais quando se tem filhos a compartilhar. Essa relação precisa ser saudável porque elos eternos foram selados. Mais do que reinventar a própria vida, dar a chance para os filhos continuarem lutando pelas suas.

Muitas relações acabam ainda com sentimentos acesos. O desgaste natural dos casamentos vai acabando lentamente com a tolerância, com as compatibilidades, com o respeito. Aí sim os sentimentos vão-se destruindo e sobra a mágoa e o ressentimento. Chega ao ponto das discórdias constantes, das brigas, do descaso. Esquece que a vida é dividida, que as palavras precisam ser poupadas, pois uma palavra mal dita machuca tanto quanto uma agressão física. Arranha a alma... Deixa cicatrizes... Não se apaga!

Separação combina com superação. Não há glória maior que superar-se! Do que encontrar-se no mundo, achar seu lugar ao sol, suas vontades, suas ambições, sua felicidade. Ao meu amigo desejo um desfecho feliz para seu dilema, mas com a certeza que se precisar mudar o curso da sua vida fará sabiamente. A separação não nos tira um pedaço da vida, nos mostra outro!

Feliz domingo...Bjus!!

sábado, 23 de outubro de 2010

Trabalhe menos e viva mais!

         Recebi um e-mail com um texto colocado em outdoors – Uma campanha publicitária de um banco em SP. E diz assim:

“Crie filhos em vez de herdeiros. Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete.

Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela. Não é justo fazer declarações anuais ao fisco e nenhuma para quem você ama.

Para cada almoço de negócios faça um jantar à luz de velas. Por que as semanas demoram tanto e os anos passam rapidinho?

Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos! Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não esqueça, vírgulas significam pausas... E quem sabe assim você seja promovido a melhor (amigo – pai – mãe – filho – filha – namorada – namorado – marido – esposa – irmão – irmã... Etc.) do mundo!

Você pode dar uma festa sem dinheiro, mas não sem amigos.

Não eduque o seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz, assim ele saberá o valor das coisas e não o seu preço”!

           Não há dúvida que devemos levar o nosso trabalho a sério, é ele que nos alimenta e nos dá conforto. Mas não o leve tão a sério a ponto de dedicar toda a sua vida somente na construção de algo material e esquecer que, como já dizia o rei Roberto Carlos: “É preciso saber viver”.

           A dedicação extrema ao seu trabalho pode lhe trazer ótimas recompensas financeiras, mas não vai lhe trazer a convivência com a sua família, o passeio com seu filho, o cinema com sua namorada, o chope com seus amigos. Em tudo que realizamos precisamos encontrar o equilíbrio e sei que não é tarefa das mais fáceis. Mas, antes de sair crucificando o seu trabalho descubra se o problema maior não é você mesmo. As suas exigências pessoais, a sua maneira de encarar as tarefas e as cobranças do dia-a-dia. Talvez o seu trabalho exija muito mesmo de você, mas saiba que os problemas vão continuar lá, todos os dias, não importando se você trabalhe hoje doze horas. Amanhã os mesmos ou novos desafios surgirão.

          A sua organização pessoal é um bom começo para tentar amenizar a sua rotina. Estabeleça metas para o seu dia e cumpra os seus horários no final dele. Lembre-se que uma hora a mais resolvendo alguma pendência é uma a menos dedicando-se a você mesmo. Passe menos tempo em seu trabalho apagando incêndios e seu dia vai  render muito. Algumas vezes você precisará ficar mais, mas não torne isso uma regra, faça disso uma exceção.

         Pais trabalhadores são sempre bons exemplos para os filhos. Os seus atos com certeza influenciarão nas decisões futuras deles, mas não os tornem também escravos do “mais e mais”... Ensine-os com o seu exemplo que trabalhar duro gera resultados, mas que não há gratificação melhor do que curtir a vida!

Um beijo... Bom final de semana!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

5.9 TURBINADO

Certo, eu já falei que revelar a idade não cabia a nós mulheres, mas essa mulher é diferente. Hoje ela completa 59 anos, e tenho total certeza que está contando para todo mundo! Nunca conheci alguém que gostasse tanto de aniversariar. Ela faz contagem regressiva, escolhe presente, se enfeita e curte demais o seu dia. Certo ela que entendeu que o que vale é não comemorar a idade, mas a festa que a vida nos proporciona a cada despertar de um novo dia.

Ela é baixinha, teimosa, orgulhosa e quer tudo do jeito dela. Calma, não sou eu não... Na verdade, sou um pedaço dela... É a minha super turbinada MÃEZONA! Quem olha não acredita que essa espoleta tem quase 60 anos... A gente nunca viu seus cabelos brancos, mas, seguindo a genética da família, minha vó é uma coroa enxutérrima, tenho muitas possibilidades de ser igual a elas. Tomara!!!!!

Minha mãe, minha única e inigualável... Parabéns pelos anos a mais nessa sua linda jornada. Com muito orgulho eu hoje relato aqui o prazer que tenho de lhe ver aniversariar e saber que estás curtindo tudo... Continue enchendo as nossas vidas com esse espírito jovial, com a incrível capacidade de valoriza-se, ser atual, ser moderna... A vovó mais fashion do mundo... rsrsrsrsr

Esse eu escrevi para ti, espero que curta:

“De saia balonê deixei para trás o desenho da minha infância. Já cortei muitos bolos, já apaguei muitas velas, mas ainda me sinto no meu primeiro aniversário. A minha alma não envelhece, as minhas rugas me deixam ainda mais bela. Não faço questão de mostrar-lhes os meus fios brancos... Quero apenas me olhar no espelho e sentir que estou aqui inteira... VIVA! Eu acordo e respiro a brisa de um amadurecimento suave... De uma idade que chega, mas que não me devasta, não tira de mim o que mais prezo: A minha felicidade!”

Olha aí eu e a minha turbinada...

Aproveitando a data... Minha cunhada Dede também está de aniversário hoje. Pois é, temos duas espoletas na família querendo atenção no mesmo dia. Parabéns “cucu”, não te preocupa que a tua idade não vou revelar, mas sei que não te importarias... Assim como minha mãe é uma alma jovem vivendo intensamente. Que o teu dia seja maravilhoso, repleto de amor e de certezas: Que a melhor delas seja estar ao lado de quem tanto amas. Você é outra que trás o sorriso estampado no rosto, que ilumina por onde passa. Continue sendo esse sol!!!!

Parabéns para as duas... AMO VOCÊS HORRORES!!!!!

Bjus cheios de saudades!!!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

GRIPE ou RESFRIADO

          Calma, não precisa pegar o termômetro para saber se está com febre ou procurar aqui mesmo na internet se já existe uma nova vacina para um novo tipo de vírus da gripe. Perdoem-me os românticos de plantão, mas vou comparar a gripe ao amor e a paixão ao resfriado. Estava pensando em algo que se fizesse entender só pela palavra e não achei outras duas que casasse melhor que essas.


         Não seria a paixão essa atração exacerbada e arrebatadora por alguém que chega sem avisar e vai tomando conta do seu corpo? Assim também não são os resfriados? Primeiro o nariz escorre depois o corpo fica dolorido, você espirra e nem sabe o porquê desses sintomas? É a paixão entrando na sua alma, lhe deixando febril, sem forças... Totalmente entregue!

         E o amor? Não seria uma afeição mais viva e profunda por alguém que já tomou certo tempo da sua vida e que de uma vez toma conta de seus pensamentos? Assim como a gripe, aguda, forte, não mascara mais seus sintomas... O seu nariz já está trancado, o seu corpo paralisado e além de espirrar sem parar ainda tosse sem controle. É o amor que solidificou o seu sentimento na alma, elevou a sua febre e lhe deu forças para selar laços. Você se entrega, mas tem melhor consciência das suas escolhas...

         Geralmente temos mais resfriados do que doenças agudas. O nosso corpo, na maioria das vezes resiste ao resfriado e ele não se transforma em gripe. O nosso coração também... Somos avassalados por paixãos constantes, momentos vividos com intensidade de prazer e poucas vezes encontramos o amor verdadeiro. E não acho que você só tenha uma gripe profunda na sua vida... Você pode ter vivido outros amores que durou um tempo, curto ou longo, mas foram além da paixão devastadora. Ou você pode estar atrás dessa gripe, desse amor que lhe faça equilibrar suas emoções. Ou então ainda você pode querer viver de resfriados constantes; De paixões sem medidas que dão graça e emoção a sua vida.

        Não há a fórmula, nem o remédio. Para curar uma gripe ou um resfriado você não é convidado a repousar? Não há receita que diminua o mal estar que não seja o descanso e a tranqüilidade. No amor ou na paixão também não a uma cura elaborada. Ou você se entrega ou deixa passar... Ou você sofre ou vive intensamente... Não importa o número de paixões ou amores que você carregue... Aproveite o momento de cada um deles e viva-os. Algumas vezes você pode sair machucado, mas com certeza não arrependido de não ter tentado.

       Depois disso então tire o seu lenço do bolso e decida se seu resfriado vai prolongar-se ou se em breve você estará de cama com uma bela gripe. O primordial é não se esquecer de mandar a indisposição para bem longe e viver feliz com suas escolhas... Provisórias ou duradouras!

# Este texto foi publicado ontem na minha coluna COTIDIANO no portal http://www.dentrodobairro.com.br/.

Bjus!!! Até breve!!!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pouca FÉ

Eu escrevi algum tempo atrás quando meus pais foram assaltados num ônibus de viagem que o mundo era mau! E continuo achando isso... A violência social e econômica que vivemos faz com que perdemos nossa inocência e deixamos de ter fé... Pior do que deixar de acreditar nas coisas que nos cercam é deixar de acreditar nas pessoas... Estamos perdendo a nossa fé no ser humano por medo de sairmos machucados, logrados, violados.

Era quase 19h quando o interfone da minha casa tocou. Atendi e a voz do outro lado era de um homem pedindo comida. Ele me explicou que estava até agora na rua procurando emprego e uma assistente social deixaria na sua casa uma cesta básica para seus filhos, mas não apareceu. Então, ele resolveu bater na porta para pedir alguma comida. Ele me parecia sincero, sua voz não demonstrava mentira ou enganação, mas eu fiquei com medo de ir até o portão e ser atacada com uma arma apontada para a minha cabeça. Eu desliguei o interfone e fiquei triste por não ter ido alcançar para ele uma caixa de leite, pelo menos. Porém, todas as coisas que vemos na televisão e lemos nos jornais me fizeram recuar, mandá-lo embora sem nem olhar nos seus olhos.

Na saída do passeio de sábado, no Beto Carrero, já estava escuro, uma menina de uns doze anos acredito pegou no braço do Marcelo e pediu se podia usar o telefone para ligar para seu pai porque estava perdida. O Marcelo discou o número e lhe deu para falar. Naquela hora, soltei a mão da Mari e já estava preparada para sair correndo atrás dela caso ela fugisse com o celular. Ela falou com o amigo, marcou o ponto de encontro, nos agradeceu e partiu. Eu depois ri da minha imaginação e disse para o Marcelo: “Tá vendo... Desconfiei de uma menina”!

Sem percebermos estamos deixando que esse dia-a-dia cheio de imprevistos e transtornos nos engula e desenhe os nossos passos. Mais do que medrosos estamos ficando covardes. O receio da violência está acabando com as nossas virtudes e o nosso bom senso. Estamos deixando de ajudar para não correr o risco de perder... Já perdemos a noção do bem e do mau, estamos perdendo a nossa fé!

Todos esses acontecimentos me fizeram pensar a respeito e ainda tenho medo sim de colocar a minha cara a tapa e ser surpreendida pela violência, mas também preciso e precisamos acreditar que pessoas íntegras ainda existem. Ainda preciso achar uma solução para ajudar sem temer o risco, de resgatar a minha inocência sem cair na burrice. É difícil, o mundo continua mau, mas ainda precisamos seguir adiante e não nos conformarmos com as atitudes erradas. Seguimos em casa e no meio em que vivemos dando o exemplo do certo, do que vale a pena ser vivido, mas o mais importante é que ainda precisamos olhar nos olhos das pessoas e dar-lhes o direito da verdade.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

BETO CARRERO WORLD

         Como havíamos prometido para a Mari, sábado era dia de ganhar o seu presente de dia das crianças: Um passei no Beto Carrero World! O dia amanheceu ensolarado, a Mari me tirou da cama ás 7h da manhã, colocamos tudo dentro da mochila e seguimos em direção a praia da Penha aqui em Santa Catarina.


         Logo na chegada já ficamos maravilhados com o castelo das Nações, o portal de entrada do parque. Não sei quem estava mais feliz, eu ou a Mari. Corremos para as catracas e nos atiramos para a diversão! Primeiro foi o elefantinho que sobe e desce, depois demos muitas risadas na xícara e no carrinho bate e bate.

         Avistamos então uma ponte e resolvemos seguir a trilha para a Ilha dos piratas. Entramos dentro de uma cabeça de esqueleto e a Mari maravilhada com a escultura de sereia. Entramos na caverna do pirata, toda escura, cheia de teias e muito ouro... Uma boca enorme de tubarão dentro do lago, para depois encerramos na casa da sereia, um castelo de espelhos.

         Para minha surpresa o Marcelo topou um passeio de teleférico... Ele tem medo de altura... Mas foi todo orgulhoso de si mesmo...

         Demos um giro pelo zoológico, conversamos com as lindas girafas e fomos passear de trem pelo vale dos dinossauros... Uma delícia!!! A Mari estava inspirada para fazer poses e tirar fotos, sabia que o dia era dela, reservada para a sua alegria, para ser simplesmente criança!!! O melhor de tudo é que eu e o Marcelo também voltamos a ser crianças e nos jogamos para a farra junto com ela.

         O dia estava quente e muito abafado então resolvemos nos molhar um pouco. Entramos dentro da montanha “Raskapuska” e depois de um passeio de bote por um vale encantado caímos dentro d água. Um jacaré chamado "Dundun" em forma de montanha Russa foi o passeio mais radical da Mari naquele dia. Grudada nos braços do papai, não sei quem tinha mais medo, ela ou ele! Um carrossel de dois andares me encantou e as suas luzes confundiam-se com o brilho do olhar da Mari... No embalo do cavalo que subia e descia ela continuava se divertindo...

         Depois de andar no jacaré o Marcelo se encorajou a andar comigo na montanha "Tigor"... Ainda pequena, mas com emoções maiores. Ótimo para gritar e limpar a alma!!! Eu já desistindo de enfrentar meus brinquedos favoritos, inclusive a nova montanha Russa do parque a “fire”, pelo tamanho gigantesco das filas, deixei o Marcelo e a Mari fazendo um piquenique na grama e fui roendo as unhas para a torre do terror: Um pequeno elevador de 40 m que despenca muuuito rápido. Coração na mão, o medo dentro das veias e desci... Tremedeira a parte, foi ótimo!!!!

         O dia estava acabando, o sol despediu-se e para encerrar a nossa aventura o melhor do parque, na minha opinião: A atração EXTREME SHOW!!! São cinco carros e duas motos em manobras mais que radicais... Um verdadeiro espetáculo para quem gosta de carros e velocidade!!!

         A Mari entrou no carro e desmaiou de cansada. Só acordou no outro dia ainda com as lembranças do seu presente, da nossa maravilhosa aventura no mundo da diversão. Eu sou suspeita para descrever pois adoro um parque de diversões, mas ele está recomendado!!! Não conseguimos ver e aproveitar tudo, precisaríamos de mais tempo. Com certeza em breve voltaremos...


Nós três na Ilha dos Piratas!!!




Bjus!!!!

domingo, 17 de outubro de 2010

Pra rir ou chorar?

  
        Moramos aqui em Joinville em uma casa bem confortável. A Mari tem espaço para brincar, a cuca, minha cachorrinha tem bastante lugar para se sujar, mas é uma casa, aí já viu... Sempre rolam uns probleminhas... Desde que mudamos sempre tem uma coisinha para resolver... Acompanhem a minha saga então... E aí decidam: Rir ou chorar!!!!!!!

         Na mudança, minha mãe e o meu pai estavam aqui conosco, então tudo certo... Meu pai sabe fazer de tudo, arruma, concerta... Uma beleza!!!! Assim que foram embora, eu também fui passar uns dias em Porto Alegre e quando voltei, adivinha quem estava me esperando? Dois lindos camundongos no quarto da bagunça, na garagem!!! Foi então que o Marcelo enlouquecido começou a sua caçada!!! Eu, só de longe... Que nojo!!!! Compramos muitas ratoeiras e o primeiro já era!!! Comeu o queijo e foi esmagado!!! O segundo já deu um pouquinho mais de trabalho, o Marcelo estava quase fazendo um curso para pegar o rato. Depois de duas semanas só comendo da nossa comida... Ele se foi... Para o céu dos ratos.... rsrsrsr ..... Tarefa cumprida, só nos restou limpar tudo... E imagina um quarto da bagunça... Muuuitas coisas... Agora está bem ajeitadinho!!!!!!!

          Passado o episódio dos ratos, deu curto circuito no lustre da sala e do escritório... Uma conta de luz exorbitante e eu quase surtando!!!! Meu pai fez uma visitinha novamente e concertou o probleminha elétrico... Valeu seu Dudu!!!!!

         Para completar o episódio financeiro, como o relógio da água não ficava á vista de quem fazia a leitura, uma pequena multa para regularizar a situação. Lá vou eu atrás da solução... Pronto, relógio visível, conta da água normalizada... Tudo certo até que um cheirinho desagradável começou a invadir o quintal! A caixa de gordura estava entupida e começou a transbordar... Que delícia... Meu sonho ter que resolver tantos probleminhas domésticos!!!! Vamos lá, mais uma vez atrás da solução... Puxa dali, cavoca de lá... Lama, terra, esgoto...

        Trocamos a caixa de gordura, o cheiro foi embora, os passarinhos voltaram a cantar no nosso jardim. Faltou gás... Normal... Liguei para aquele simpático 0800 que resolve tudo e rapidamente chegaram. Era só trocar o botijão, mas o rapaz tinha em mão uma lupa. Desconfiei... Quem anda com uma lupa tá procurando problema... É claro que encontrou aqui na minha casa... O registro era de 1991 e a validade só é aceita num prazo de cinco anos... Estamos em 2010, faz a conta aí... Ele me olhou muito simpático e disse: “Eu tenho um registro novo aqui para a senhora, só vai ficar um pouquinho mais caro...”

        Eu já acostumada aos imprevistos aceitei e voltei para o meu fogão aliviada de mais um dever cumprido. Para fechar a minha saga com chave de ouro, sexta feira estou bem feliz terminando de lavar a louça do almoço quando a cuba da pia cai dentro do balcão. É isso mesmo que você leu... A pia, cheia de água... Suja... Caiu dentro do balcão... Cheio de panelas... Limpas... Eu ainda tinha que tomar banho, levar a Mari para a escola, mas antes precisei escoar o rio que se formava na minha cozinha... Uma pequena tragédia!!! Sem falar no chuveiro queimado, na grama para cortar...Mas esses são probleminhas pequenos. Você lembra daquela música: “Era uma casa muito engraçada... Não tinha teto, não tinha nada...” Eu encontrei a bendita casa... É a minha!!!!

        E hoje estou aqui, esperando por mais um acontecimento inesperado na minha casinha. Você já decidiu se vai rir da minha situação ou sentar e chorar comigo? Pois é eu também ainda não decidi... Na hora, tenho vontade de explodir... De abandonar... De fechar à porta e não voltar mais... Mas depois... Depois que passa... A gente ri mesmo, fazer o quê né, a vida tem desses perrengues!!!!

Bjus... Bom domingo!!!!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Persevere!!

       Eu tinha de 17 para 18 anos quando fui fazer cursinho pré vestibular. Foi uma época meio estranha. O meu pai doente, eu ansiosa para entrar na faculdade e todo aquele universo novo dos cursos pré vestibulares. Você chega com a sensação de que está crescido... Não tem mais as regras da escola, os professores são bacanas e tudo é muito livre. Até a hora que eu chegava em casa e comia os meus livros. Aí tudo ficava sem graça. Lembro-me que foi um ano de dedicação máxima aos estudos, pois queria passar no vestibular da Universidade Federal. Não via nada na minha frente, só estudava... Bom, não muito diferente de quando estava na escola... Sempre fui CDF, fazer o quê!


      Tive a sorte de ter uma colega da escola junto comigo no cursinho, a Aline. Era muito divertido, conversávamos horrores! Lembro-me também do Vini... Um surfista muito figura! Eu lembro de dar muitas risadas com ele. Logo em seguida a Aline começou a namorar um colega nosso, o Rafa, marido dela hoje, e nos afastamos um pouco... Não podia ficar segurando vela né!! Conheci outro grupinho de meninas e junto com a Jeanice, deixávamos todos os dias no carro de um colega um bilhetinho de amor. E assinávamos, é claro: ADMIRADORA SECRETA!

      Hoje eu lembro dessa história e dou risada, porque nos escondíamos pelo estacionamento do shopping para não sermos desmascaradas. Na verdade, acho que mais interessante que o bilhete era correr o risco de ser surpreendida pelo garoto. Ele até desconfiava da gente, trocávamos muitos olhares em sala, mas nunca, nenhum de nós tomou coragem e deu o primeiro passo. Eu queria era mesmo a diversão da coisa: Se contássemos não teria mais graça, perderia o encanto.

      O ano estava terminando, o meu pai saiu do hospital, nos mudamos de casa, de bairro e não passei no vestibular. Pois é, um capítulo da minha vida que até hoje me corrói. Não passei por uns erros bobos na prova de geografia. Não acredito!!! Chorei um dia inteiro achando que tinha perdido um ano da minha vida... Um ano que não saí, não curti com as amigas, não namorei... Só estudei! Mas valeu pelo crescimento, para eu aprender a levar as coisas não tão a sério. Resolvi começar a trabalhar e deixar para trás o desejo de entrar na Federal. Fiz cursinho novamente, conheci o Marcelo, entrei na faculdade e um semestre depois fomos para São Paulo! E aí já contei a história.

      A faculdade foi reiniciada várias vezes... Ainda não terminei! Mas vou, isso eu tenho certeza. E não é para carregar uma faixa dizendo que sou formada, mas porque preciso ter isso para mim, para a minha satisfação pessoal. A vida estava começando novamente, não tínhamos grana para pagara a faculdade. Depois de alguns anos comecei outro curso, a Mari nasceu, cursei um semestre grávida, tivemos que mudar de cidade, a faculdade foi trancada novamente. Os horários não se encaixavam, o Marcelo também estudando, os filhos em primeiro lugar. Priorizei a Mari, ainda quero ter outro filho, mas não disisti desse meu pequeno grande sonho. O diploma de jornalismo a partir de junho do ano passado não é mais obrigatório, quer dizer, esse ano haveria outra votação, não sei como está, mas faço questão de ter o meu. De ir para a faculdade aprender a profissão que está no meu coração!

      E assim a gente segue... Sonha, acredita, persevera! Sempre vão ter obstáculos no nosso caminho. A gente sempre mata um leão por dia, não é mesmo? Mas o maior obstáculo costuma ser nós mesmos. As dificuldades que a gente mesmo impõe. Eu não vou desistir... Já tive que adiar algumas vezes, abdicar outras, mas continuo vivendo e querendo mais. Não sei ainda onde vou terminar a faculdade, em qual cidade, mas sei que estou bem próxima de conseguir!!! Espero um dia aqui poder contar como foi!!!!

Bjus esperançosos!!!!!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

DENTE DE LEITE

Ontem á noite recebi uma ligação do meu afilhado avisando que estava com o primeiro dente mole. Ele meio contrariado com a situação me disse choramingando: “Dinda, meu dente vai cair”. A Mari louca para pegar o telefone gritava pela sala: "O primo vai ficar banguela”! Foi então que eu falei para ele que assim que o dente caísse à fada do dente iria colocar um dinheirinho embaixo do seu travesseiro. A Mari bem depressa arregalou os olhos e disse: "O meu dente também vai cair né mãe?”


Inacreditável como a natureza é perfeita, como o nosso corpo se transforma à medida que crescemos. E a nossa cabeça também. Amadurecemos nossas idéias, nossos valores, nossa visão da realidade. A partir do momento que nossos dentes de leite vão caindo e nos abandonando vamos dando lugar aos permanentes. A permanência da construção de uma vida repleta de ziguezagues. Não caminhamos por ela em linha reta; Subimos, descemos, fazemos curvas e reviravoltas. É como ao cair do último dente de leite, nos despedíssemos do bebe e déssemos boas vindas à criança pronta para começar a desvendar ainda mais o seu mundo.

Ficamos banguelos, feios, esquisitos... Não conseguimos comer direito, nos olhar no espelho. Os dentes voltam a ocupar os seus lugares e nem lembramos direito que um dia eles caíram. Hoje a “Fada” leva os dentes embora, no meu tempo jogávamos os pobrezinhos em cima do telhado de casa e fazíamos um pedido. E não recebíamos nada por isso! Mas no final, chegamos todos na mesma fase, com as mesmas dúvidas, com a mesma ansiedade.

Vamos deixando de ser criança, perdendo a inocência e ganhando malícias... Hoje até mais rápido que antigamente. Logo se troca a boneca pelo celular ou o carrinho pelo computador. Com certeza não podemos dar as costas para o presente, para o “futurismo” que foi apresentado a essa geração. Mas ainda podemos segurar um pouco as rédeas dos nossos filhos e fazê-los viver um pouco mais a sua fase dente de leite. Quando somos crianças temos uma pressa de crescer, de nos tornarmos dentes permanentes. Depois descobrimos que deixamos para trás a mais fácil e divertida das épocas. Porque ser criança é maravilhoso! Ser adolescente já é outra conversa. São muitos conflitos dentro de uma pessoa tão pequena. Nessa fase estamos ficando permanentes, mas com dúvidas se ainda não somos de leite.

É assim mesmo... Crescer faz parte da nossa existência, assim que saímos do ventre materno. Não há escolha! O que vale é querer sim desenvolver-se e virar um adulto com os pensamentos mais focados, centrados e alinhados. Mas, para tal façanha, não podemos pular as fases que antecedem esse amadurecimento. Precisamos ser de leite, precisamos deixar cair nossos pensamentos juvenis e deixar entrar os novos permanentes. Mas permanente mesmo só espero que seja o seu dente. Os seus pensamentos podem ser mais maleáveis, mutantes.

Ao meu sobrinho lindo da dinda uma certeza: Os dentes vão cair sim e você logo vai descobrir a beleza escondida nessa fase tão estranha. Para a Mari, preocupada com os trocados da Fada do dente: Sim minha filha, ela vai deixar umas moedinhas embaixo do seu travesseiro e você também vai descobrir que não é uma recompensa pelo seu sofrimento, mas uma dádiva por poder estar crescendo.

Um bju especial para o Bernardinho, meu banguelinha preferido!!!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

INDIADAS

Eu sou a rainha das indiadas e aposto que você já fez algumas ao longo da sua vida. Não tenho problema nenhum em passar alguns apertos, até me divirto com a situação, sabe como é, o importante é ser feliz!!! Ontem saimos cedo de casa e fomos levar a Mari para um evento aqui em Joinville só para as crianças. Se chamava "O Universo das crianças". Na ida já pegamos um congestionamento gigantesco, claro, Joinville é minúscula e quando acontece alguma coisa de diferente na cidade todo mundo corre para o mesmo lado. Resolvemos então deixar o carro um pouco antes do local do evento e seguir a pé. O dia estava lindo e ensolarado, a Mari empolgada, então vamos nessa!

Entramos na EXPOVILLE, o local do evento e a mamãe orgulhosa aqui entregou a sacola de brinquedos que a Mari havia separado na noite anterior para doar. Seguimos e fomos arrastados por uma multidão até uns personagens do parque do Beto Carreiro que entregavam passaportes grátis para as crianças. E aí já viu... É só divulgar para um que tem algo grátis que vira uma fuzarka!!! Jogadinha esperta do Beto Carreiro, mas o mês todo de outubro já é livre para as crianças no parque. Tudo bem, valeu a intenção!! Depois disso fomos recolhendo papel, revistinha, pirulito, bala, picolé e tudo mais que caia nas nossas mãos. A Mari encantanda por um trenzinho que passava com os personagens das suas histórias preferidas e a mamãe de novo aqui empenhada numa fila para fazer penteado no cabelo e pinturinha no rosto. Demorou, mas curtimos o resultado:


Já cansados e esmagados resolvemos sair e almoçar em algum lugar. Primeiro precisávamos voltar até o carro e agora o sol já estava à pico. Sem falar que a Mari coitadinha fez uma bolha no calcanhar por causa do sapato e tive que ir até o carro ouvindo dela: " Mãe joselita, escolheu o sapato errado"! Tudo bem, papai nos levou até em casa e trocamos o sapato prateado de top de princesa pela velha e surrada "crocs"...

Decidimos ir até uma cidade perto de Joinville chamada Jaraguá do Sul que estaria acontecendo o último dia da festa alemã SCHÜTZENFEST. Boa, o Marcelo logo pensou no chopp, na linguiça, no "salsichón"... E nos debandamos. A Mari deu uma cochilada no carro e as nossas barrigas já faziam sons exorbitantes.
Chegamos na cidade, muito simpática por sinal, e para começar o posto de informações turísticas estava fechado. Tá, pensa comigo: Tem uma festa na cidade e o lugar para receber os turistas está fechado. Sim, aqui em Santa Catarina domingo é dia sagrado do descanso. Certo eles...Muuuita qualidade de vida!!!!

Resolvemos ir atrás de umas placas então... Nada! Encontramos um posto de gasolina e pedimos informação: "Moça, onde fica a festa... Shu, Shi...Ah, essa festa aí?" (Alemão é muito difícil). A moça não sabia explicar e passou a vez para seu colega que muito atencioso nos fez um roteiro: Vocês vão sair na rua aqui na frente, dobrar a esquerda e procurar um posto de gasolina. Passa ele e vai até outro posto. Quando chegar lá começa a contar os "sinaleiros". No segundo é só entrar a esquerda e passar por uma ponte e virar a direita. Depois é "só seguir toda vida" que vocês vão achar. Olhei para o Marcelo e disse: "Não tem um mapa por aí"?  Mas encontramos o lugar bem certinho com a dica do frentista. Estacionamos o carro e nos lembramos que não tínhamos passado num caixa eletrônico. Certo, a Mari ficou com o Marcelo e a mamãe aqui mais uma vez caminhou até um posto para sacar "dindin". Voltei pra festa já verde de fome e adivinhem: Nada de linguiça e "sasichón". Ainda bem que o chopp compensava e estava "tinindo" de gelado!!!! A Mari comeu espetinho de frango, eu uma deliciosa batata recheada e o Marcelo se conformou com um xis. Depois, é claro, a mamãe foi novamente para a fila, agora da piscina de bolinhas. A Mari tirou foto como Frida:

Comemos um docinho maravilhoso de frutas com chocolate derretido... Humm... Que pecado!!! Tiramos fotos ainda no caneco de chopp, claro...



E voltamos para casa cansados, mas felizes por mais um passeio em família!!!! Pra completar a noite ainda precisava cumprir a promessa para a filhota, afinal o dia era dela. Fui até o Mcdonalds, o único drive true da cidade buscar o seu "Mc lanche feliz". Claro que peguei uma fila gigantesca, mas voltei para casa com o lanche. Mas não acabou... A mamãe aqui exausta esqueceu de pegar o brinquedo. Ainda bem que a fome dela era maior que a vontade de brincar, ela nem se importou muito. Mas, é claro que vou ter que passar lá hoje para buscar!!!! A indiada continua....

O mais importante foi ter passado um dia maravilhoso ao lado da minha família, principalmente ao lado da minha criança preferida, dona do dia. O presente que trocamos pelo passeio ela ainda não ganhou. Vai ser sábado, no Beto Carreiro... Ai ai... Vou me preparar para mais essa!! Depois eu conto!!!

Bjus...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

"Mariana Conta"

“Alecrim, Alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado”...

        Foi cantarolando essas canções de roda que a minha filha voltou da escola na semana passada. Ela ganhou da mesma de presente um CD só com canções infantis antigas. Estavam festejando a semana da criança! E por falar em presente hoje em casa, no dia das crianças,
 nós resolvemos trocar o brinquedo por um passeio, porque diversão para uma criança sempre é um bom atrativo. Aqui em Joinville vários lugares vão proporcionar brincadeiras e jogos para as crianças em troca de um alimento ou um brinquedo. Acho essa idéia ótima, porque sempre no fundo do baú tem uma boneca ou um carrinho esquecidos.

       O melhor do dia de hoje, para mim, que não sou mais criança, que já deixei a muito tempo de ganhar presentes e guloseimas, é ver na minha filha a mágica de se ter quatro anos e curtir cada momento do dia. Nada paga vê-la sentada no chão do seu quarto brincando de algum faz de conta. Montar a sua casinha, a sua barraca, ver o seu filme preferido. Dar risada sozinha com o desenho, com o rabisco no papel, com a tentativa de escrever o próprio nome. De agarrar-se no microfone e ser a sua pop star... De bailarina girar pela sala como se estivesse no maior palco do mundo...

       Ainda guardo dentro do meu coração aquela criança que fui um dia e a deixo aflorar sempre que brinco com a Mari de salão de beleza no chuveiro, quando batemos juntas um bolo na cozinha, quando escolhemos um filme na locadora e quando caímos na piscina de bolinhas. A minha criança pega no colo a verdadeira criança e saímos em busca de novas descobertas. Na verdade, a minha vida desde que ela nasceu é embalada pelo canto dos seus sonhos.

       Todas as vezes que eu digo no final de uma história para ela: “E viveram felizes para sempre”, tenho a certeza que estás fantasiando o seu conto de fadas. Sim, um dia ela vai acordar e perceber que não existe o príncipe encantado nem o castelo da princesa, mas enquanto essas histórias a cercarem de felicidade... Que ela perca quantas vezes for necessário o seu sapatinho de cristal. Nem que seja pegar os sapatos da mamãe só para ouvi-los “cantarolar” pelo piso. O mais importante é vê-la crescendo saudável e feliz envolta com suas histórias.

       Seja um brinquedo ou um passeio transforme o dia da sua criança o mais prazeroso possível. Que ela possa ter esse privilégio outras vezes, sem nenhuma comemoração, pelo simples fato que é uma criança e precisa sê-lo da maneira mais original que conhecemos: BRINCANDO! Que hoje você dedique o seu dia ao seu filho, ao seu sobrinho, a alguma criança que possa dar atenção. Deixe a sua criança florescer e brinquem juntos... Aprenda com ela o verdadeiro sentido da palavra AMOR! Eu vou estar aqui contando e cantando com a minha...

“Mariana conta um, Mariana conta um...

É um, é um, é um, é Ana...

Viva a Mariana! Viva a Mariana!”


E ela conta... Canta... Encanta!!!

Feliz dia das crianças!!!!!

Bjus!!!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SAUDADE

O genial Renato Russo já dizia na sua música Angra dos Reis: “Se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais. Seja como for é uma dor que dói no peito. Pode rir agora que estou sozinho, mas não venha me roubar”...


SAUDADE é uma palavra que não tem como definir, a gente sente. Sente saudade de pessoas que ficaram para trás, de um tempo que não volta mais, de uma distância que machuca no peito. Não há como descrevê-la, a gente apenas vai vivendo tentando lidar com ela, tentando morrer de menos, morrer de menos saudade.

A saudade dói na alma... Arde nas ventas, escorre nos olhos. O único elixir é a própria presença. É estar junto de quem se ama, de quem se gosta, de quem se admira. É correr para um abraço demorado, é sentir no peito um alívio que acalma. É não ter pressa de dizer adeus, é não ter desculpa para dizer que gosta. É simplesmente perder-se nos sentimentos, nas regras e deixar-se dominar pelos desatinos. A saudade não tem idade, não tem forma, não tem cheiro. Ela invade o pensamento e nos leva a sofrer ou a querer mais. Querer estar perto, estar junto, do lado, em volta da vida de alguém que não está aqui, que não se pode tocar, mas que está dentro do nosso coração!

Não só a saudade de alguém, às vezes temos saudade de nós mesmos. Da inocência que perdemos, da ingenuidade que a vida nos roubou. Sentimos falta do aperto da juventude, da possibilidade de não ter possibilidades, de correr atrás de um mundo novo, que se abre que se desvenda aos nossos olhos. Saudade das marcas que deixamos no tempo, das descobertas que fizemos. Saudade do colo da mãe, dos conselhos do pai, das brigas com o irmão, das brincadeiras com os amigos. Nós temos infinita saudade das migalhas que deixamos para trás, de um pouco de nós mesmos que não reconhecemos mais.

Clarice Lispector diz que a saudade é um dos sentimentos mais urgentes que temos na vida. Ela tem razão. Quando a saudade invade o peito queremos que passe logo, que tudo volte que o tempo pare e que possamos encontrar alguém ou reencontrar a nós mesmos. Saudade demais também pode fazer andar para trás. Esquecer do presente, esquecer que ainda é possível sobreviver com a dor no peito, com novos capítulos da vida. A saudade faz parte da nossa existência, mas não pode ditar o rumo do nosso caminho.

Bjus... Ótima semana!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

ESPERANÇA

         Parece loucura pensar que a sessenta dias mais de trinta mineradores estão literalmente no buraco. Não consigo imaginar qual deva ser a sensação de sentir-se sufocado, soterrado sem definições sobre o resgate e tudo que cerca o acontecimento. Só de tentar me colocar na situação já sinto meu ar se esvair e desmaiada já não vejo mais nada.
 
         Pior do que o fato de estarem impossibilitados de viver, sim, eles tem oxigênio, estão vivos, mas foram privados de ver a luz do sol, de ver o filho nascer, de usufruírem o desenvolver natural dos dias, estão confinados um ao outro sem ter para onde fugir, se preservar, se abster. Estão presos na mesma expectativa, na mesma ansiedade, na mesma fome.

         Porém, ao ver as imagens daqueles trabalhadores, olhando em seus olhos, sente-se um invejável sentimento de esperança. É invejável e inacreditável manter-se firme por tantos dias lutando pela vida, deixando que ela, a esperança ocupe um importante lugar naquele buraco. Não, não caberia mais um homem sequer, mas ela sim é a líder de todo esse martírio. Ela que alimenta, dá forças, faz com que toda a terra em volta se transforme em um oásis. Sem falar em toda a equipe de resgate que encarou o desafio e continua se desdobrando para salvá-los.

         É por isso, que hoje, num dia que geralmente estamos reunidos com a nossa família que resolvi me encher de esperança e enxergar com menos ênfase os meus problemas. Não estou no buraco, não estou lutando para sobreviver. Estamos todos apenas tocando nossos dias com os obstáculos normais e naturais da nossa existência. Quem sabe hoje então antes de franzir a testa para alguma situação não tão prazerosa nos lembremos daqueles chilenos, que nem espaço para tristeza tem. Estão lá, com toda a sua fé, com toda a sua ESPERANÇA querendo estar também em volta da mesa confraternizando um domingo em família ao lado de quem amam. Você está... Aproveite o seu privilégio!

         Amanhã, quando acordarmos e sentirmos o ar invadir os nossos pulmões vamos lembrar novamente desses guerreiros, desses escravos da terra que continuam mais um dia lutando. Que o resgate comece! Que eles possam renascer e respirar tudo que a luz do mundo pode oferecer.

Um ótimo domingo, cheio de ESPERANÇA e VIDA!

sábado, 9 de outubro de 2010

Bicho papão

         Antes só do que mal acompanhado! Quantas vezes você já ouviu essa frase? Realmente em vários momentos da nossa vida melhor estarmos sozinhos do que ao lado de alguém "atravancando" tudo! Estar perto de uma pessoa e ou pessoas que não pensam pra frente pode atrasar a busca de novas possibilidades. Mas passar pela vida sozinho também não é a melhor pedida. Uma boa companhia é sempre um agravante no nosso estado de espírito, na nossa turbulenta maneira de viver.

        Quando eu era mais jovem, pouquíssimo tempo atrás (Não resisti à piadinha), eu ia muitas vezes sozinha ao cinema e ouvia das minhas amigas que era louca e muito corajosa. Elas tinham vergonha de entrar numa sessão desacompanhadas, eu não via mal nenhum. Nem sempre os horários se encaixavam, nem sempre eu tinha com quem dividir a pipoca e o "amasso", então por que não fazer o que gostava sozinha? Na verdade, tudo estava bem resolvido dentro de mim, por isso nunca me preocupei com a situação. Agora se você perguntar se já fui sozinha numa balada, num barzinho... Aí eu também acho loucura. Tem muita gente que enfrenta essas situações sem nenhum constrangimento, mas não vejo graça nenhuma sentar num bar e beber sem poder dar risadas com os amigos ou cair na noite pra dançar com um estranho.  No cinema, pelo menos, eu ficava quieta no meu canto. Nessas situações já remoeria o pré julgamento das pessoas e não ficaria confortável.

        Por isso que é tão difícil estar sozinho e querer companhia, ou estar rodeado de pessoas e querer se enfiar num buraco. Sou a favor que precisamos compartilhar a vida com as pessoas que amamos. Fazer descobertas juntos, passear, curtir um momento. Mas também precisamos ficar sós... Respirar fundo, ver um filme, ouvir uma música ou qualquer outra coisa que lhe remeta ao seu interior. E não necessariamente você precise ficar sozinho para resolver um conflito individual, mas algumas vezes a introspecção é favorável.

        Existem muitas possibilidades de se enxergar a solidão, algumas mais comuns, outras "não convencionais". Estar no carro sozinha dirigindo por aí é ótimo para mim. Tenho a chance de relaxar e curtir a minha solidão. Fazer uma caminhada sozinha...Desisto pela falta de incentivo. Nunca fui sozinha no teatro, mas acho que encararia numa boa. Um show gostaria de companhia. No supermercado, sozinha. O Marcelo que dá prejuízo em casa quando resolve "encher as latinhas". Na praia gosto de bastante gente, tipo farofada mesmo... Muitas risadas! Na frente do computador, sozinha, é claro... Não tem coisa pior do que alguém dando palpite. Na frente da televisão, depende... Depende da programação e da companhia também. No restaurante preferiria dividir a refeição com alguém, mas ficaria só sem problemas.

        Sozinha ou acompanhada o que importa é realizar suas vontades sem privar-se do seu bem querer. Ficar só não é sinônimo de tristeza. É uma ótima forma de abastecer as energias. “Em uma crônica da Martha Medeiros do livro Coisas da vida ela fala que muitas vezes seguimos certas convenções impostas pela sociedade e deixamos de viver o que gostaríamos e termina o texto dizendo:  "A solidão é invisível, só é percebida por dentro”.

        Exatamente isso... Costumamos deixar que essas falsas regras impeçam a nossa maneira de viver. Precisamos acreditar que a solidão será devastadora se a transformarmos em um “bicho papão”. E, para dividir os belos momentos só ao lado daqueles que também enxergam colorido.  Então a reflexão hoje vai para mim, inclusive: Se descobrirmos a nossa própria companhia, a nossa forma de ver as coisas coloridas... A solidão não será uma barreira, mas o início de uma nova jornada.

Bjus!!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vai um Chimas?

             Parceiro fiel de boa parte da gauchada, o Chimarrão é, sem dúvida alguma, um ótimo instrumento agregador de pessoas. Eu, como uma legítima “gaúcha paraguaia” não sou muito fã dessa iguaria, mas sempre faço uma social quando posso. Se eu pudesse colocava uma pequena colher de açúcar na erva-mate. Mas não tentem fazer isso perto de um gaúcho apreciador do chimarrão: É morte na certa! Tem que ser amargo mesmo... Tem que doer na alma... É nessa hora que toda a nossa “grossura” vem á tona!
           Quando morava em São Paulo  ao passar com a cuia na mão atestava a identidade de Extraterrestre. Claro, eu que era a intrusa, eles não tinham a menor razão de saber por que eu carregava um recipiente com formato de “seio de mulher”. Ao chegar ao Rio Grande do Sul, extraterrestre é quem não leva a cuia na mão. Experimenta ir no domingo no parque da Redenção sem o chimarrão. Um intruso total!
           Você só precisa de cuia, bomba, água quente e erva. Calma, não vai sair se chapando por aí, tô falando de erva-mate. Depois de prepará-lo é só juntar a gurizada e confraternizar. Essa é a parte que mais gosto. Não conheço outro lugar que utilize com tanto orgulho sua forma de hospitalidade como os pampas. Se você não for de lá e ao visitar a cidade lhe oferecerem chimarrão. Sinta-se bem vindo: É nossa forma de mostrar atenção.
           Pesquisando sobre o assunto descobri um site www.chimarrao.com, no qual ensina os dez mandamentos do chimarrão. Então, se você nunca experimentou e algum dia ele cair na sua frente saiba como proceder e agradar o anfitrião:

1) Nunca peça para colocar açúcar;

2) Nunca diga que é anti - higiênico;

3) Nunca reclame que a água está quente demais;

4) Nunca deixe o “mate” pela metade;

5) Você deve “roncar” a bomba;

6) Nunca... Jamais mexa na bomba;

7) Nunca altere a ordem do círculo;

8) Não “durma” com a cuia na mão;

9) Não diga que chimarrão dá câncer na garganta;

10) O dono da casa é geralmente quem o prepara e é ele quem deve tomar o primeiro.

            Cartilha do chimarrão anotada vale à pena experimentar essa “bebida comunitária” que, para mim pode não ter o melhor sabor, mas, se bem apreciado é, no mínimo um bom diurético natural. Sem falar, que não há gesto “mais simpático” do que oferecer para um estranho algo tão pessoal: A sua saliva! Dizem que o gaucho é grosso... Talvez seja mesmo... Mas que tem que ser muito macho pra tomar uma água quente e amarga, ah tem que ser!!!!
            Brincadeiras à parte é uma agradável experiência rodear-se de amigos ou pela família e compartilhar momentos desfrutando do chimarrão. Você pode não ser fanático por ele igual a mim, mas anota aí: Combinado com uma rapadura ele desce facinho facinho...

# Este texto foi publicado dia 06/10 no portal http://www.dentrodobairro.com.br/ na minha coluna COTIDIANO!

Bjus!!!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PARABÉNS

         Hoje vou postar outro texto, uma pequenina homenagem a minha seguidora fiel número 2, a minha cunhada Márcia. Ela está de aniversário hoje, obviamente não vou revelar quantas primaveras, nós mulheres temos esse direito de preservar-nos. Então convido vocês novamente a festejarem conosco:

        Já faz quase um ano que ela descobriu que precisava passar por um obstáculo na vida. Chorou, desesperou, mas em nenhum momento a vi baixar a cabeça. Acho que ela juntou toda a explosão que é a sua vida, a correria dos seus dias e a transformou em força, em garra, em atitude positiva. Hoje, ainda cimentando as cicatrizes de tudo o que passou, já está pronta para continuar a sua jornada. Ganhou a batalha contra a doença, ganhou por permitir-se ficar em primeiro lugar na sua própria vida. O percusro, com certeza não foi fácil... Machuca, deixa cicatrizes. Deixa marcas que farão parte eterna da sua existência, mas não ditarão os seus próximos passos...

MÁRCIA

Parabéns por mais esse aniversário... Por mais uma vez ganhar o privilégio de festejar o teu dia! Sabes que és uma vencedora, não só por sair vitoriosa do teu obstáculo, mas por toda a força que demonstrou durante o teu problema. Desejo, sempre, do fundo do meu coração que essa força aumente a cada dia da tua vida e lhe impulsione a conquistar os teus desejos e viver uma vida plena.
Um beijo... Não esqueça de sorrir sempre!

Até amanhã!!!!

Clínico geral

           Acredito que todos os anos a gente deveria fazer um “check up”. Uma revisão completa dos nossos conceitos, das nossas convicções. É claro, você deve também fazer uma revisão de saúde periodicamente, mas estou aqui falando em procurar um especialista para resolver as coisas que acontecem dentro da sua alma. E não necessariamente você precise procurar um médico... O especialista pode ser você!Procure se conhecer melhor e encontrar suas virtudes e defeitos.

         Não precisa terminar o ano ou esperar o início do próximo para fazer seu “check up”. De vez em quando é bom conversar consigo mesmo. Melhor ainda se conseguir equilibrar corpo e espírito. Além da sua mente, da tentativa de purificar a sua alma e entender a sua existência, vale à pena dar aquela atenção especial para o seu corpo fonte de toda a sua energia e disposição.

        Muitas coisas podem acontecer durante o seu auto-exame. Você pode melhorar as suas atitudes, recomeçar algo que estava parado, ir em frente a uma decisão. Ou então você pode por alguns instantes achar que está andando para trás, descobrindo não o seu melhor, mas tudo aquilo que lhe faz infeliz. Porém, acredite que a sua infelicidade é passageira, servirá para você pular uma barreira e descobrir-se mais forte, mais vivo!!!

        Para todo esse processo não busque a solidão, atente-se claro para seus momentos sozinho, mas é rodeado das pessoas que amamos que reformulamos e adquirimos novos valores. Conecte-se com a natureza e com a beleza das coisas que o cercam. Se entregue por inteiro, vá fundo ao seu interior e volte ainda mais confiante.

      O mais importante: Aprenda que os conceitos expostos na nossa vida não são estáticos, duros e inquebráveis. Eles não estão aí para nos acorrentar e nos cegar diante as várias formas de se viver. Seja leve nas suas escolhas, flexível nas suas decisões. Tudo o que você escolhe ser, com certeza o resume um pouco, mas não define totalmente quem você é... Permita-se transformar-se!


Para carimbar a minha idéia de hoje quero terminar com um pensamento do grandioso Mário Quintana:

“Da perfeição da Vida... Por que prender a vida em conceitos e normas?

O belo e o feio... O bom e o mau... Dor e prazer...

Tudo, afinal, são formas e não degraus do ser!”

Um beijo!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Obrigada pelas flores!

Hoje quero retomar um assunto que já conversamos em posts passados. Na verdade, vamos lembrar dois deles. No primeiro, CASAMENTO falei sobre pequenos gestos, pequenos detalhes que fazem a diferença numa relação. Algumas atitudes que colocam uma pitadinha de oxigênio nos relacionamentos e celebram o amor. No outro post, MULHER MARAVILHA, afirmei que todas as mulheres são fortes, corajosas e muito mais, mas querem e precisam ser surpreendidas por seus parceiros. Surpreendidas com pequenos gestos!!!

Ontem, já estava dormindo quando fui acordada pelo Marcelo. Nossa como é bom despertar desse jeito. Na mão ele tinha um arranjo de flores e orgulhosa pela atitude perguntei: - Porque as flores? E ele me respondeu aquilo que eu queria ouvir: - Olhei para elas e lembrei-me de ti!!!! Pronto, está feito o pequeno gesto, a pequena atenção, a outra forma de expressar: EU TE AMO!

Tô tentando dizer, caros mortais, que não precisamos “armar o circo” para chamar a atenção. Nós mulheres sim adoramos ser paparicadas, de festas, glamour, mas, tenho certeza, que a maioria prefere simplicidade acompanhada daquele toque indescritível de naturalidade. É verdade que sempre precisamos deixar claro nossos sentimentos, mas em alguns casos é maravilhoso ler nas entrelinhas. É romântico enxergar nas flores a pureza do sentimento verdadeiro.

E não só os homens devem dar pequenos gestos. Geralmente as mulheres são mais românticas e aproveitando essa qualidade use-a para também encher de sentimento o seu companheiro. Continuo dizendo que não é difícil, custa pouco e enche de entusiasmo quem está recebendo. É como se fosse o plus de algo que você já tem e gosta muito. É cuidar e querer ser cuidado.

Mais uma vez então... Pratique o seu pequeno gesto. Eu ainda estou encantada com o meu, enchendo a minha casa com o perfume do amor. Orgulhosa também porque sei que as minhas palavras o encorajaram a tal atitude. Vai lá... Não espere receber para doar-se, comece por você... Depois me conta o resultado... Tenho certeza que muitas coisas boas irão surgir!!!!

Mar... Obrigada pelas flores!!!!!
 
Bjus!!!! Até!!!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CENTOPÉIA

        O meu marido costuma dizer que tenho mais sapatos do que pés. Obviamente que só tenho dois, mas os sapatos precisam ser mais. É claro que não sou uma Claudia Raia que possui centenas de pares, mas confesso que é uma das formas mais escancaradas do meu consumismo feminino. Adooooro sapato!!! E não sou a única... A história do sapato é antiga, começou á 10.000 a.c.

        O que a maioria dos homens não entende é que não precisamos ter vários pés, mas precisamos ter escolhas. Não dá simplesmente para andar sempre com o mesmo par de sapatos, até porque não há pé que resista a tamanho sofrimento. E, nós mulheres gostamos de combinar. Tem sempre o sapato mais casual, o mais elegante, o que combina melhor na praia... E por aí vai... Um belo sapato completa o visual de qualquer mulher, a transforma, lhe dá poder, audácia... Sem falar que nos sentimos belas... Não só isso, muito mais que isso!!!!

        Agora um detalhe importante, dois, na verdade. Primeiro o sapato precisa ser confortável. Uma bolha no calcanhar ninguém merece. Sabe aquela historinha de que o barato sai caro? Não dá para comprar sapatos em balaios porque, além do chulé você vai ganhar alguns calos. Segundo, mas não menos importante. Você precisa manter a postura, saber andar e combinar o seu sapato. Não adianta colocar um saltão e andar igual a uma “pata”, nem colocar uma plataforma para desfilar na beira da praia. Você passa de confiante á desorientada!! E hoje nem precisamos mais combinar o sapato com a bolsa ou com a roupa. Também não vai sair parecendo um “pavão”. Vestir-se bem é ponderar. O menos sempre é mais!

       Imagina nós mulheres na loja de calçados cheias de dúvidas sobre qual levar. Se fôssemos a Centopéia teríamos a desculpa de levar todos! Mas não adianta... Eu explico e replico e não convenço. Eles não entendem que cada sapato tem um momento, uma hora, uma ocasião... E olha que vamos do saltão á rasteirinha... Até as antigas "sandálias que não soltam as tiras" viraram moda e enlouquecem a minha cabeça.  O melhor dos dias de hoje é a dedicação das indústrias calçadistas: Não só o desing, mas a valorização do conforto.

      Mulherada de plantão... Nascemos predispostas a valorizar um belo par de sapatos. Adoramos recebê-lo de presente e, se acompanhado pela bolsa... Pronto... Ganhamos o dia!!!! No final, eu compreendo o não entendimento masculino pelo sapato, mas uma coisa é certa: Lá em casa vamos ter que continuar abrindo espaço no armário! Você pode escolher ser a pata ou o pavão... Eu vou sempre preferir ser a Centopéia... Fazer o quê né, cada louco com suas manias...


Bjus!!!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Explicando o inexplicável

Você gosta muito do branco, mas fica em dúvida para escolher o preto. Você quer muito morar numa casa com quintal enorme, varanda, muita grama para seus filhos rolarem, mas adora o conforto e a aconchegância do seu apartamento. Você ama a sua vida, a sua rotina, tudo que a cerca, mas, volta e meia pensa em começar do zero.

Você consegue explicar o que os seus sentimentos afloram e o que sua cabeça pensa, mas que com palavras não cabem no papel? Você simplesmente não consegue explicar o inexplicável. A nossa vida é cheia de descobertas, acontecimentos, idas, vindas, paixões, amores, dilemas e emoções que vão além da nossa compreensão. Algumas vezes até parece fácil achar um por que, mas na metade do caminho já estamos atordoados com outras perguntas.

Vivemos uma vida tão acelerada, tão imediatista que nossos interesses mudam assim que fechamos os olhos. Acordamos com sede de novas perspectivas, novas aventuras. As crianças são assim... São ligadas na tomada loucas para desfrutarem a vida que lhe apresentaram. A gente cresce e esquece de carregar a pilha. Ela vai diminuindo sua força, mas a nossa cabeça e os nossos instintos continuam “tinindo”.

Parar para pensar pode se tornar um caminho turbulento, pois é lá, no nosso imaginário que as coisas passam a ser inexplicáveis. Queremos e não queremos, somos e não somos. Deve ser eu acredito o grande mistério da nossa existência. A busca incessante por respostas que nos levam ao bem viver. Você já tentou se ouvir? Falar com você mesmo? No mínimo ficou mais confuso do que quando não havia tentado nada.

Tentar explicar o inexplicável é tarefa árdua, demorada, dolorida... Nem Freud explica, não é! Talvez também seja o mistério que precisamos carregar. No final... No final de tudo sempre tem um ponto, uma observação... Se hoje ele é inexplicável, talvez ainda não tenha chegado ao fim... As respostas aparecem ao longo da vida... Podem demorar um pouco, mas acredite... Inexplicavelmente a gente acorda e toma a decisão certa. Um de cada vez os vagões que compõem o trem da nossa vida vão se unindo e lentamente voltamos para os trilhos. De vez em quando ele descarrilha... Mas essa é a vida... Às vezes estamos no caminho certo... As vezes no errado...

Pense na Felicidade... INEXPLICÁVEL... Sabe por que nunca chegamos ao fim dela e descobrimos o seu mistério? Porque ela está em tudo que realizamos, em todos os momentos da nossa vida... A felicidade está dentro de você, logo o inexplicável também!!!!

Bjus... Até!!!

domingo, 3 de outubro de 2010

Votar ou correr?

É hoje!!! Depois de um longo período de tentativas de convencimento e delongas mil... Votamos hoje! Mas, lá no fundo da alma, tínhamos vontade de correr sem olhar para trás e desejar que tudo melhorasse sem precisar escolher o “menos pior”.

Por favor, não corra! Por mais difícil que seja optar pela melhor proposta, pelo melhor candidato... Adquirimos o direito de nos fazer ouvir através do voto. E ele diz muito... Ele mostra a cara de um povo... De suas carências, de sua falta de oportunidades, de suas dúvidas e esperanças.

Vivemos num país onde a política é devastadora, suja, sem credibilidade. E pedir para esse povo acreditar no seu voto é quase uma crueldade. Mas, se não fizermos, se não acreditarmos que ainda existem políticos incorruptos e com boas intenções, fechem as portas do Congresso e atirem as chaves para os jacarés. Não, os jacarés não... Vamos escolher outro: Atirem as chaves para as cobras!

Como toda casa, nossa cidade, nosso estado, nosso país também precisa de alguém que organize, defenda, faça o melhor. Precisamos eleger essa pessoa e acreditar que ela consiga dominar as rédeas e seguir em frente... Mais tarde você pode se torturar por ter errado o seu voto, mas não há como ter certeza de nada. Podemos prever e deduzir algumas coisas... Alguns acham certo, outros errado, mas continuo sendo aquela brasileira... Transbordando de esperança... Acreditando que o Brasil será diferente!

Não adianta mais correr, os candidatos são esses, a escolha é sua! É de todos nós! E se hoje, as cobras realmente levarem a nossa chave, a chave da nossa riqueza maior... Não desistiremos... Em algum momento faremos uma cópia e abriremos novamente a nossa casa para outros hóspedes.

VOTE CONSCIENTE...



Bjus... Ótimo domingo!!!!

sábado, 2 de outubro de 2010

Fome de terra

       Eu estava espiando a nova novela das 18h da Rede Globo - Araguaia e me rendi à ótima atuação do Lima Duarte, que interpreta um gaucho daquele bem ”macho tchê". Ele está perfeito nos trejeitos e no sotaque e me chamou a atenção uma cena na qual ele fala que precisamos de terra: "A terra, diferente de outras coisas - aí ele exemplificou com o amor - não passa, fica para sempre".


      Vamos discutir isso então: A terra realmente é firme, segura. Ela representa estabilidade, força. E claro, estamos sempre lutando por ela, por um pequeno espaço, no qual possamos chamar de casa, chamar de lar. Desde que nascemos somos direcionados a buscar um referencial, um lugar fixo para construir família, para selar laços. Precisamos de terra!


     Certo, concordo com algumas coisas, mesmo eu que vivo pulando de casa, gosto de ter um ponto fixo, um lugar para lembrar. É legal almejarmos construir alguma coisa material, mas o personagem da novela queria terra, queria a extensão de acres, de tudo que ele acredita não ir embora, não perder. Pois é, a terra quando tomada posse, comprada, arrendada, sei lá como não se perde mesmo. É sua, fica para sempre. Mas você já parou pra pensar que você mesmo não é para sempre? 


     Não quero que você, nesse momento pare a construção da sua casa, a compra do seu sítio, ou o pedaço de terra que desejar. Continue com os seus planos, mas saiba dosar a necessidade e a importância deles. Não perca toda a sua energia buscando somente coisas materiais, que realmente vão ficar, mas que não poderão ser levados quando nos despedirmos da vida.


     Eu gostaria muito de uma casa na praia. Volta e meia procuro um terreno para me instalar. Porém, esse pedaçinho de terra que eu almejo é para aproveitar umas merecidas férias, curtir um final de semana, um passeio. A terra não vai ficar lá parada, estática, criando mato. Ela vai ser vivida, festejada, usada ao máximo. Essa terra sim eu recomendo... Aquela que você vê seus filhos crescendo, compartilhando um almoço no domingo, para usufruir o seu conforto. Use a terra, faça valer cada esforço do seu trabalho, do seu querer, não para dizer que você tem, mas porque você VIVE nela.


      Para terminar, na novela a terra foi colocada ao lado do amor. Ele pode ser passageiro, igual a nós. Então precisamos aprender a vivê-lo intensamente, assim como os nossos pedaços de terra. Não conheço outro exemplo melhor do que já dizia Vinicius de Moraes, e mesmo o repetindo, e, vamos combinar recitá-lo é sempre uma dádiva, fica a minha mensagem: “Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure."

Um ótimo final de semana!!!!

      
    

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Adeus medo!

       Sabe aquela sensação esquisita, aquele frio na barriga quando nos deparamos com alguma coisa que não nos é seguro? As pernas tremem, as mãos suam e tudo fica acelerado... Seus batimentos, sua adrenalina... É ele, o medo batendo na sua porta, invadindo o seu corpo, suas sensações.
       Há pouco tempo atrás, pouquíssimo, diga de passagem, eu tinha um medo frustrante de dirigir. Queria muito, me imaginava dirigindo impiedosa por aí, mas o receio de errar, decepcionar, não ser competente me atrapalhava. Era só entrar no carro que esquecia de tudo, os nervos a flor da pele, suor por todos os lados. Foram treze anos de tentativas, algumas felizes por breves momentos, mas a maioria sem sucesso. E nunca foi por falta de incentivos, pelo contrário, todos a minha volta sempre me encorajaram. Porém, era dentro de mim que tudo não se resolvia. Eu sabia que precisava enfrentá-lo, mas não tinha coragem nenhuma. Já estava quase esperando por um milagre.
        E você? Tem medo de quê? Tem medo de dirigir também? De altura? Não pode chegar perto de uma sacada? Medo de algum animal? De água?  São muitos os medos nos cercando, nos impedindo de seguir em frente. São muitas também as explicações. Pode ser um trauma, uma insegurança, qualquer coisa. Cada um precisa encontrar o seu motivo e achar uma solução. Ou não... Se conviver com o seu medo não afeta a sua rotina, então siga adiante. Mas, ainda acho, que em algum momento da sua vida o medo vai lhe atrapalhar, lhe impedir de conquistar novas possibilidades.
       Foi no dia 10 de junho desse ano que entrei no carro decidida a nunca mais “morrer de medo”. Foi nesse dia que o “ervilhão” entrou na minha vida e somos hoje parceiros inseparáveis. Foi uma semana de terror total... Angústia, receio de não conseguir... Mas respirei fundo... Ao invés de desistir procurava sempre as dificuldades, pois sabia que se ficasse na minha zona de conforto não sairia do lugar. Permiti-me errar, não ser perfeita, aceitar a minha dificuldade e SUPERAR!!!!
      Muito difícil... Foram longos anos me torturando, me cobrando... Mas passou... Virei à página e hoje dirijo com muito prazer e orgulho. E você? Já tentou se enfrentar? Se ajudar? Sair do confortável? Meu conselho é que você deve tentar... Não desista! Busque a sua força, o seu incentivo para pular o seu obstáculo pessoal. Não vai ser fácil, mas eu garanto que quando conseguir vai ser maravilhoso! E se me vir passando com o “ervilão”, me buzina... Nós dois estamos sempre desfilando por aí!


Meu "ervilhão":


Bjus!!!!