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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Transparência

A vida nos ensina que precisamos ser transparentes... Deixar transparecer os sentimentos. O nosso olhar deve refletir o estado da nossa alma... Da alegria ou tristeza do nosso viver.

Mas nem sempre conseguimos essa transparência, pois a vida também infelizmente nos ensina que precisamos nos proteger e vez e outra não deixar tão explícito tudo que habita em nossa mente e no nosso coração.

Talvez seja errado reprimir essas emoções, elas realmente deveriam ser livres. Porém, as vibrações negativas também nos rondam e precisamos lutar diariamente contra a inveja, ignorância e falta de bom senso. Se gritamos ao mundo que estamos felizes corremos o risco de alguém ficar de olho nessa felicidade... Se reclamamos constantemente de tudo nos tornamos chatos... Perdemos companhia...

Na verdade, mesmo precisando se resguardar ainda é muito melhor mostrar a sua intensidade. Ser o que você é... O que você tem de bom e ruim... O seu melhor e o seu pior.  Deixar de pensar no "se" e correr todos os riscos. Nada mais esquisito que lidar com uma pessoa que não se mostra... Não se abre, não se comunica... Ao invés de acharmos verdades, só encontramos suposições que podem ser interpretadas como falsidades.

E de falsos o mundo já está cheio... Falsos políticos; falsos amigos; falsas notícias; falsos produtos; Falsas promessas... Não precisamos também nos falsificar... Viver com o peso de meias verdades. Com certeza ser transparente acaretará em alguns contratempos, mas temos capacidade de lidar com eles. Aos poucos aprendemos a identificar as atitudes de boa fé daquelas que só querem nos enterrar.

Olhe -se no espelho e encontre você. Enxergue-se! Não alguém parecido com você, mas a sua cara, as suas idéias, os seus valores e as suas convicções. A sua certeza e a sua aceitação abrem as portas para a dos outros. A sua transparência puxa a verdade do outro... Nem sempre vai dar certo, não vivemos num conto de fadas, mas quando deitar a sua cabeça no travesseiro vai ter a certeza que a cada dia está doando a sua essência, não importa o que pensem dela.

Até!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Padecendo no Paraiso

Ontem eu achei que tinha perdido a Mari. Pior até... Achei que a tinham levado de mim... Foi, sem dúvida, a pior sensação que já experimentei... A impotência de sentir o coração parar de bater por alguns instantes.

Estávamos eu, Marcelo e a Mari na festa de final de ano da Renner numa churrascaria. Muita gente, muito barulho, mas tudo dentro do normal e do previsível. Numa entrada lateral do restaurante havia um parquinho para as crianças. Tudo normal também: Cama elástica, bolinhas... Aquele paraiso infantil. É claro que a Mari queria brincar com as outras crianças e nos brinquedos... E foi...

Uma certa hora o Marcelo foi dar uma espiada para ver como e onde ela estava e depois dar uma circulada pelo lugar para conversar, enquanto eu continuava jantando. Ele não retornou para me dizer se tinha falado com a Mari então decidi ir até onde ela brincava. Foi nesse exato momento que o meu coração parou. Ela não estava lá... Nem seu sapato, nem seu cheiro... Nenhum rastro. Nada!

As pessoas passavam por mim e sentia-me um fantasma. Meu lábios tremiam, bem como as minhas mãos. Na minha cabeça só passava a idéia de alguém tê-la levado... Como aquilo estava acontecendo comigo? O rosto da minha princesa cegava os meus olhos e já estava ao ponto de gritar por socorro quando me lembrei que no estacionamento do lugar havia um grande Presépio. Desci as escadas correndo e rezei para que assim que eu me virasse enxergasse o meu pedaço de gente.

Bingo!!! Lá estava ela de mãos dadas com o Marcelo olhando o Presépio. Eu coloquei a mão na cabeça para ver se fazia elas pararem de tremer. Eles se aproximaram e não contive mais o choro. As lágrimas denunciavam o pavor de uma mãe desesperada atrás da sua cria. A peguei no colo e ela me abraçou e perguntou o que estava acontecendo. Eu só lembro de ter dito que achava que a tinha perdido. Ela me olhou e disse: - Eu estou bem mãe, só fui dar uma voltinha com o pai.

O choro transformou-se em sorriso e um alívio que tomou conta do meu corpo inteiro. Foi como se uma parte de mim voltasse a respirar... Como se o meu coração ganhasse vida novamente... Foram os cinco minutos mais aterrorizantes da minha existência. É claro que não a deixei brincar mais. Agarrei a sua mão e só fui soltar em casa. A coloquei na cama dormindo como um anjo e olhei para o teto do quarto tentando encontrar o céu. Eu queria agradecer á Deus por ela estar ali.

Ao lembrar do ocorrido mais cedo a vi correndo de volta para os meus braços e acho que fui mãe pela segunda vez... Tudo renasceu dentro de mim! Um "flashback" de momentos passaram em segundos dentro da minha mente: Seu sorriso desdentado de bebê; a primeira colherada de feijão; a cara feia com o primeiro gole do suco de laranja. O engatinhar pela casa; o primeiro aniversário e o primeiro passo. A primeira palavra; a ida para a escola, o primeiro xixi no chão da sala. O tombo de bicicleta, o primeiro corte de cabelo; as perguntas intermináveis e as brincadeiras de bonecas. Porém, o mais importante foi ouvir naquele silêncio do quarto uma voz que ecoava dentro do meu coração lembrando de todos os dias que eu a ouço dizer que me ama... Desse milagre de ser mãe... Igual a todas as outras que padecem, mas que são abençoadas e felizes á beça!

Bjus... Boa semana!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cheiro de Recomeço

Eu sinto o cheiro do Natal na rua... Você não sente? Aquele cheirinho de final de ano... De cidade enfeitada, de músicas natalinas dentro do supermercado e de Papai Noel perdido em todos os cantos. Tá certo que é uma data mágica e iluminada, mas me bate aquela nostalgia. Mais um ano indo embora, metas que não se realizaram e o cansaço da rotina de todos os dias.

Ao mesmo tempo, no meio desse emaranhado de sensações amargas e saudosas, eu suspiro fundo ao lembrar que tenho mais uma chance de fazer tudo de novo. Acertar o que não deu certo; continuar na estratégia do que foi muito bem obrigada e criar novos objetivos. Atualizar os sonhos; amadurecer; enxergar a vida a cada ano de maneira diferente. Esquecer os fracassos e ir além... Além de fortunas, confortos, viagens e tal.

Com certeza ainda quero tudo isso e mais até, mas estou disposta nesse novo ano a abrir mão de algumas regalias para viver uma felicidade que não é material, mas que está ligada ás pessoas. Eu quero deixar para trás os vários metros quadrados de uma casa por uma bem menor, a minha, longe daqui... Estar perto de todos os corações que eu sei estar dentro e que com certeza também batem dentro do meu.

Talvez nessa época por encerrarmos ciclos, seja o momento de tomar novas iniciativas. Acertar mudanças; correr riscos; aventurar-se somente. É tempo de férias... De dias sem compromissos, de agenda lotada só com prazeres. De mesa farta para brindar as festas, de família unida celebrando a vida. É tempo também de deixar as tristezas de lado, os problemas estacionados; fazer pedidos e agradecer por tudo que passou.

Eu tenho a impressão que á partir do dia primeiro de dezembro eu recupere as forças que andam estremecidas... Que toda essa magia do Natal acenda a minha chama interior... Que todo esse mês me prepare para um novo ano... Um novo recomeço... Uma nova tentativa de viver plenamente... De fixar-me, de ser parte de algum lugar e principalmente compartilhar todos os momentos.

Bjus... Um ótimo Final de Semana!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eu acredito...

Em pensamentos positivos, energias e no brilho das estrelas... Em promessas e sonhos possíveis...

Em amigos verdadeiros, no aconchego de um colo, um conselho, uma presença...

Em recompensa pelas boas maneiras e aprendizado pelas más... No poder das palavras...

Em homens, anjos e santos... Eu acredito em Deus...

Em força de vontade; tentativas de superação... De ir mais além... No suor da corrida, na saúde do corpo, na iluminação da mente...

Eu acredito no calor do abraço e na mágica de um beijo... Em sexo sem pudores... Em ciúmes com limite... Em amor verdadeiro...

Em sucesso e gritos de vitória... Num sorriso de tristeza ou numa lágrima de alegria... Em felicidade plena... Em momentos de reclusão...

Eu acredito no silêncio da meditação, na concentração, na busca pelo equilíbrio... Eu acredito na paz de espírito...

Em versos, contos e crônicas... Na ficção de um livro, na frase de um autor...

Em músicas que embalam histórias... Em filmes que retratam realidades... Em danças que fazem a alma flutuar...

Eu acredito nos sinais do dia-a-dia... Na importância da famíia... Na mutação da idade...

Em caráter, boa vontade, discernimentos e gentileza... Em correr riscos para modificar... Em sentir-se seguro para amar...

Eu acredito em tudo aquilo que toca o meu coração... Que estremece, ecoa e vibra... Nos suspiros, sorrisos e choros que nos transformam todos os dias. Nas tentativas, lutas e aprendizados... Nos encontros e desencontros... Nas lembranças e no futuro...

Eu acredito sempre em mim!

Bjus... Até!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O PREÇO DO AMANHÃ



Na última sexta feira fui ao cinema ver "O Preço do Amanhã" com o Justin Timberlake. A idéia do filme é muito interessante. As pessoas, no futuro, ao completarem 25 anos ganham um cronômetro tatuado no braço que vai diminuindo o tempo de vida á medida que eles vão comendo, caminhando ou comprando alguma coisa. Não existe dinheiro, tudo é pago com o tempo. E igual a nossa realidade, os mais pobres estão sempre correndo atrás do prejuízo enquanto os mais ricos andam lentamente pois tem tempo de sobra.

Mesmo com a idéia interessantíssima de converter moeda em tempo, achei que o filme abordou muito pouco o fato de aprendermos a lidar com esse tempo. De transformá-lo em nossa maior riqueza. Por outro lado deixou bem claro que a eternidade que os ricos possuiam não tinha valor, pois estavam sempre com medo de serem roubados. A riqueza não garantia felicidade. E não garante mesmo! Você pode ter tudo e mesmo assim não ser feliz. Pode estar rodeado de pessoas e de confortos e ainda sentir-se só e com um vazio interior que nenhum dinheiro pode comprar.

O filme é meio lento... Arrasta-se em algumas partes e na minha visão poderia ser bem mais dinâmico. Mas vale o ensinamento. Vale a reflexão de como estamos usando o nosso tempo. Se estamos usufruindo com sabedoria ou simplesmente deixando passar.

Eu saí do cinema com a certeza que ultimamente o meu tempo anda mal aproveitado. Posso fazer muito mais com ele... Estou aguardando algumas mudanças, mas também não posso ficar parada esperando as transformçaões. Estou me mexendo... Agora o tempo está passando devagar diante minha ansiedade, mas tenho certeza que em breve ele vai acelerar devido as grandes modificações que se fazem necessárias. Não tenho tatuado no braço um relógio, mas inconscientemente o meu calendário tem pressa.

Meu conselho... Aquele que mentalizo para eu mesma é viver um dia de cada vez. Não deixá-los passar desapercebido. Aproveitar todos os momentos mesmo que não tenha atingido os seus objetivos. De degrau em degrau construímos uma história sólida e feliz. Minha escada não está ainda na altura que eu sonhei, mas sei que vou chegar lá... Ah vou!

Bjus... Boa semana!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Bola de Neve

Longe de mim trazer pensamentos negativos em plena sexta feira, véspera do tão sonhado final de semana, mas porque será que os problemas da gente nunca chegam sozinhos? Você já percebeu que eles vem sempre acompanhados de outros irmãozinhos? É igual quando a sua televisão tem crises de imagens. Na mesma semana estraga o liquidificador; o microondas não esquenta mais nada; queima a lâmpada do abajur da sala ou o relógio simplesmente pára de funcionar.

Tem que ter uma explicação sensata para o porquê dessa avalanche de problemas que insistem em rodear-nos sempre na mesma hora. Pode ser para depois de resolvermos tudo tirarmos uma folga deles. Aproveitar a tão esperada "bonanza", mas ninguém garante que a boa fase seja longa. Você mal terminou de fechar um ciclo de tempestades e logo á seguir a sua vida se fecha novamente. O sol vai embora e as nuvens tomam conta de tudo.

É claro que a vida é assim mesmo. Que graça teria se tudo fosse sempre bem certinho. Os tropeços trazem ensinamentos que utilizamos na sequência da vida. Sim, é muito lindo filosofar sobre isso até você estar no meio desse turbilhão de indecisões, mudanças, doenças, crises existenciais e sei lá mais o que se passa dentro dos nossos conflitos. Saber que precisamos encarar tudo com força é fácil, o difícil é encontrar essa força todos os dias para seguir em frente.

Não sei se existe solução para essa bola de neve, mas, com certeza existem meios para diminuir o sofrimento. Ficar remoendo um problema é quase suicídio. Ou você espera ele chegar de vez e aí começa a se preocupar ou então já morre junto, pois na hora que ele realmente ficar intenso você não terá mais cabeça e coragem para achar uma saída.

Tentar sorrir para a vida não é mascarar o problema, mas não deixá-lo tomar conta da sua alma. Não digo que precisamos fingir felicidade, mas precisamos atraí-la. E, com certeza, não será com choros e mau-humor que ela baterá á sua porta. Pode sim deixar as lágrimas de vez em quando escorrerm do seu coração e aliviar tudo dentro de si; pedir um colo para quem estiver próximo; uma ajuda para clarear as idéias. Pode sim deixar-se cair para depois levantar com tudo!

Só não podemos virar vítimas das nossas intempéries. Deixar que elas ditem o rumo da nossa caminhada e definam a pessoa que não queremos ser. A dor e as dificuldades nos tornam seres duros, insensíveis e descrentes. É aí que precisamos mostrar o nosso potencial. Dar uma rasteira em tudo isso e procurar soluções. Nada é fácil, bem pelo contrário... Geralmente precisamos penar antes de ver um sonho alcançado. Porém, não adianta lutar contra a maré, não é mesmo? Uma hora o mar vai te levar até a beira e você poderá voltar a nadar!

Bjus... Um final de semana de tranquilidade!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Olhar Colorido

Eu estava preparando o almoço, o Marcelo lendo uma revista e o som ligado na cozinha tocando Colbie Caillat, quando a Mari diz: - Pai, você está com algum problema? O Marcelo responde que não e pergunta por quê. Ela responde: - Porque eu estou com um problemão aqui: Não consigo terminar de montar esse quebra cabeça! Eu e o Marcelo trocamos um olhar e o silêncio foi rompido pelas nossas risadas.

Tão bom seria se os nossos problemas fossem achar as peças certas de um quebra cabeça. Tudo bem que a nossa vida até parece um, mas as peças geralmente não aceitam os nossos encaixes. Quebramos a cabeça para resolver os problemas do cotidiano; as contas atrasadas; a rotina do trabalho; os amores incompreendidos e brigamos com nós mesmos... Com nossas dúvidas, nossos medos e com os nossos sonhos!

Enxergar a vida na perspectiva de uma criança é sempre maravilhoso, porque temos a chance de ficar na sua altura e ver o mundo grande. Grande como todas as expectativas e novidades que lhe são apresentadas. A inocência de ter como único obstáculo a peça geométrica de uma brinquedo que, não agradando, é fechado; devolvido à caixa e trocado por outra diversão.

Não, nós não podemos simplesmente lacrar tampas e correr de algo que nos desagrada. O nosso jogo... O de ser gente grande é mais complicado e muito mais cansativo. Á medida que encaramos o mundo de frente vamos perdendo um pouco a graça. Deixamos de sorrir por coisas simples e nossa busca por outro entretenimento é sempre adiada pela correria dos nossos dias. Assim como as crianças também queremos tudo o que vemos, mas não temos tempo disponível depois para usufruirmos. Corremos atrás da máquina; acumulamos confortos e passamos pequenos minutos dentro do nosso paraiso.

Talvez se aprendermos a manter aquele olhar de quando éramos seres pequenos e sonhadores, a vida nos mostre caminhos menos turbulentos. Quem sabe, se levarmos o dia-a-dia sem a carranca dos problemas, mas com o sorriso cativante de uma criança, ele nos surpreenda com soluções naturais. Nos mostre a viver sem pressa, sem imediatismos e com mais confiança.

Hoje, em pleno almoço do feriado do dia 15, foi bom sorrir vendo a minha filha ser criança. Saber que o seu olhar colorido ainda pode contagiar tudo e todos. Porém, o melhor foi refletir que o seu pensamento, que naquela hora nos pareceu bobo, me ensinou a dramatizar menos tudo a minha volta. Áquele momento me mostrou que a boba nessa história não é ela, mas eu!

Olha a Mari aí com seu "pequeno" problemão"!!!!


Bjus!!!!

sábado, 12 de novembro de 2011

Até Quando Esperar

Estamos há alguns dias sendo borbadeados pela mídia com o caso dos estudantes da USP. Não acho a atitude dos alunos que invadiram o prédio da faculdade louvável, nem de exemplo para a nossa sociedade, nem solução para o que pretendiam galgar, porém, ouve uma generalização de culpa que não sei bem se cabe nessa história toda.

Vi muitos comentários em redes sociais de pessoas levantando o dedo e cutucando a instituição de ensino como se todos os seus alunos fossem "filinhos de papais", "marginais" e "maconheiros". Parece-me que um grupo isolado de alunos tomou a triste decisão de banalizar a situação, mas que não pode ser considerada a maioria. O poder de reinvidicar e de se fazer ouvir é muito importante, principlamente para toda essa juventude que está aí tentando abrir espaço no mundo, mas nesse caso, escolheram uma forma desgovernada de agir. Não acredito que eles não querem a segurança dentro do Campus, mas sim reinvidicam talvez uma segurança mais específica. É preciso ouvir todos os lados.

É incontestável que precisamos da força jovem para ir contra a impunidade e a politicagem tão sacana do nosso país. Porém, precisamos de atitudes maduras e blindadas em argumentos e ideais sérios. Precisamos também não ser generalistas e colocar tudo e todos, inclusive políticos, dentro de um mesmo poço de tramóias. Há muita gente sem noção e sem valores, mas há muita gente disposta a fazer a diferença.

Não há dúvida que o exemplo que acompanhamos não é o correto; não é essa atitude que esperamos dessa juventude; de uma geração tecnológica e avançada que infelizmente vive com os mesmos problemas e conflitos de décadas passadas. Jovens que antigamente tinham como porta vozes bandas de rock, principalmente de Brasília, que utilizavam suas músicas para protestar. Bandas como o Legião Urbana que fazia sérias críticas sociais e políticas de tudo que viam e viviam na pele. Se tocarmos hoje essas canções elas continuarão novas... Lançamentos de um nação que evoluiu e ao mesmo tempo não saiu do lugar.

Segue então a letra da música "Até quando esperar" de uma banda dos anos 80, a Plebe Rude que encaixa nos dias de hoje. Para que os Jovens busquem o seu caminho sem "mendigar" ajuda; Não se tornem vítimas dos próprios protestos! Segue também o vídeo na versão do Detonautas que regravou a música no seu DVD acústico de 2009.

"Não é nossa culpa
  Nascemos já com uma bênção
  Mas isso não é desculpa
  Pela má distribuição

  Com tanta riqueza por aí, onde é que está... Cadê sua fração?

  Até quando esperar...

  E pra que a esmola que nós damos sem perceber
  que aquele abençoado poderia ter sido você

 Com tanta riqueza por aí onde é que está... Cadê a sua fração?

 Até quando esperar a plebe ajoelhar
 Esperando a ajuda de Deus

 Posso Vigiar teu carro
 Te pedir trocados
 Engraxar teus sapatos..."

Bjus... Bom Domingão!!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Olha que coisa mais linda mais cheia de graça...

No verão de 2010 eu fui passar as férias no Rio de Janeiro, mais especificamente na cidade de Búzios. Nem preciso dizer que foi espetacular. As praias são maravilhosas e me encantei com os cariocas. Todos muito receptivos, atenciosos e de uma simpatia gigantesca.

Porém, minha maior vontade era conhecer a cidade do Rio, mas o meu marido, bem receoso com a segurança, não queria em hipótese alguma passar pelo local. Enquanto atravessávamos a ponte Rio-Niterói avistei distante o Cristo Redentor de costas. Ao mesmo tempo que senti meus pêlos arrepiarem, olhei para o Marcelo e fiz aquela carinha de criança pedindo um presente: - Puxa, já estamos aqui, não custa nada na volta parármos só um pouquinho... Com a ajuda de um casal de amigos que estavam conosco em Búzios convencemos o maridão, mas só duraria um dia para não atrasar a programação das férias... Eu era quase uma cinderela apavorada esperando as badaladas do relógio anunciando o final do sonho.

Chegamos na capital carioca antes do meio dia e de máquina fotográfica em punho fui tirando fotos de tudo que eu via. Sambódromo, Copacabana Palace, Lagoa... Tudo que um legítimo turista tem direito. Passeamos no calçadão de Copacabana, pelas ruas arborizadas do leblon; molhei os pés na praia de Ipanema e lá mesmo tomei a água de côco mais saborosa da minha vida... Água com sabor de Rio 40 graus.

Impossível não sentir o calor que ferve naquela cidade. Em meio uma paisagem maravilhosa o suor do corpo anuncia um verão que realmente bomba. Á noite nos hospedamos num hotel bem antigo num bairro que faz divisa com Copacabana. O piso quadriculado de preto e branco do banheiro me encantaram, bem como a pia que ficava dentro do box.

Depois de me refrescar num banho maravilhoso dividimos um chopp especial no bar Devassa em Ipanema. Um final perfeito para um dia que foi breve, mas que encheu meus olhos de brilho e o meu coração de entusiasmo. Na volta para o hotel passamos de carro pelo calçadão e ainda pude sentir mais de perto o cheiro do mar e, mesmo de longe, levar comigo as vibrações do Cristo iluminado.

Foi muito pouco. Foi pouquíssimo tempo na cidade maravilhosa. Ainda posso dizer que não conheço nada da cidade. Ainda mereço mais dias naquela terra encantada. Búzios com certeza ficou marcada... Foram férias inesquecíveis... Mas o Rio... Ah o Rio... Eu ainda preciso desbravar mais... Ver um carnaval e banhar-me em todas as águas. Preciso ainda ser apresentada ao Cristo Redentor; andar de bondinho e tomar uma cerveja nos bares da lapa. Um dia eu volto de férias, mas não como cinderela... Não com as horas contadas... Nem como princesa talvez... Eu quero voltar ao Rio como as mulatas fervorosas; como as baianas rodopiantes ou como as funkeiras da favela. Eu quero voltar ao Rio vibrante... Aproveitando cada minuto dessa terra privilegiada.

Bjus!!!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais histórias de Passarinhos...

Esses dias escrevi aqui no blog sobre um passarinho que entrou na minha casa e fez áquele estrago. Ele sobrevoou a minha sala e eu acreditei que era para me trazer coisas boas. Realmente naquele momento eu tive uma ótima notícia. Porém, na semana passada um Pardal insistiu em adentrar a minha resisdência umas quatro vezes no mesmo dia. Por onde passava deixava sua marca "amarela" registrada. Foi então que eu pensei: Nossa, ou vou ganhar na loteria devido tanta "cacaca", ou as notícias serão avassaladoras.

Confesso que naqueles dias eu duvidei do poder dos pássaros, porque descobri que sua visita era pelo pote de ração e de água da minha cachorra. Aos céticos, iguais ao meu marido, está tudo explicado. Não há nada de dinheiro ou de boas vibrações, apenas um Pardal sedento e esfomiado aproveitando a oportunidade.

Porém, na segunda feira a minha mãe me liga para dizer que estava na rua voltando para casa quando percebeu algo quente escorrendo pelo seu rosto: Bingo... Cocô de passarinho! Coitada da minha mãe, pelo menos comigo foi só no chão da cozinha, ela precisou chegar em casa e desabafar com o chuveiro...

Na mesma segunda feira eu tive uma notícia boa e passei a acreditar novamente nos fluidos trazidos pelos pássaros. Tá certo que as crendices são lendas e só nos ajudam a ter mais fé diantes das dificuldades, mas as coincidências da vida também devem ser consideradas.

Não sei ainda se duvido ou não desse poder da nartureza. Acho que mal não vai fazer se eu pedir que outros passarinhos adentrem meu lar. Desde, é claro que junto com eles venham aquelas respostas que eu aguardo com tantas expectativas. Meu pensamento positivo é forte, mas vale a pena pedir ajuda sempre... Até para os passarinhos!

Você pode estar aí me achando louca e tal... Ou então desesperada o suficiente para acreditar num Pardal. Não, ainda estou consciente e firme em cima das minhas próprias pernas. Sou somente mais uma pessoa, dentre tantas outras, que precisa mudar o rumo da vida... Eu sei que a minha hora de mudar chegou, talvez você também precise pensar na sua. Já parou para fazer isso? Qualquer que seja a sua resposta, nunca é cedo ou tarde para arriscar...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um trecho de Terra láaaaa na zona norte!


Faz pouco tempo que entrei para um grupo fechado no facebook de moradores e ex moradores de um bairro de Porto Alegre: O Parque dos Mayas! Toquei nesse assunto para pedir licença a todos que me acompanham por aqui, pois o post de hoje é dedicado a toda essa galera que fez e que continua fazendo história no PDM...

Eu fui morar no Parque, vamos tratá-lo assim, com um mês de idade. Meu pai, seu Dudu e a minha mãe, dona Bia, já pais do meu irmão Bernardo, que na época tinha sete anos, compraram a idéia de uns amigos vizinhos da antiga Estrada do Forte sobre um bairro novo; planejado ao estilo dos bairros americanos: Sem grades, somente o gramado verdinho em frente de casas geminadas ou não.

Com essa promessa de liberdade para os filhos meu pai vendeu tudo que tinha. Meteu-se num financiamento gigantesco e comprou a tão sonhada casa própria. É claro, que pela minha pouca idade na época não consigo lembrar da minha chegada, a não ser o que eu ouvia deles, á medida que fui crescendo. E assim como eu, assim como eu que chegara bebê, muitos outros chegaram ou nasceram também. Muitos já na idade do meu irmão, os chamados da primeira geração do parque, hoje com quase 40 anos ou mais.

Minha maior lembrança e mais preferida de toda a infância que desfrutei lá foi o poder ser criança. De andar de pés descalços na rua; brincar de esconde esconde até altas horas; andar de bicicleta; subir em árvores; soltar pipa; jogar amerelinha e ter amigos com quem dividir tudo isso. Foram dezoito anos de muitas alegrias... De muitas lembranças saudáveis e que, com certeza ajudaram a transformar a pessoa que sou hoje.

Porque para quem viveu lá, sabe de tudo isso que eu estou falando. De quem desfrutava em garagens aniversários inesquecíveis. Mesas recheadas de canudinhos de maionese ou "guisado", pizza, "negrinho" e refri de garrafa. Nas mesmas garagens que rolava na sexta ou sábado á noite a famosa dança da vassoura em reuniões dançantes embaladas pela voz rouca do Paulo Ricardo na sua RPM. Nos dias de sol uma rede de volei era aberta no meio da rua ou um jogo de taco que bombava tardes e mais tardes. Nos dias de chuva jogávamos "War" na varanda de alguém; as cinco marias; Banco Imobiliário, o Jogo da vida ou então respondíamos repetidos questionários.

Uma famosa feira de frutas e verduras estacionava numa praça central do bairro, em frente ao supermercado Rocha Bolzan, depois Poko Preço, que tinha como principal atração um ônibus transformado em fruteira. Era a sensção de todas as crianças. Não queríamos comer a fruta ou a leguminosa, mas queríamos adentrar aquele recinto quase mágico. Era lá também que uma Kombi e uma Rural vendiam dúzias e dúzias de ovos. Um pai, com seu filho caçula, ao invés de ficar somente na feira oferecendo seus ovos também percorria a pé as ruas do Parque. Muitas vezes a campanhia lá de casa era acionada e um "piá" escabelado segurando montantes de caixas de ovos tentava se aproximar. A minha mãe me dizia para não ir até a porta, podia ser um "maloqueiro" qualquer pedindo alguma coisa. Anos depois fui descobrir que esse "pivete", esse que vendia ovos na porta da minha casa havia se transformado no meu marido. Aprendi a lição... Julgar alguém? jamais!

Mas não era somente ovos que tínhamos a nossa disposição. Reza a lenda dessa geração mais antiga, a primeira, que um senhor, criador de vacas no munícipio de Alvorada, cidade que faz fronteira com o último bairro de Porto Alegre, vendia em uma Kombi também, leite fresquinho das suas crias. Eu não lembro de tal leite, mas acredito na lenda. O Parque sempre foi um local de histórias impressionantes, prova disso era um poste, em meio uma passarela que dava choques inexplicáveis. Quase um ponto turístico do lugar. Fazíamos fila e corrente de mãos para sentirmos o choque juntos... Ah, essas crianças!!! Além do leite, uma outra Kombi vendendo refrigerante, acho que o antigo "Baré cola" também transitava pelas ruas. Sem falar nos picolés de carrocinha, no sacolé de suco e nas batucadas de uma madeira anunciando a casquinha.

O Parque tinha um clube próprio, a ACOPAN. No verão, as piscinas eram invadidas por todos e enfrentávamos a carranca de um fiscal bem cuidadoso, seu Zé... Para ele a nossa única diversão era ficarmos imóveis dentro da piscina, todo o resto era proibido. Porém, não só as tardes de verão nos chamavam á associação. Famosos bailes gaúchos, jantares dançantes, desfiles de rainhas e princesas das piscinas, jogos de futebol e muito mais. Para dividir toda essa atenção somente o CTG Gildo de Freitas que também organizava muitos eventos sociais no bairro. A maioria dessas festas era fotografada pelo já falecido Vásques, o fotógrafo oficial do Parque. Tinha também o sapateiro "Seu Pedro", a lojinha da Rosa, o mini mercado Maringá e a creche Ursinho Pim Pom.

A maioria das crianças moradoras de lá passaram pelas escolas Poty Medeiros, CIEM, São Paulo e São Francisco. Muitas histórias e vínculos foram criados nesses lugares. Foi lá que dançavamos o "Ai bota aqui ai bota ali o seu pezinho" e comíamos o lanche em cumbucas azuis que não me esqueço jamais.

Minha mãe era catequista da capela Guadalupe, mas antes dela ser construída lembro-me que algumas missas eram realizadas na garagem de casa. Por muitos anos uma desbotada imagem de Jesus ficou pendurada lá na parede. A outra igreja era a Nossa Senhora de Fátima, onde ocorriam os famosos Encontros de Casais (ECC ).

Eu sempre me assombrei com a quantidade de vezes que ficávamos sem luz ou água. De tomar banho gelado no tanque ou então esquentar a água e levar a chaleira para o banheiro. Porém, quando a água era abundante adorávamos tomar banho de mangueira ou fazer guerra de bexiguinha. Hoje eu nem compro velas, mas naquela época elas tinham que estar sempre á mão. De noite, quando a luz acabava a gente se encontrava na rua para falar do acontecido. Nas noites de Natal e Ano Novo ficávamos ensurdecidos com os "rojões" e foguetes. Tínhamos nossa luz própria!

Nós parqueanos sempre fomos um pouco discriminados. Nosso bairro, por ser longe talvez não era muito conhecido pelo restante da cidade. Para chegarmos até o centro precisávamos encarar uma viagem de quase 1h. Ou você ia pela linha Parque dos Mayas, ou então pela Linha Parque dos Mayas Guapuruvu. Depois veio a linha Sertório e até ônibus direto pela Freeway. Hoje já tem lotação e linha especial para o Shopping, o B51. Quem diria...

O Parque infelizmente não conseguiu manter o planejamento inicial de ser um bairro nobre e planejado, mas conseguiu certamente ser um local de muita felicidade. Foi lá que construímos valores; aprendemos o certo e o errado; criamos amizades e amores. Foi lá, no Parque dos Mayas, que muitos sonhos começaram. Que muitos planos foram feitos e desfeitos. Que se brincava, cantava e pulava sem recriminação. Foi lá que nós crianças aprendemos o quanto a vida deve ser plena.

Lugares assim não podem ser esquecidos... Devem permanacer, além das nossas lembranças, guardados eternamente nos nossos corações. Lugares assim viram lendas! Não sei se ainda vai existir um trecho de terra com tantas histórias... Com tantas vidas que se cruzaram, se despediram ou que permaneceram em contato. A nossa única certeza é que nos anos 80 e 90, quando ouvíamos os Menudos, usávamos calça "bag" e tênis bamba... Ah, nesses anos fomos muito felizes lá!

Um beijo especial a todos os meus amigos parqueanos... A toda essa gente que está se reencontrando e dividindo hitórias... Tenho certeza que, além de muitas risadas, estamos compartilhando novamente a vida!

Até!

sábado, 5 de novembro de 2011

Poema: TOMBO

"Levei uma rasteira da vida. Descobri que não estou no centro... Que tudo aquilo que eu achava perfeito... Se desfez! E por mais que eu procure respostas, que eu decifre os mistérios da minha existência, nada parece ter explicação. O tempo confunde e me enlouquece cada vez mais.

Uma voz interna ecoava e dizia que eu era especial; meu ego me fazia forte. Não cheguei a subir no pedestal, mas já estava pronta para escalá-lo. O tombo foi curto, mas doeu na alma. Precisei abrir os olhos e entender que não estou só nesse mundo. Que além do meu, outros corações batem incessantemente...

Eu posso sorrir e chorar; transparecer a minha alegria ou desatar o meu pranto. Não há nada que eu faça que modifique a sensação de ter errado. De ter passado a mim mesma para trás... De acreditar demais nas minhas convicções; de achar suficiente amar por nóis dois.

O tempo fechou... Nublou tudo aqui dentro de mim. As perspectivas de tempo bom são escassas, parece que uma onda de frio vai prevalecer por alguns dias. Quem sabe, quando o sol voltar a invadir o meu coração eu levante do tombo que precisei cair. Talvez, quando eu voltar a sentir o meu corpo aquecido possa olhar-me novamente no espelho e dizer: - Já passou, vamos continuar a andar".


Bjus, bom findi!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Senhora do Destino

Uma vez me pergutaram se eu acreditava em destino. Eu respondi que sim, que tudo na nossa vida está traçado, reservado no nosso percurso. Eu continuo acreditando nisso, mas acredito mais hoje que podemos mudar o rumo das coisas.

A vida nos abre um leque de opções, boas e ruins; sedutoras e convencionais. Vivemos Jornadas curtas e longas e nos deparamos com pessoas que entram no nosso caminho e ficam para sempre; outras que saem na mesma velocidade que entraram.

Á medida que crescemos um mundo repleto de escolhas e desafios bate no nosso ombro. Acenamos com um adeus para a adolescência e encaramos a vida adulta. Não dá para afirmar que todas as nossa escolhas foram certas, nem erradas, mas, com certeza, nos transformaram na pessoa que somos no presente. Os arrependimentos não podem martelar os nossos dias, mas podem nos ensinar a mudar a direção do nosso destino.

Essa mudança que é difícil... Dar a rasteira no destino e quebrar laços; ir contra ao que parece certo. Arriscar! Seguir os impulsos do coração e os instintos da alma... Deixar de medir os erros. Planejar menos... Viver mais!

Não dá para ficar parado esparando que o destino leve você para onde deseja. O seu desejo precisa ser tão forte que o impulsione a ir de qualquer forma sabendo dos contratempos, das dificuldades, da chance de dar tudo errado. Ou então ganhar de presente da vida tudo que sonhou... O seu destino traçado da maneira que sempre imaginou...

Tudo é possível quando estamos dispostos a nos entregar. Tudo que vivemos deve ter valor e acréscimo no nosso amadurecimento. O choro de tristeza hoje pode ser o sorriso de alegria do amanhã. E só descobriremos isso se vivermos um dia de cada vez... Se respeitarmos o tempo do destino... Se aprendermos a mostrar calma para o coração e paciência com nós mesmos! Hoje pode estar tudo enrolado... Uma hora a gente desata todos os nós.

Bjus!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Véio Miguel!

Hoje eu lembrei do meu avó, pai da minha mãe, seu Miguel. Tinha um bigode grisalho enorme, alguns dentes a menos na boca e um sorriso cativante. Não dispensava uma boa refeição, nem o "traguinho" antes da mesma. Fazia o melhor mocotó que já comi na vida e brigávamos sempre pelo cigarro que ele não largava. Perto dele sempre um radinho velho de pilhas fazendo barulho. Sua realização era ver sua casa sempre cheia!

Eu o perdi quando tinha 18 anos, mas nunca esqueço da figura do homem simples e repleto de histórias. Quando adoeceu enxerguei no seu olhar o aceno do adeus. Ele e eu sabíamos que a partida seria inevitável e que podíamos ter vivido mais! Queria poder apresentar a minha família á ele. Queria ter tido mais tempo...

Quando ele morreu deixou de bens materiais uma casa simples; um depósito cheio de cervejas vencidas e uma brasília que era seu xodó. Porém, em mim e em todos que o conheciam deixou a saudade de um parceiro de boas risadas e de muito carinho.

Hoje, ao contrário de muita gente que vai ao cemitério limpar lápides e levar flores prefiro pensar no meu avô com alegria. Lembrar do seu sorriso; fazer uma oração e encher o meu coração com as lembranças lindas dos anos que passamos juntos.

Vamos lá então vô continuar usufruindo dessa vida que você faz tanta falta, mas eu sei que continua nos acompanhando no brilho das estrelas. Um dia, quando nos reencontrarmos em algum lugar aí em cima vamos fazer aquela festa. Em um domingo, assim como aqueles que éramos visita na tua casa, vamos, em torno de uma grande mesa reunir toda a família. Vamos poder novamente aproveitar a tua presença. Que saudades!!!!!

Até!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Menos cor... Mais valor!

O meu pai compartilhou no facebook uma história que aconteceu em um avião da TAM e que se diz verídica. Eu acredito mesmo que tenha acontecido, mas gostaria mesmo era de desmentir tudo. Segue a história:
" Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.

Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.

'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..

'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'

'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível’.

A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.

'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe'.
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe.
Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável’.

E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:

'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'

E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé."


É inaceitável que ainda exista esse tipo de preconceito. Um racismo que vai além das diferenças de pele, julga os valores de cada um.

Um exemplo bem comum de toda essa confusão de raças é a nomenclatura de um lápis de cor específico que as crianças aprendem, alguns na escola, outros em casa mesmo. Quem nunca falou que precisava pintar o boneco do desenho com lápis cor da pele? Mas e aí? Cor de quem? Esse nome é dado ao lápis de tom rosado, mas que muitos também chamam de rosa antigo, rosa fraco ou pêssego.

Desde a infância somos orientados a ser preconceituosos sem nem percebermos. Em situações bem simples como essa da utilização de um lápis de cor podemos magoar e/ou ofender alguém por achar que a cor de pele branca é a única e mais importante do planeta. É assim, em pequenos momentos que crescemos e nos transformamos em pessoas iguais a essa senhora da história acima. Alguém que se acha melhor do que o outro por sua cor.

Eu já ouvi a minha filha falando em lápis cor de pele e aos poucos vou explicando todas as diferenças que existem. Não só a diferença de raças, mas as diferenças sociais, portadores de deficiências e síndromes. É nosso dever como pais direcionar a mente dos nossos filhos para o correto. Porque discriminação nunca foi certo. Infelizmente ainda ouvimos absurdos e não acreditamos que já viramos séculos. Lutar por uma sociedade igual parece ultrapassado... Será?

Bjus...