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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Poema: DESBOTADA

"Se eu digo adeus, não quer dizer que estou indo para sempre...
Em algum lugar, perdido no tempo, ainda estarei respirando as lembranças...
De um passado, de um presente e de um futuro que ainda não tem direção...
Posso me esconder, posso até mentir... Não há lugar melhor do que aqui...
Que guarda as minhas histórias; renova as minhas pegadas e oxigena a minha alma...
Preciso ir, mesmo querendo aqui ficar... Levo comigo mais que a saudade... O desejo de nunca realizar tudo...
No meu aceno que a lágrima desbota, eu deixo o meu beijo... Não vou olhar para trás, me impediria de ir, mas, lá na frente, eu enxergo a esperança de nunca mais ir embora..."
Bjus!



domingo, 29 de janeiro de 2012

E Se...

Eu adoro começar o post com uma música... Geralmente é algo que eu ouvi e me transportou há algum lugar ou momento. Hoje, mais uma vez, eu quero compartilhar a letra e o vídeo de uma canção que eu ouvi no espetáculo teatral Tangos e Tragédias aqui em Porto Alegre nesse mês. É uma música antiga do Titãs, bem conhecida também, mas que reflete um ciclo tão cheio de mudanças na minha vida... Chama-se EPITÁFIO!

“Devia ter amado mais, ter chorado mais... Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais... Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são... Cada um sabe a alegria
e a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos, trabalhado
menos... Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos... Ter morrido de amor

Queria ter aceitado a vida como ela é... A cada um cabe alegrias
e a tristeza que vier

O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos, trabalhado menos... Ter visto o sol se pôr...”


Cada pequena parte da letra coloca-nos de frente com o “SE” do nosso cotidiano. A cada dia deparamo-nos com possibilidades que aproveitamos ou deixamos passar... “Ah, SE eu tivesse feito isso... Ah, SE eu tivesse feito aquilo...”. É muito fácil dentro de mim pensar e dizer que nunca deveríamos passar vontades ou deixar de encarar um desafio. Porém, fazer tudo isso acontecer é muito mais que um simples SE... É o SE das conseqüências e das exigências.
Não há dúvida que complicamos tudo e que depois que deixamos de usufruir medimos a perda. A coragem no ato de uma decisão é a grande incentivadora das mudanças. Somos tão corajosos com algumas atitudes e tão covardes para outras. Ficamos sem respostas e deixamos a vida passar com pontos de interrogação.  Queremos o certo, mas nem sempre o certo é o melhor. Acreditamos no destino, ele existe mesmo, mas não pode fazer tudo sozinho...
Esse é o nosso dilema, que não é novo e nem velho... É sempre atual, sempre nos acompanha por aí: Deixar o SE para trás!!! Enquanto eu penso nessas transformações, queria que muitas coisas mudassem em mim: Queria me conter menos, abstrair mais, resmungar menos, dançar mais, estressar menos, criar mais, examinar menos, aventurar-me mais, falar menos, ouvir mais, encanar menos, acreditar mais, planejar menos, realizar mais... Eu queria desligar-me das perguntas e construir as minhas próprias respostas.
A cada novo dia podemos saborear o gostinho da realização ou do SE... Podemos aprender um novo caminho, uma nova forma de agir... De sermos mais simples e mais sábios, mas com menos cobranças... De não querer somente certezas, mas o mistério das surpresas.
Eu estou nesse rumo... Querendo descobrir essa estrada com menos pedras, com mais flores, com mais ar... De transformar as sensações em atitudes; de colocar o bem estar sempre em primeiro lugar. Todos nós, de certa forma estamos... Todos nós temos a chance de mudar o nosso epitáfio!
Bjus!!!´Boa semana!




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Partidas e Chegadas

Eu gosto do agito... Gosto da “muvuca” da casa cheia, do atropelamento de conversas e da festa de se estar rodeado de pessoas que nos fazem bem... De jogar conversa fora até altas horas, das lembranças dos tempos antigos, de rir á toa falando bobagens...

Eu gosto de ouvir a minha filha preenchendo toda a casa. Da grande capacidade de apenas uma pessoa parecer várias. Das cantorias, das risadas altas e das brincadeiras de boneca. Eu gosto da mesa do café da manhã apertada, de acampamento pela sala, de almoço feito por várias mãos. Casa cheia, fila para o banho, idéias contrárias, vida comunitária.
Porém, a solidão do silêncio é necessária. Não ouvir nem a própria voz. Nem o barulho dos carros, de nada. Uma música quem sabe, um filme, um livro. Viver na solidão é muito triste, mas ter momentos de silêncio é importante. Aquele breve e silencioso momento de se encontrar, conhecer e decidir coisas que são necessárias. Ou simplesmente fechar os olhos e bloquear os pensamentos. Entregar-se ao descanso e ao descaso de tudo.
Já faz quase 30 dias que estou no agito... Vivendo o entra e sai; o bate e volta; o dorme aqui e acolá... As visitas, os abraços, tudo aquilo que me faz muita falta durante o ano. Mas já está quase na hora de voltar para o silêncio. Para o meu momento de introspecção. As férias estão acabando e eu preciso partir! Viver mais uma vez a saudade, o aperto e todos aqueles sentimentos misturados que mesmo acostumada me derrubam...
Por outro lado, vai ser bom descansar do descanso. Na verdade, quem disse que as férias não cansam? Até as próximas férias ou a próxima visitinha aos pampas vou ter tempo de recuperar o fôlego... E recomeçar a dieta, a academia e todos os projetos para 2012. Á partir do dia 01 de fevereiro o ano vai começar para mim... Vamos nessa!!!!




terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Retomando...

Eu sei que já estou muitos dias sem postar nada por aqui, mas nada melhor que férias para esquecermos da rotina e tudo que vem junto com ela. Não que escrever seja um tormento, pelo contrário, é sempre um prazer e uma terapia, se assim posso dizer, mas até meus escritos precisam de pausa.

Eu ainda estou de férias, mas hoje bateu aquela vontade incontrolável de preencher algumas linhas com tudo que se passa aqui dentro de mim... Passei alguns dias na praia e confesso que esse ano, muito além de descanso, as férias serviram quase como um retiro espiritual. Ter alguém doente na família e viver isso 24h do dia só ressalva em mim o quanto a vida sem saúde não serve para nada. O quanto perdemos tempo reclamando de tudo e assim deixamos de aproveitar os momentos.

Ver de perto a luta de alguém para sobreviver é mais que uma consulta psicológica, são doses diárias e gigantescas de como é importante valorizar o que se tem; aproveitar o simples; ser mais do que ter; não ter vergonha de dizer o quanto se gosta; ir em busca dos sonhos, mas com a certeza de que o hoje já é uma conquista.

Foram férias diferentes sim, porém deu para dormir todas as tardes depois do almoço, comer sorvete sem remorço, rever a família e os amigos. Ainda estou por aqui, em Porto Alegre matando a saudade de tudo e de todos. A agenda está cheia e os dias mais uma vez serão poucos para tudo que eu gostaria de fazer. Ao mesmo tempo que sinto uma pitada de tristeza devido a todos os problemas que eu gostaria de poder solucionar apenas com a força do meu pensamento, mesmo assim, ainda sim, prefiro acreditar que a força do meu sorriso pode não curar, mas ameniza as minhas dores e a de quem eu gostaria de ajudar.

O ano está recém começando. Alguns percalços viram o ano conosco, mas ainda temos muito tempo para superar. A minha meta principal continua lutar para estar mais perto de quem eu amo, deixar de ser visita. Por enquanto, meu único desejo é que meu coração se acalme e eu ganhe fôlego para aguentar o quanto for necessário. Depois do descanso, continuamos a luta!!!

Bjus!!! Te espero aqui comigo de volta!!!