Páginas

quinta-feira, 31 de março de 2011

PORTO ALEGRANDO-SE

Na semana passada, no sábado dia 26 de março foi aniversário de Porto Alegre... Uma cidade com mais de duzentos anos de história. A única e inigualável capital dos gaúchos. O que dizer dessa cidade que se transformou em metrópole, mas que ainda mantém características provincianas?

Com todo o crescimento ganhamos também alguns problemas como o lixo nas ruas, trânsito caótico, miséria embaixo de viadutos e nas sinaleiras. Ainda enxergamos o reflexo do desenvolvimento e de uma cidade que procura mais espaço para crescer. Que procura uma brecha... Um pampa ainda não habitado. Porém, essa metrópole turbulenta ainda guarda seu charme, encanto e poesia. Porque para quem já viveu longe dela é mais fácil entender a falta que ela faz no dia-a-dia.

É impossível falar de Porto Alegre é não mencionar o pôr-do-sol do Guaíba; a fumaça de churrasco nos domingos; o passeio no brique da Redenção; o chimarrão nas praças lotadas; o clássico GRE-NAL... O cheiro único de uma cidade que brilha céu azul.

Na multidão que se bate no centro da capital ainda se encontra uma Praça da Matriz que mesmo escondida por transeuntes continua imponente guardando o nosso belíssimo Teatro São Pedro; a Catedral; o Palácio Piratini; o Tribunal da Justiça e o Parlamento... Tem o mercado com suas tradicionais bancas e uma não tanto visitada biblioteca pública. A Casa de Cultura Mário Quintana e a anual feira do livro;

Porto Alegre, a nossa "Poa" nos últimos anos transborda cultura de todos os tipos. É parada certa para a música e para o teatro. Mas não se esquece das suas origens, do regionalismo, do seu gaúcho de tradição. Ainda somos bairristas e falantes. Às vezes confundem a nossa expansividade com grossura e a nossa gíria com falta de educação.

Sim... Falamos cantado, temos um dicionário próprio e um tremendo orgulho do que é nosso. Até exageramos vez ou outra... Mas somos assim... Defendemos nossa cultura, nosso povo... A nossa cidade.

Não sei bem ao certo qual é a magia que “Poa” tem... O que ela guarda e desperta em quem vive ou a visita. Não sei ainda dizer por que esse Porto dos casais é assim... Diferente! É exatamente como Fogaça disse um dia na sua música, mais conhecida, pelo menos entre os gaúchos: Porto alegre é demais!

# Este texto foi publicado dia 30/03/2011 na minha Coluna COTIDIANO no portal http://www.dentrodobairro.com.br/.
 
Bjus!!!!

terça-feira, 29 de março de 2011

Despedidas

Dizer adeus para algo, alguém ou lugar é sempre difícil. A gente sempre acha que está preparado, que vai tirar a situação de letra, mas quando chega a hora... Tudo desmorona.


Há despedidas mais tristes... Dolorosas e difíceis como a perda de alguém querido. Porque é o adeus para sempre. É a falta diária que a pessoa fará na nossa vida. É a impossibilidade de falar uma última palavra, revelar um segredo... Simplesmente dizer que ama. É aquela saudade que só o tempo é capaz de amenizar.

Há o adeus daquele lugar que você nasceu. Da sua casa, seu bairro, seus amigos... Sua referência. Ou então, mais complicado como o adeus a sua cidade ou seu estado. Geralmente em busca de crescimento profissional e até mesmo pessoal você sai da comodidade dos seus dias em busca de algo novo. Mas, lá no fundo sempre fica a saudade da sua terra, da sua origem, de tudo que você viveu e aprendeu lá. São dois lados de uma grande escolha: Você sai e ganha experiência, vivência, novos amigos e novas culturas, mas perde um pouco da convivência com a família e dos velhos amigos.

Há despedidas mais amenas... Como a minha no momento... Depois de dois meses de convivência com a mãe e o pai aqui em Joinville... Eles precisam voltar para a casa deles. Foi ótimo tê-los aqui renovando as minhas baterias, mas preciso deixá-los ir e seguir também a minha vida. Mas já estou com saudades!

Seria melhor se não precisássemos nos despedir. Mas é assim que a vida se apresenta. Entram e saem da nossa vida pessoas de todos os gêneros: Boas, más, amigas, infiéis, leais, gentis, grosseiras, passageiras e eternas. Umas ficam dentro de nós para sempre, outras excluímos dos nossos pensamentos. Dizer adeus a essas é fácil... De alguma forma sabemos que não influenciarão no nosso futuro... Mas dizer Adeus a quem se ama dói demais.

Eu hoje só vou dizer até breve... Ficar com o coração apertado, é claro, mas seguir adiante feliz por poder tê-los aqui por muitos dias. Quem sabe, daqui um tempo, a gente deixe as despedidas de lado e volte a compartilhar não pequenos períodos, mas grandes momentos!

Bjus!!!

sábado, 26 de março de 2011

Dez Mandamentos

Recebi essa mensagem de uma amiga e ela traduz um pouco essa fase de paciência, sonhos e planos... Não acredito em receita de felicidade, visto que ela é um caminho diário... Mas, não custa nada mentalizar tudo que pode ajudar-nos a estreitar esse caminho:

10 Mandamentos para ser Feliz:


1- Curta mais a sua companhia;

2- Tenha alto astral;

3- Viva com paixão;

4- Malhe com prazer e cuide do seu corpo e da sua saúde;

5- Invista em você todos os dias;
6- Celebre as vitórias;

7- Tenha uma vida espiritual;

8- Crie tempo para as pessoas importantes na sua vida;

9- Tenha amigos vencedores;

10- Diga adeus para quem não lhe merece.

Eu sei que todas essas frases e desejos que recebemos todos os dias na nossa caixa de entrada do e-mail parece mais uma utopia, mas, na verdade, são sempre dicas de tudo que já sabemos, mas que, de certa forma, não realizamos. O cotidiano é duro e parar para olhar para si mesmo é complicado, mas a felicidade é primeiro interna. Depende de como enxergamos tudo e todos a nossa volta.

Viver em harmonia é fundamental, mas permitir-se também sofrer os percalços da vida de vez em quando é necessário. Ninguém é cem por cento feliz todo o tempo. Negar um momento de tristeza é se distanciar da solução. O que não vale é não sair da escuridão. Todos os dias temos a chance de recomeçar!

Até breve!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Boas Notícias

Nessas últimas semanas eu falava de quanto é frustrante quando fazemos muitos planos e eles não se realizam. Todas essas desilusões que são de algum modo, normais na nossa vida, porque nos ensinam a planejar menos e viver mais.

E quando nos dizem que depois da tempestade vem a calmaria... Estão dizendo a verdade. Depois de todas as turbulências, quando a raiva, a frustração ou a mágoa passam, vem aquela sensação de que a vida continua e de que tudo pode dar certo em outro momento.

E assim aconteceu comigo. Ainda não realizei os meus planos, mas recebi notícias boas que me alegraram e me fizeram respirar mais um pouco. Uma sobrevida àquele inferno astral... Uma tentativa do paraíso de se instalar dentro de mim.

E as chuvas? Lembram que falei que nem elas estavam me dando trégua? Pois bem... O sol também chegou para iluminar os meus dias... Transformá-los em pequenos momentos únicos e especiais.

E assim, mais uma vez o tempo me mostra que preciso de paciência... De viver o meu dia, sem muitos planejamentos futuros. De esperar coisas boas sim... De sonhar... Mas não de construir um momento em cima dessas suposições. Porque os planos são pequenos sonhos a ser alcançados... Mas sem garantias... Sem certezas. Por isso que ao sonharmos precisamos ter consciência de que tudo pode acontecer do jeitinho que idealizamos... Ou, pode ser que tenham algumas mudanças e tropeços. Precisamos entender o tempo e a razão para que as coisas certas aconteçam na nossa vida.

É claro que você não vai ficar aí sentado esperando que o destino e que a energia do mundo o levem para algum lugar. Construa todos os dias um pedaçinho do seu sonho... Um tijolo a mais na realização das suas metas. Uma hora essa energia vai conspirar a seu favor e tudo pode, de repente, andar mais rápido. Mas enquanto não acontece... Não fique parado... Não deixe de aproveitar o que de mais sagrado tem: A VIDA! Seja feliz HOJE!!!!!

Bjus... Bom Findi!

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Futuro é Hoje!

Hoje eu gostaria de falar sobre o Brasil. Depois de estarmos tão em evidência com a visita do presidente dos EUA Barack Obama vou me apossar de um trecho do seu discurso feito domingo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro:

“O Brasil foi durante muito tempo um país cheio de potencial, mas atrasado pela política, tanto aqui quanto no exterior. Durante muito tempo o Brasil foi o “país do futuro” e disseram para que ele esperasse pelos dias melhores que viriam em breve. - Meus amigos, este dia finalmente chegou. Este não é mais o “país do futuro”, as pessoas do Brasil devem saber que o futuro já chegou e está aqui agora. É hora de tomar posse dele.”

Ainda me recordo quando era pequena da figura de Tancredo Neves num palanque em Brasília. Da cara emburrada do Sarney e da difícil época na qual convivíamos com uma terrível inflação. Lembro-me de ir ao supermercado e encher muitos carrinhos estocando comida porque sabíamos que no próximo mês seríamos surpreendidos com preços ainda mais altos.

Lembro como se fosse hoje da televisão noticiando a passeata dos “caras pintadas”... De um povo todo contra um único Collor. Foi lindo! Porém, antes disso foi horrível ver a minha família e tantas outras perder seu dinheiro da poupança por causa de uma tal ministra Zélia Cardoso. Foram anos difíceis... E isso que nem vivi na ditadura, na repressão e total falta de liberdade que um dia nosso país já viveu. Ainda lembro-me do Itamar, do Fernando Henrique e de uma moeda transformada em Real.

Domingo ao olhar para a figura de Obama tão carismática e segura, não pude deixar de pensar em tudo que o Brasil já se transformou. Desde pequena ouço falar no futuro, em sermos uma potência e acho que Obama tem razão quando diz que esse futuro já chegou.

Ainda convivemos com muitos problemas sociais... Com gente passando fome... Com crianças sem escola... Com impunidades e corrupção. Mas ao pensar também em países como a Líbia que hoje está em total conflito em busca de democracia, alivia-me o fato de já termos superado essa batalha. Ainda precisamos ser conscientes; ainda precisamos estar em cima de nossos representantes e lutar por um país mais justo e igual.

Porém, tá na hora de colocar em prática todas as lições aprendidas com a democracia... Todo o potencial e desenvolvimento que adquirimos e não deixarmos para o futuro. O futuro é agora. Hoje podemos ser exemplo... Tomara que a presença da primeira mulher no poder aqui no Brasil faça a diferença. Tomara que a sensibilidade feminina a impulsione a realizar o melhor e o certo para o país. Tomara!

# Este texto foi publicado dia 23/03/2011 no portal http://www.dentrodobairro.com.br/

Bjus!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ao Som do Violino

Quando eu tinha uns dezoito anos lembro que já trabalhava e juntei cada centavo para comprar meu primeiro computador. Hoje as crianças já nascem grudadas num mouse e em um smartfone, mas na minha adolescência tudo estava iniciando.

Fui com o meu irmão então numa loja e escolhemos a máquina. Paguei á vista toda orgulhosa e passava horas depois que chegava em casa do trabalho à noite fuçando em tudo. Naquela época não usávamos o MSN, nem Orkut, facebook e todas as redes sociais que hoje conhecemos. Usávamos uma ferramenta chamada ICQ. Meu Deus... Era bem parecido com o MSN... Uma janelinha que abria e fechava á medida que você conversava com alguém.

Não tinha costume de falar com ninguém... Até que um dia fui seduzida por um som. Comecei a bater papo com um rapaz da minha idade que tocava violino. Ele era muito simpático, engraçado e nos tornamos amigos virtuais. Tudo muito normal até o dia em que ele pediu o meu endereço e o número do meu telefone. E eu dei... (Por favor, não façam isso em casa... É muito arriscado... A gente não sabe quem está do outro lado do monitor).

Os meus pais estavam viajando de férias e, ao voltar do trabalho abro a caixa de correio e encontro uma carta dele toda perfumada, que segundo ele era o perfume que usava. Lembrando de tudo isso, dou muitas risadas, mas também fico me perguntando o risco que eu corri. Não me lembro muito do conteúdo da carta, mas algo como ele me dizendo que tinha gostado muito de me conhecer e que tinha encontrado uma amiga.

Achei tudo muito fofo... Nessa idade a gente não mede o perigo. Continuávamos conversando numa boa até o dia em que na secretária eletrônica eu ouço o som do violino junto com uma declaração de amor. Aí sim tomei um susto. Até porque todos em casa já haviam escutado o recado antes de mim.

Marcamos então de nos encontrarmos no shopping para ir ao cinema. Olha só a loucura da pessoa. Eu fui... Já tinha visto uma foto dele e sabia a roupa que ele estaria usando. Cheguei cedo e fiquei esperando escondida. Caso não aprovasse de longe dava tempo de fugir...

O reconheci subindo a escada rolante e confesso que não tocou nada dentro de mim. Junto com a frustração me bateu uma pena de fugir e deixá-lo lá esperando. Fui ao seu encontro, vimos o filme e acabei ali mesmo algo que nem devia ter se estendido. Porque loucuras a parte... Ele sempre me pareceu um bom amigo, mas eu sabia que nunca passaria disso... Em muitas coisas não combinávamos. Mas eu paguei pra ver... E perdi o amigo... Não nos falamos mais pelo computador.

O Marcelo, meu marido hoje, era meu amigo na época e sabia dessas histórias e me chamava de louca. Ele tinha razão. Eu é que não havia percebido ainda que a verdadeira história começaria tempos depois com ele... Não ao som de violinos, mas de muitos sinos tocando dentro de mim!

Bjus!!!!

terça-feira, 22 de março de 2011

De Vez em Quando Ainda Somos o Sexo Frágil!

Não é de hoje que falamos no avanço da mulher, suas conquistas e revoluções. É inevitável pensar em como éramos no passado e em como nos transformamos em seres mais fortes; livres e independentes. Com certeza ganhamos nosso espaço e a possibilidade de fazermos as nossas escolhas.

Porém, após nos transformarmos em fortalezas criamos em nós mesmas um padrão difícil de entender. Hoje, escolher ser a dona de casa e a mãe presente e participativa se tornou ultrapassado. Sim, podemos fazer tudo... Podemos construir carreira e família e sermos vitoriosas. Mas por que escolher uma das coisas é questionável? Se você escolher não ter filhos e dedicar-se somente a sua profissão é considerada insensível. Se optar por sua família é considerada antiquada.

É justo dizer que todas essas discussões são levadas a sério pela sociedade, mas que para nós mulheres tornou-se uma “faca de dois gumes”. Porque é justo dizer também que somos nós mesmas que polemizamos o assunto antes de todos. Somos nós mulheres que nos cobramos demais e supervalorizamos algo que poderia ser bem simples. A nossa cobrança ultrapassa limites e ao invés de simplesmente vivermos o que nos torna felizes insistimos em questionar as nossas escolhas.

São muitos os pensamentos: Eu tenho um grande emprego. Como vou engravidar e conciliar os horários, as viagens? Como vou ver meu filho crescer e ser ativo na vida dele? Ou então: Eu parei de trabalhar quando meu filho nasceu e não tive coragem de voltar, mas quero fazer algo por mim.

Eu confesso que muitos desses questionamentos também passam pela minha cabeça e de como ser mulher ainda continua difícil. Por mais que exibimos as nossas conquistas, lá dentro, bem lá dentro da nossa alma continuamos a flor da pele, sensíveis e dependentes... Não de homens... Mas das nossas próprias convicções.

Bjus...

domingo, 20 de março de 2011

POEMA: Quase Todas

"Algumas vezes fugi de mim mesma... Dos meus ideais, amores e tal...
 Algumas vezes me encontrei em quem menos pensei amar...
 Caí nos braços do inimigo, me transformei em mulher...

Lamentei-me por não ter arriscado mais...
Chorei por não ter dito mais, me entregado mais...
Criei asas, voei alto, fui pra longe...
Encontrei um significado forte para recomeçar... Um Sonho para viver...

Fui bandida, fui à heroína... Fui quase todas... Ainda faltam algumas...
Sou comedida demais, adulta demais... Sensível demais...Deixei pessoas para trás, amigos para trás, prazeres inacabados...

Olho-me no espelho e enxergo no meu rosto as expressões de tristeza que as lágrimas deixaram e as de alegria que o sorriso marcou.
Cresci pensando que tinha mudado o que eu era...Que tinha me rebelado, explodido, aparecido!
Mudei, mas não me transformei em outra. Continuo sendo a mesma que conheci anos atrás...

Hoje sou mais atrevida, mas não consigo perder o ar de boazinha...
Descobri que o tridente do diabo não combina comigo... Nem a aureola de anjo...
Ainda to tentando descobrir onde me encaixo...

Algumas vezes me encho de perguntas...
Algumas vezes me embebedo de respostas...
Tenho o maldito defeito de pensar antes de agir... De ser antes de ter... De ver antes para crer...
Um dia ainda vou levar uma rasteira da vida e descobrir que tudo que não comprovei me impediu de viver intensamente.”

sábado, 19 de março de 2011

Um Pouco de Fé!

Desde pequenos somos orientados a acreditar em algo ou em alguém. Primeiro nos apresentam o Coelho da páscoa e logo em seguida o papai Noel. E não pára por aí... Nossa vida é invadida por super heróis de todos os gêneros... Batman, Super-Homem, Mulher Maravilha e todos os outros super incríveis defensores do mal dessa nova geração. E, por mais que de algum modo sabemos que é só uma brincadeira, acreditamos no impacto da magia que eles nos proporcionam.

À medida que crescemos vamos percebendo que tudo nada mais era que uma fantasia... Uma linda fantasia infantil. Da mesma forma apresentam-nos a Deus, a religiosidade, a algo que não enxergamos e que não entendemos direito, mas que tem grande poder de acalentar-nos.

Aos poucos descobrimos a fé... O poder transformador das nossas crenças, credos e religiões. Aos poucos vamos descobrindo o nosso próprio poder, a nossa grande força interior. A verdadeira fé de acreditarmos em nós mesmos.

E não há dádiva maior do que se enxergar, se valorizar e seguir em frente. Porque na fé, no verdadeiro espírito de luz não precisamos ver para acreditar. O mais importante é acreditar que a fé está lá. Seja acreditando em Deus e nas suas orações, ou simplesmente acreditando na energia dos seus pensamentos, do seu otimismo e das suas boas ações.

A Fé enobrece o homem... Une as pessoas e abre novos caminhos. A fé dissemina o bem. Mas não é fácil mantê-la sempre viva e radiante. Todos os dias, com todas as rasteiras a que sobrevivemos vamos perdendo um pouco dela, do seu brilho, do seu encanto. Mesmo de farol baixo a fé continua lá... Desde quando um poderoso homem de capa vermelha resolvia todos os problemas causados pelos vilões da história, até hoje quando os vilões somos nós mesmos.

Precisamos dessa força interior, de acreditar em algo que nos impulsione a sermos melhores. Não há para isso religião certa ou errada... Há apenas fé. Há apenas a crença que transcende os pensamentos e nos liberta para o lugar mais sagrado: A nossa alma. É lá que estão as respostas... As respostas dessa nossa incansável busca para tentar entender os avisos da natureza, as barbaridades do mundo e todos os mistérios que habitam dentro de nós.

# Este texto foi publicado dia 16/03/2011 na minha coluna COTIDIANO no portal http://www.dentrodobairro.com.br/.

Até!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Pura Mágica!

Eu sempre incentivei as artes para a Mari. Desde seu primeiro ano de vida ela curte demais o cinema, o teatro, a música e todas as apresentações do gênero. Essa semana então, pensando nela e em mim também a levei num show de mágica oferecido por um shopping aqui da cidade. O show de um mágico cubado chamado Rafael Gomes.

Não consegui registrar a carinha da Mari quando ele entrou imponente no palco com sua estonteante cartola vermelha. Eu só vi as mãozinhas dela em frente ao rosto com a boca aberta dizendo: - Meu Deus! Já de início ele mostrou os truques mais tradicionais de dentro da cartola. Lenços coloridos que se transformavam em pombas brancas. E no final do número as quatro lindas pombas viraram um simpático cachorro “lingüiça”.

As crianças amontoaram-se na frente do palco para não perder nenhum detalhe, mas a reação dos adultos era inacreditável. Eram aplausos e gritos, como se ali voltassem a serem crianças... Deliciando-se com a possibilidade de se entregar a magia.

Como em qualquer show de mágica há a participação de alguém da platéia. Mas não foi fácil conseguir alguém disposto a emprestar uma nota de R$ 50,00. Um corajoso homem então tirou a nota da carteira e dobrada várias vezes o mágico a fez desaparecer da mão do seu convidado. Ele agradeceu a participação e todos caíram na risada, pois nada de dinheiro ele vez aparecer de volta.

Foi então que dentro de uma laranja perfeita escorrendo suco aparece um lindo ovo de galinha branco. E dentro dele, misturado com a clara e a gema uma pequena noz. O homem da nota de R$ 50,00 foi convidado a voltar ao palco e com um quebra nozes estraçalha a coitada. Pronto! Lá está o dinheiro, com o mesmo número de série... Inacreditável.

Porque a gente sabe que é truque... Mágica... Mas como que diante dos nossos olhos atentos somos passados para trás¿ Uma vez o famoso “Mister M” revelava aos sete ventos todos os truques imagináveis dos mágicos. Até que era curioso saber de tudo, mas, no final tudo perdia seu encanto.

Assim como as crianças ainda prefiro acreditar na magia. Do poder que uma simples noite pode transformar a nossa alma. No final do show quando a sua assistente toda amarrada aparece vestida com seu terno preto eu simplesmente aplaudi e reverenciei essa arte um pouco esquecida por nós, mas que encanta e transforma tudo em espetáculo! Talvez, se desde cedo incentivarmos nas nossas crianças essas artes elas possam crescer com mais alegria, sensibilidade, criatividade e sorrisos... Pense nisso!

Bjus... Bom final de semana!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Esposa de Mentirinha


Os filmes, em especial os vistos no cinema sempre foram para mim uma válvula de escape. Uma forma de tirar o pensamento de momentos turbulentos e me prender em outro acontecimento. A minha maneira de buscar o silêncio, de esquecer tudo que se passa lá fora e, por algumas horas rir ou chorar com boas histórias.

Então lá vai mais uma dica de cinema de um filme que vi essa semana. A comédia romântica Esposa de mentirinha com o muito engraçado Adam Sandler, a eterna “Rachel” de Friends, Jennifer Aniston e uma participação especial de Nicole Kidman. Vá ao cinema preparado para morrer de rir. Sim, é muito engraçado... Cheio de pitadinhas de humor, deboches e verdades.

O personagem de Adam é um cirurgião Plástico que se encanta por uma jovem professora e que na tentativa de explicar uma aliança achada por ela dentro do seu bolso ele inventa que está se divorciando e coloca na história sua assistente interpretada por Jennifer Aniston como sua futura ex- mulher. É claro que no final, como em todos os romances ele descobre quem é seu verdadeiro amor. Porém, para chegar ao final apoteótico esperado, o filme proporciona muitas gargalhadas. Vale à pena conferir!

Até... Bjus!

terça-feira, 15 de março de 2011

SELVA

É impossível lembrar-se da cena de um veículo em alta velocidade passar literalmente por cima de ciclistas na rua e não se abater. Esse episódio que abalou o país no domingo á noite é um trágico perfil de uma sociedade desigual que vai se formando em meio aos civilizados.

Parece que entre todos os cidadãos de bem, de bom censo e de caráter, seres mutantes vão se transformando em destruidores de esperança e de vida. Estamos dividindo espaço com a loucura que toma conta de algumas cabeças; da frieza de quem não controla o corpo e a mente.

A solta está aí convivendo conosco homens de boa aparência, funcionários públicos e de todas as profissões imagináveis que nunca pensamos serem perigosos. Ficamos frágeis diante tanto desespero por bens materiais, carências e falta de valores. A cidade transforma-se em selva... Nós somos as presas... Não há gaiolas, não há segurança.

É claro que não podemos generalizar e achar que tudo ficou perdido com tantas atrocidades. Com essa fúria desesperada de homens que agem em desatino... Cruéis... Maldosos. Não podemos achar que todos são maus... Ainda acredito no poder das pessoas de se transformarem com as dificuldades.

Não sei explicar o que passa na cabeça de alguém capaz de tanta barbaridade. Não sei se podemos apenas apelar para a loucura e pela falta de discernimentos. Não há respostas definitivas para a violência... Já sabemos que diversos fatores podem modificar a índole de um cidadão. Precisamos, de repente, desacelerar os nossos dias... Olhar mais nos olhos das pessoas; construir vínculos e disseminar bons valores.

Todos nós, assim que nascemos precisamos do afeto da família, de educação adequada, de estrutura para crescer e seguir em frente. Precisamos de pais que nos dêem limites... Precisamos de carinho, de apoio, de diálogo. Precisamos crescer sabendo que temos base e origem. Ainda podemos ser uma sociedade igual... Ainda podemos viver sem medos e pavores. Precisamos encontrar a nossa própria paz para podermos dividir a vida com todos os outros que nos cercam.

# Este texto foi publicado dia 04 de março na minha coluna COTIDIANO no portal http://www.dentrodobairro.com.br/.

BJus!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Continuando os Parabéns!!!

Eu confesso... Esqueci completamente o aniver da minha prima querida Paula. Ainda bem que foi só um dia, ainda está em tempo de dar os parabéns!!!!

Paula... Tu sabes que és para mim muito mais que prima... É uma irmã. Nós tivemos o privilégio de crescer juntas, compartilhar momentos e tornarmo-nos mulheres feitas e bem resolvidas. Sei que assim como eu a idade te preocupas um pouco, mas o que posso dizer-te: É a prova de que estamos vivendo e sendo recompensadas por isso.

A idade nada mais é que o reflexo das nossas ações, nossos amores, dúvidas, anseios e vitórias que galgamos desde que nascemos. Tenho certeza que quanto mais madura te tornas, mais acariciada com bênçãos será. Então... Felicidades mil nessa ainda jovem primavera... Sinta o meu beijo e o meu abraço... Estarei sempre torcendo pelo teu sucesso e pela tua felicidade!

Bjus, bjus... Saudades!!!

Esperança!

O final da semana passada foi meio tenso pra mim... Muitos planos que não deram certo... Mas esse é o risco de fazer planos... Eles podem dar certos ou não. A gente fica um pouco frustrado no início, mas a vida tem que continuar... Se não deu certo dessa vez era porque não era para ser mesmo.

Ontem, já de madrugada pensando em todas essas coisas que aconteceram e que me magoaram de alguma forma ouvi minha filha me chamando dormindo no seu quarto. Ela estava com a respiração difícil, pegou um resfriado, então bem fanha sussurrava “mamãe”. Vê-la ali tão inocente e indefesa, naquele sono tão angelical me fez perceber algo que eu já sabia, mas que, por alguns instantes ficou esquecido.

Eu sou abençoada, privilegiada pela vida que escolhi e de todos os presentes que ela me deu. E a Mari foi o melhor e o mais importante desses presentes. Ela é o meu suspiro, a força absurda que eu trago dentro de mim para respirar fundo e recomeçar todos os dias. É por ela que vale a pena fazer planos, mesmo que no momento não dêem certo. Olhar nos seus olhos é a certeza de que uma hora tudo vai mudar e sair do jeito que eu imaginei.

A gente precisa mesmo, eu acho, passar por algumas turbulências para encontrar a paz momentos depois. Para valorizar tudo que se tem; para agradecer tudo que já conquistou. Não é errado nem feio querer ser melhor, ter uma vida mais confortável e todos aqueles desejos de todo mundo, mas tudo tem seu tempo e a sua hora.

É claro que não custa nada dar uma forçinha para o sonho. Abrir portas; fechar outras e se direcionar. Estar consciente do que se quer alcançar e de tudo que vem junto com as mudanças. Eu já tracei a minha meta... Vou começar a planejar menos... Deixar um pouco a vida resolver o que é melhor. Um dia de cada vez... Um passo depois do outro... Uma hora eu chego ao meu destino... Você também!

Bjus... Ótima semana!

sábado, 12 de março de 2011

Inferno Astral

Eu não analisei o meu mapa astral agora no início do ano, mas certamente devo estar no meu inferno astral. Na verdade, segundo a astrologia todo mundo passa por esse período que compreende trinta dias antes da data do seu aniversário. Para o meu, no caso, falta quarenta e poucos dias, mas acho que resolveram antecipar o meu período de turbulências.

Segundo o astrólogo Eduardo Maia o inferno astral é um período que precisamos deixar de olhar para nosso próprio umbigo. Então quer dizer que estou sendo egoísta? É o que parece! Ao invés da preocupação e de inventar novos problemas eu deveria estar vendo a vida com olhos de reflexão e ajuda ao próximo. Tudo bem... Essas coisas são importantes, mas e eu?

Tenho plena consciência que os meus problemas não são os maiores do mundo, mas infelizmente são eles que me afligem. Posso até deixar de super valorizá-los no momento, porém volta e meia eu acabo angustiada pensando neles.

Ultimamente não há positivismo que me salve das “zicas” e das notícias não esperadas. Quando eu começo achar que tudo vai voltar para os trilhos e deslanchar... Pronto... Balde de água fria na cabeça. E aí, mais uma vez eu respiro, conto até mil e começo tudo de novo. Porque uma hora tem que dar certo... Uma hora eu preciso entrar de vez no meu paraíso astral e ficar por lá muito tempo.

Realmente depois de tantas tragédias que acompanhamos pela televisão que estão devastando o mundo é inaceitável entrar em crise existencial e se afogar em mágoas e tristezas. To fazendo uma força enorme para essa fase passar... Preciso me concentrar no tempo, num dia após o outro e recuperar a minha força de vontade. Eu sei que consigo... Por enquanto, na espera do estímulo, vou pedir uma ajuda para o chocolate, para o sorriso da filhota, para o companheirismo do maridão e da família... Para todas aquelas coisas que me dão prazer e que me incentivam a seguir em frente!

Joinville também podia me dar uma trégua... Mais uma vez não pára de chover, desde antes do carnaval. Não há bom humor que resista a tanta água. Enquanto a luz do sol não entrar pela minha janela o paraíso vai demorar a se estabelecer por aqui.

Bjus... Bom final de semana!

sexta-feira, 11 de março de 2011

O RITUAL


Fui ao cinema conferir o filme O RITUAL com o premiado Anthony Hopkins, o novato Colin O`Donoghue e a brasileira Alice Braga. É um suspense baseado em fatos reais sobre um jovem seminarista que vai até Roma na Itália fazer um curso sobre exorcismo e entender melhor a sua própria fé.

O filme é um pouco tenso, arranca alguns sustos e apresenta uma atuação impecável de Hopkins, que faz o papel de um padre ortodoxo especialista em exorcismos e que ajuda o jovem a entender os mistérios da fé. O conflito do protagonista da história está entre acreditar no Diabo e se o próprio Deus também existe. Essa luta interna entre fé e ceticismo o faz responder suas perguntas internas e descobrir sua vocação.

É um bom trailer para quem gosta do gênero e uma boa oportunidade para ver o filme coladinho com alguém especial no cinema. Mais do que isso nos faz repensar a nossa própria fé, as nossas crenças, os mitos e verdades que estão por aí cercando a nossa vida!

quarta-feira, 9 de março de 2011

POEMA: Saudade Silenciosa

“Falei pra saudade me deixar um pouco quieta...
 Bater a porta e voltar depois de um tempo.
 Ela insiste em ser visita constante, convidada espacial, homenageada do dia.
 Ela aparece geralmente sem aviso, sem anúncio, sem deixar a gente se preparar. Entra no corpo depressa, acelera os batimentos... Faz-me suspirar.
 Eu digo pra ela que preciso viver o presente.
 Ela não entende, freia o tempo, joga com a minha paciência.
 Acordo como se tivesse contando as horas, todos os segundos do dia.
 Eu falo novamente que preciso viver intensamente a minha realidade, as minhas escolhas.
 Porém, cada vez mais ela aperta a minha alma, faz os meus olhos cansados se entregarem as lágrimas.
 Ela agora já é minha sombra, minha amiga inseparável.
 Ela corre nas minhas veias, toma conta do meu corpo, do meu pensamento... Do meu coração.
 Não sei lidar com a saudade... Ela me engana... Faz ora eu achar que sou forte, ora eu me desatinar de fragilidade.
 Desisti... Vem então saudade descontrolada. Eu me rendo aos seus poderes... Não tenho mais forças para lutar.
Só te peço mais uma coisa: Vem com calma... Não me deixa em pedaços, preciso de mim mais um  pouco... Quem sabe assim... Devagar... Eu consiga te passar uma rasteira e recuperar o fôlego...
Quem sabe... Lentamente... Eu consiga sobreviver ao meu pranto...
Quem sabe assim..."

Até!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mulher - Apoteose do Samba!

Será que o dia Internacional da Mulher já coincidiu outras vezes com o feriado do Carnaval? Com certeza é inusitado, mas são duas datas que, de certa forma, combinam perfeitamente.

Na exuberância do carnaval destacam-se mulheres de todos os tipos: Brancas, negras, altas, baixas, magras, gordas, com samba no pé ou com pouco suingue. Na grande festa brasileira criamos musas, rainhas e madrinhas de bateria. Ao mesmo tempo em que enxergamos pernas deslizantes ao som de sambas originais enxergamos também mulheres escravas do corpo, superficiais e desesperadas pelo “click” dos fotógrafos; pelo close perfeito das suas curvas.

Todo esse disparate de belezas e valores cruza-se no dia de hoje, nessa união de datas e de comemorações. Um cruzamento não planejado, mas que evidencia a figura tão hipnotizante da mulher. Hoje elas são passistas, carnavalescas, cantoras de trio, porta-bandeiras, destaques de carros alegóricos... Hoje elas continuam sendo donas-de-casa, esposas, mães, professoras, executivas, vendedoras, bailarinas... Presidentes da República. Hoje elas continuam sendo vários tipos... Guerreiras, batalhadoras, admiradoras do carnaval ou não... São todas elas... São todas nós no meio dessa festa comemorando o fato de sermos mulheres.

Talvez não precisássemos de um dia especial, visto que em todos os outros continuamos brilhando. Em todos os outros que repetimos dia-a-dia a grande capacidade de realizar mil coisas ao mesmo tempo, pensar em tudo e em todos... Viver todos os dias como se fosse carnaval. Talvez hoje os homens também possam sentir-se homenageados. Serão homens e mulheres caindo na folia e homenageando a si mesmos;

Felizmente podemos comemorar o nosso dia no embalo do samba, no batuque do tamborim, na alegria das multi cores das fantasias. Parabéns então a você mulher por ser parte dessa magia... Por ser a purpurina dos dias corridos... A pluma e o paetê das dificuldades... A grande apoteose da vida! Parabéns aos homens de boa vontade que podem compartilhar tudo isso conosco!

Bjus!

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval em Família

Pra muita gente carnaval é sinônimo de confete e serpentina. Muita festa, muita fantasia, muita música e farra. Ainda mais quem consegue uma folguinha e emenda o feriadão. Esse ano, pra mim carnaval vai ser sinônimo de família.

Desde ontem já recebi a visita do meu irmão e do meu afilhado. Os meus pais ainda estão por aqui e hoje chega um tio que não vejo a pelo menos um ano e meio. Aqui em casa não vai rolar confete e serpentina, mas podem ter certeza que muita alegria... Muitas risadas e muito contentamento. Para mim que mora longe da família é sempre muito bom poder compartilhar esses momentos... Estar pelo menos uns dias perto podendo ser a filha, a irmã, a sobrinha e a dinda para todos eles.

O feriado ainda está começando... Tem muito tempo pra gente colocar os assuntos em dia e curtir tudo. Espero que você também aproveite a sua festa. Seja ela em casa, na praia, no sítio, onde quer que esteja. Não importa se você for pular as cinco noites ou simplesmente não sair da sua cama. Se você está rodeado da família, de amigos ou na sua própria companhia. O que vale é estar onde quiser ao lado de quem você escolheu.

Ao som de marchinhas, sambas enredos ou do ritmo que você gosta curta o seu carnaval da melhor maneira possível. Porque na quarta feira, ou na quinta para alguns, tudo volta ao normal. Aliás, aqui no Brasil tudo começa depois do carnaval... Então... Um bom início de ano para você... A gente se fala em breve!!!

Bjus!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Divisores de Água

Comecei a ler um livro chamado “A Menina que Roubava Livros” de Markus Zusak. É a narrativa da morte sobre uma menina na Alemanha da época de Adolf Hitler que logo depois de ver o seu irmão morrer é largada pela mãe aos cuidados de outra família. Durante quatro anos ela rouba livros e, são eles que norteiam sua vida nesse período de guerra e a mantêm viva.

Ainda estou no início da leitura, mas me encantei com uma frase do livro que diz assim: “As pessoas tem momentos definidores, especialmente quando são crianças”. Você já parou para pensar nisso? Geralmente quando somos crianças vamos construindo divisores de água. Aquele tombo bruto que lhe fez levar alguns pontos na testa, mas que não o fez mais escalar o muro do vizinho. O xixi na cama que depois de uma longa conversa com sua mãe lhe iluminou a acordar de madrugada super apertado e ir correndo ao banheiro.

Quando criança também você vai aprendendo a escolher suas amizades. A lidar com as mágoas e frustrações, com os anseios e com as conquistas. Na infância também começamos a nos transformar em gente grande. Do primeiro beijo e a sensação de ter encontrado o amor... Da primeira nota dez e a sensação de poder tudo... Da primeira nota zero e a sensação de derrota total. Dia-a-dia vamos descobrindo novas possibilidades e ruindo algumas barreiras.

Mas não é só como crianças que definimos alguns momentos. Já adultos constantemente construímos novas etapas e deixamos velhas crendices para trás. Sentimos-nos preparados para um novo emprego; pegamos-nos chorando por um amor que nos devastou, mas que nos abriu os olhos para o que realmente importa. Para a valorização pessoal, para a busca do próprio bem estar. Ao lidarmos com a morte e perdermos alguém querido impulsionamos nossa vida primeiro para um caminho dolorido, de saudade, de revoltas... Mas, depois para um caminho de entendimento, de valorização de pequenas coisas e de demonstrações de afeto.

Aprendemos também dia-a-dia e passo-a-passo que nas dificuldades podemos nos transformar em seres mais fortes; mais vividos. Porém também nas alegrias e nas conquistas definimos caminhos. Depois do nascimento de um filho, das escolhas que fazemos para dar-lhes o melhor, aprendemos que a simples felicidade do outro é também a nossa própria. Quando encontramos um amor seguro e duradouro para compartilhar momentos descobrimos que amar e ser amado é ganhar na loteria. Descobrimos na pessoa ao nosso lado a companhia ideal para enfrentar os desafios da vida.

O que precisamos entender é que junto com os nossos divisores de água anda o tempo. Ele dita muitas coisas e nos faz exercitar a paciência. Queremos a mudança, queremos a evolução, mas algumas vezes precisamos dar tempo para os próximos passos. E não há ansiedade maior que esperar por algo que você queira muito que aconteça. É aí que precisamos transformar-nos em guerreiros e viver o que nos é mostrado agora no presente. Lutar pelo futuro, mas não esquecer que o agora sempre é o mais importante.

Até a próxima... Bjus!

terça-feira, 1 de março de 2011

O Primeiro de Todos os Outros

Sabe que eu adoro os dias primeiros... Não sei se é porque faço aniversário em um deles, mas depois de todo um mês repleto de correrias, é bom saber que podemos recomeçar. Acho que também porque no início recebemos o nosso salário, mesmo que ele desapareça do banco logo no pagamento das primeiras contas.

É a chance de, mesmo psicologicamente, podermos tentar corrigir o que ficou mal resolvido ou recuperar o fôlego para continuar o que não finalizamos. A gente pode começar aquela dieta que ficou esquecida desde o dia primeiro do ano. Aquela que colocamos junto com os nossos pedidos e promessas, mas que ainda não nos encorajamos a cumpri-la. Nós podemos começar a leitura de um livro, marcar uma reunião com as amigas, jogar o cartão de crédito fora. O dia primeiro é sempre bom para rever o orçamento doméstico e segurar os gastos, nem que lá pelo dia quinze você perceba que de nada adiantou seus esforços... Sempre aparece uma conta surpresa que leva embora todas as suas pequenas economias do mês.

Você pode simplesmente encarar o dia como qualquer outro. Como mais um dia na sua vida que você vai acordar, trabalhar e compartilhar todas as coisas que faz todos os dias com a sua família, seus colegas, seus amigos. Mas prefiro a idéia de transformá-lo em um dia especial... Em que nos permitimos almoçar num lugar diferente, fazer um “Happy Hour” com os amigos ou simplesmente respirar mais fundo para recomeçar. É como se a rotina nesse dia tivesse nos dado uma folga e que, por apenas vinte e quatro horas nos permitíssemos agir ou ser diferentes.

Hoje é o dia! É o dia número hum dos próximos trinta que ainda viveremos. De repente ele apenas passará sem você perceber ou você pode transformá-lo num dia especial repleto de novas possibilidades. Porque tudo vale a pena para nos alegrar e nos impulsionar para frente. Tudo nos serve de incentivo e motivação para superar as mesmices do dia-a-dia.

A dica é essa então... Se não der certo com você invente outra coisa. Use suas qualidades e habilidades para injetar gás nos seus dias. Eu, com certeza hoje vou inventar. Transformar o meu dia primeiro em alguma coisa diferente e prazerosa. Nem que seja simplesmente continuar sonhando.

Bjus...