Estamos há alguns dias sendo borbadeados pela mídia com o caso dos estudantes da USP. Não acho a atitude dos alunos que invadiram o prédio da faculdade louvável, nem de exemplo para a nossa sociedade, nem solução para o que pretendiam galgar, porém, ouve uma generalização de culpa que não sei bem se cabe nessa história toda.
Vi muitos comentários em redes sociais de pessoas levantando o dedo e cutucando a instituição de ensino como se todos os seus alunos fossem "filinhos de papais", "marginais" e "maconheiros". Parece-me que um grupo isolado de alunos tomou a triste decisão de banalizar a situação, mas que não pode ser considerada a maioria. O poder de reinvidicar e de se fazer ouvir é muito importante, principlamente para toda essa juventude que está aí tentando abrir espaço no mundo, mas nesse caso, escolheram uma forma desgovernada de agir. Não acredito que eles não querem a segurança dentro do Campus, mas sim reinvidicam talvez uma segurança mais específica. É preciso ouvir todos os lados.
É incontestável que precisamos da força jovem para ir contra a impunidade e a politicagem tão sacana do nosso país. Porém, precisamos de atitudes maduras e blindadas em argumentos e ideais sérios. Precisamos também não ser generalistas e colocar tudo e todos, inclusive políticos, dentro de um mesmo poço de tramóias. Há muita gente sem noção e sem valores, mas há muita gente disposta a fazer a diferença.
Não há dúvida que o exemplo que acompanhamos não é o correto; não é essa atitude que esperamos dessa juventude; de uma geração tecnológica e avançada que infelizmente vive com os mesmos problemas e conflitos de décadas passadas. Jovens que antigamente tinham como porta vozes bandas de rock, principalmente de Brasília, que utilizavam suas músicas para protestar. Bandas como o Legião Urbana que fazia sérias críticas sociais e políticas de tudo que viam e viviam na pele. Se tocarmos hoje essas canções elas continuarão novas... Lançamentos de um nação que evoluiu e ao mesmo tempo não saiu do lugar.
Segue então a letra da música "Até quando esperar" de uma banda dos anos 80, a Plebe Rude que encaixa nos dias de hoje. Para que os Jovens busquem o seu caminho sem "mendigar" ajuda; Não se tornem vítimas dos próprios protestos! Segue também o vídeo na versão do Detonautas que regravou a música no seu DVD acústico de 2009.
"Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está... Cadê sua fração?
Até quando esperar...
E pra que a esmola que nós damos sem perceber
que aquele abençoado poderia ter sido você
Com tanta riqueza por aí onde é que está... Cadê a sua fração?
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus
Posso Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar teus sapatos..."
Bjus... Bom Domingão!!!
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