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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Gente Pequena Declamando Gente Grande!

Ontem á tarde a Mari apresentou na escola com o restante da Educação Infantil o "Recital de Primavera". Durante todo o mês de setembro eles fizeram atividades baseadas nos poemas do maravilhoso Mário Quintana, poeta gaúcho autor de inúmeras obras como o meu preferido "Espelho Mágico" , de 1951, a quinta obra do autor que morreu em 1994.

Uma das coordenadoras da escola abriu o recital convidando todos a se entregarem áquele momento. A abrir os olhos para enxergar os próprios filhos, mas também abrir o coração para todas as outras crianças que estavam ali se esforçando. Os pequenos de 1 e 2 anos dançavam com muita alegria, bem como os de 3 e 4 anos. Á partir das turmas de 5 anos já ouvíamos as declamações de poesia. Foi lindo ver pequeninas vozes envocando versos como: " O segredo não é correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você".

E assim todos eles, declamando poesias convidavam a linda estação da primavera a chegar aos nossos dias e nos encantar com suas breves chuvas, seus jardins floridos e os cheiros das plantas e flores que se misturam ao vento...

E para finalizar esse post, mas para iniciar o seu dia, nesse lindo dia de primavera, pelo menos aqui em Curitiba, um poema desse poeta que, irreverente é a cara da minha cidade de Porto Alegre e de tudo que hoje eu gostaria de dizer:

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...



Minha poeta preferida...
Bjus



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Hoje eu Sonhei...

Dizem que sonhamos todos os dias. Algumas vezes recordamos, outras nem lembramos que havia um sonho. Eu geralmente não lembro. É muito raro acordar e já sair contando tudo o que eu sonhei. Gostaria muito de deitar a cabeça no travesseiro e viajar nos meus sonhos, mas infelizmente essa não é a minha praia.

Segundo a minha vó, dona Ruth, adepta a búzios, cartomantes e banhos de sal grosso, os sonhos dizem muito. Nos dão sinais, respostas e dicas de algo que pode acontecer. As vezes é um aviso ou um consolo. A lembrança de alguém que já partiu, ou de pessoas que nunca cruzaram o nosso caminho.

Cresci ouvindo minha vó dizendo coisas do tipo: - Sonhar com morte é bom, trás saúde para a pessoa... Sonhar com dente e cabelo é notícia ruim ou traição... Sonhar com pessoas que já morreram é obter respostas.

Muitas crendices e poucas certezas! Segundo o espiritismo a alma não repousa, por isso vagueia durante o sono. Segundo a psicanálise, nas palavras de "Freud,"os sonhos são expressões disfarçadas de processos psíquicos inconscientes, profundos e extremamente significativos; revelações diretas, mas veladas, de desejos insatisfeitos.
É como se a nossa consciência não conseguisse resolver ou absorver alguma situação e nosso inconsciente, através do sonho, nos coloca em situações inusitadas.

Essa manhã eu lembrei do meu sonho... Sonhei com um amigo que estava numa situação bem delicada. Eu tentava ajudar, mas não conseguia mudar a sua situação. Acordei com aquela sensação de que ele realmente precisava de uma ajuda.

Não sei bem se os sonhos tem esse poder; se a nossa alma sai do nosso corpo em direção a outras almas. Talvez sonhamos só por sonhar... Talvez seja somente o nosso inconsciente falando mais alto. Ao invés de ficarmos tentando achar respostas, talvez seja melhor continuarmos sonhando e ir também em busca das nossas realizações. Ter a certeza que todas as vezes que deitarmos na cama um mundo novo pode se abrir na nossa imaginação!

Bjus!

sábado, 24 de setembro de 2011

M.A.R.I.A.N.A

Ainda não sei explicar tudo o que aconteceu dentro de mim no dia 25 de setembro de 2006. O dia amanheceu com uma mistura de ansiedade e medo, expectativa e euforia que me transformaram na mulher mais realizada do mundo; ás 7h20 minutos de uma manhã de segunda feira, o primeiro nascimento do dia no Hospital Vera Cruz na cidade de Campinas. Durante 15 minutos sem parar a minha pequena princesa chorava anunciando a sua chegada. Toda enrrugada a Mari se apresentou para a vida e para mim. Vê-la nos meus braços pela primeira vez foi a cena mais linda que já vi até hoje nessa minha breve vida!

Assim que eu saí do bloco cirurgico, ainda na cama me recuperando da anestesia da cezária, me entregaram a Mari toda enroladinha com sua toca e luvas rosas. Desde esse momento até o dia de hoje, tive ela presente todos os dias. Fui presenteada por Deus por um anjo lindo que ilumina a minha jornada pela terra... Minha felicidade constante pelo seu crescimento e alegria.

É hoje então o aniversário de 5 anos da minha princesa Mariana. Dessa guria cheia de entusiasmo e simpatia que encanta por onde passa. Dessa boneca que aos poucos vai perdendo a carinha de bebê e se transformando em sonhos e risadas cativantes. Da espoleta que preenche a casa de alegria, de danças, caras e bocas. Da bailarina que inventa músicas, cantarola no chuveiro, brinca de boneca e rouba meus saltos altos. Desse anjo menina que me renova, me motiva e me transforma.

Obrigada minha filha por existir na minha vida. Por ser meu orgulho, meu aprendizado, meu maior amor. Parabéns pelo seu dia... Pelo seu momento especial. Por todos os momentos que já dividimos e por todos que ainda iremos curtir. Que a festa inicie hoje, mas que perdure por toda a tua vida. Que ela seja interna, dentro de você para sempre. Eu tenho certeza que vão se passar anos e eu ainda vou estar tentando descobrir o que se passa dentro de mim sempre que me lembrar de você. Em todos os seus aniversários ainda serei eu a maior presenteada...

Parabéns minha filhota linda... A mãe TE AMA, TE AMA, TE AMA... SEMPRE!



Um ótimo domingo...

Bjus com gostinho de brigadeiro!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Em família...

Essa semana estou meio ausente do blog porque a minha casa está cheia. Minha mãe, cunhada e afilhado estão aqui para o aniversário de 5 aninhos da minha princesa... A Mari! Estamos desde terça feira passeando muito por Curitiba, colocando o papo em dia e dando muitas risadas, é claro! Quando nos juntamos é alegria na certa!

Acordamos cedinho, nos reunimos para tomar café e programar o dia. As crianças passam a manhã brincando e circulando pela casa. Depois do almoço deixamos a Mari na escola e começamos nossos passeios. Só voltamos para casa á noite e mesmo cansadas, felizes por estarmos juntas.

Amanhã chega o meu irmão. Uma alegria extra para toda essa bagunça. Um tempero muito especial nessa mistura que são todas as famílias. Só vai ficar faltando o meu pai que desta vez não pode vir, mas, no sábado, a Mari ganha a visita do avô paterno para completar a lista de convidados especiais.

Domingo é o grande dia! O dia dela apagar as velinhas, curtir com a família e com as amiguinhas da escola. Ainda não começamos a preparar os "quitutes", mas não vejo a hora de sentir pela casa o cheirinho dos doces... Aquele cheiro de festa que me remete ao passado, as minhas festas de criança. Porque hoje existe muitos lugares bacanas para a realização de festas infantis,mas confesso que as antigas festas na garagem de casa me deixam saudade.

Esse ano a festinha da Mari será em casa mesmo. Não terá os brinquedos super alucinantes, nem a decoração mega colorida, mas terá o amor das pessoas que vieram compartilhar com ela esse momento e o esforço dessa mãe aqui que se desdobra em várias só para ver o sorriso mais lindo desse mundo. Para transformar o seu aniversário num dia único e especial. Tenho certeza que será. Eu, assim como a Mari vou estar mais que contente... Realizada vendo a minha filhota comemorando mais um ano de vida... Mais um ano felizes juntas!

Bjus...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dicionário Gáucho

Quando Saí de Porto Alegre aos 19 anos achava que em todo o mundo, ou pelo menos em todo o Brasil, falávamos do mesmo jeito. Mas, chegando a São Paulo fui surpreendida pelo meu próprio dialeto. Porque quem é gaúcho, ou conhece alguém, ou já teve algum tipo de contato sabe que usamos muitas gírias no nosso dia-a-dia, bem como os baianos, os mineiros, os cariocas e todos os outros estados. Porém, até nos deparar com outra cultura, achamos que falamos todos a mesma língua.

Era só eu abrir a boca para dizer “oi” e já sabiam que eu era gaúcha. Até uma simples pergunta era motivo de embaraço: - Por favor, onde fica a parada do ônibus? A pessoa me encarava como um extraterrestre e respondia: - Parada? Que parada? Eu ainda mais atordoada com a pergunta respondia: - Como assim que parada? Aquele lugar que o ônibus PÁRA pra gente entrar ou descer. Aí, com algumas risadas a pessoa entendia e me respondia: - Ah sim, o ponto do ônibus fica logo ali.

O que para mim parecia uma coisa óbvia e banal, para os outros era uma novidade. A única coisa que saí de casa sabendo é que não podia pedir na minha gíria gaúcha pão. Já pensou eu pedindo um “cacetinho” na padaria? Não ia pegar nada bem! Um dia, no supermercado, ouvi o locutor interno anunciando uma promoção relâmpago: - Muito bem... Vocês não podem deixar de aproveitar: O kilo da mexerica caiu para R$ 0,01. Eu corri atrás do povo para ver o que se tratava e me decepcionei ao ver que a tal mexerica era a simples “bergamota”.

E assim foram com muitas coisas... Desde o brigadeiro que chamamos de “negrinho” até pronomes e verbos que só um gaúcho reconhece. Você acha que estar “atucanado” é normal para todo mundo? “Capaz”! Essa palavra só existe no nosso dicionário.

Aos poucos fui aprendendo a decifrar a gíria deles e já cansada de explicar tudo que eu falava comecei a falar igual ao lugar que estava. A questão é que inverti o problema e todas as vezes que chegava a Porto Alegre falando os meus “vocês” era vítima de piada entre a família: - Essa aí já virou paulista, perdeu as origens. O que eles não entendiam é que eu precisava sentir-me ambientada onde morasse. Não perdi certamente meus costumes, mas aprendi que outra cultura também é importante viver.

Depois de morar em São Paulo muitos anos fui morar em Santa Catarina e lá tudo era mais fácil. Volta e meia me esbarrava na rua com uma “guria” ou “guri” e o meu “tu” era tão normal quanto qualquer outro pronome. A única coisa que não assimilei naquelas bandas era chamar a “sinaleira” de “sinaleiro”, mas precisei aceitar numa boa... Afinal, toda cidade tem suas maluquices... Nós sabemos bem disso!

Há pouco tempo estou morando no Paraná e se vê muitos, mas muitos gaúchos por aqui. Algumas gírias são bem comuns e nos entendem fácil, mas fui surpreendida dia desses quando um guincho estava rebocando o meu carro. Fui falar para o funcionário da empresa que o barulho que ele estava ouvindo era da “surdina” do carro que estava furada. Ele imediatamente caiu na gargalhada e eu tão logo me lembrei que não estava em casa: - Pois é engraçado né! Eu quis dizer que o escapamento está furado. Ele continuava rindo e não acreditou que chamávamos o escapamento de “surdina”. Então, para aproveitar a descontração disse que existia muitas outras palavras que ele acharia engraçado. Ele duvidou, então falei: - Olha só, lá em Porto Alegre se acontece uma batida de carros, você diz que houve uma “pexada”. Ele realmente não acreditava que podia ficar melhor. Despediu-se de mim e do meu carro roxo de tanto rir e eu, mesmo acostumada com isso, não entendendo o porquê de tanta risada.

A verdade, é que mesmo longe por muitos anos da capital, às vezes esqueço que algumas palavras não são de entendimento de todos. Sabe aquela frase que diz que você pode sair de um lugar, mas dificilmente o lugar vai sair de você? É justamente isso... Minhas gírias sempre farão parte da minha vida e dos meus dias. E acho isso maravilhoso... É uma forma de poder me sentir em casa... De carregar os pampas sempre ao meu lado! Os contratempos e os embaraços fazem parte da jornada. Não me preocupo mais tanto em ser entendida... Do mesmo jeito que preciso assimilar a cultura de outro... O outro também pode aprender a minha!

# Este texto foi publicado no portal www.dentrodobairro.com.br.

Bjus... Ótima semana! Um beijo especial a todos os gaúchos que amanhã comemoram a Revolução Farroupilha... A todos que tem orgulho de ter nascido nessa terra maravilhosa, assim como eu!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

MODERNINHA

Fico impressionada com o tanto de tecnologia que nos cerca. E acho isso fantástico, porque facilitou a nossa vida em muitas coisas. Nossa vida era legal sem tudo isso; divertíamos-nos e éramos felizes, mas porque passar trabalho quando tudo pode ser menos complicado¿ Tudo bem que usar essas tecnologias com más intenções também é uma complicação que não tínhamos há anos atrás, mas geralmente o bom sempre vem acompanhado com o mal. A gente escolhe o que fazer!

Se eu não me engane, o primeiro telefone lá em casa apareceu quando eu tinha uns 13 ou 14 anos. Lembro que meu presente de aniversário de 15 anos foi um micro system com cd. Imagina isso! Estávamos dando adeus para o vinil e descobrindo esse disquinho que faz milagres! E nem to falando no DVD... Lembro-me que já era casada quando comprei.

Meu primeiro aparelho celular, se é que podíamos chamar de tal, pois mais parecia um “orelhão de bolso”, eu já tinha 18 anos. Herdava do meu irmão os modelos que ele ia trocando. Agora você entra numa escola e 90% das crianças com 10 anos e ás vezes até menos já tem um celular pendurado na cintura. Aliás, ninguém mais usa celular preso no cinto...

Quando comecei a trabalhar também aos 18 anos juntei dinheiro para comprar meu primeiro computador. Nossa... A internet era discada e eu precisava pagar a conta do telefone para o meu pai. Mas foi maravilhoso descobrir o ICQ e digitar os meus trabalhos da faculdade em casa. O lance do e-mail era complicado. Você pagava um provedor para ter acesso à internet e ganhava uma conta de e-mail.

Hoje, nossos filhos já nascem segurando um mouse, uma câmera fotográfica digital e se duvidar já fazem parte de todas as redes sociais. Nasceram numa época em que a tecnologia nos torna dependentes dela e mesmo se você não gosta de usar, ás vezes se obriga a encarar, porque sabe que vai te aproximar de algo ou de alguém. Eu que moro longe da família, por exemplo, não vivo sem o MSN e a minha câmera no computador. É a maneira mais rápida e barata que tenho para me comunicar.

Eu sou uma viciada em internet assumida. Amo demais toda a facilidade que ela me proporciona. Diariamente ela me ajuda a encontrar endereços, serviços e lazer. Como disse no início deste post, se usada com inteligência e cuidado, pode se tornar uma grande amiga. Não que você deva ficar somente em frente ao seu computador... A vida certamente é muito mais que isso, mas quando estamos em casa ela quebra o maior galho. Acho até que gosto mais do meu “modem” do que de chocolate. Porque posso viver sem o doce, mas não posso ficar desconectada com o mundo.

Agora você nem precisa mais estar em casa para acessar o mundo virtual. É só ter um bom pacote de internet para celular ou um aparelho com disponibilidade de conexão wi-fi. Hoje, muitos lugares oferecem esse recurso e você pode aproveitá-lo de graça! Sem falar nos I-pods, notebooks e muitas outras novidades... E muitas facilidades de compra que precisamos admitir melhoram muito de anos atrás. E viva o carnê! Mas cuidado: Se somarmos todas as pequenas prestações que assumimos, no final da conta, teremos um grande rombo no nosso orçamento!

A tendência é que essa febre acelerada por tecnologia aumente. A cada instante novos produtos são lançados e criados para dar-nos comodidade. Vale ressaltar que ainda é muito importante o olhar nos olhos do amigo e o contato físico de um beijo e de um abraço que o computador não pode proporcionar. Aproveite sim tudo de bom que ele oferece... A oportunidade de encontrar pessoas que você não vê há muitos anos; parentes que moram longe, construir novas amizades... Eu gosto da modernidade e de tudo que ela me ajudou. Pra mim agora só falta eliminarem os pratos e os talheres... Virar tudo descartável... Porque a máquina de lavar louça ainda não supriu a minha necessidade... Eliminar o ferro de passar e tirar a roupa da máquina já passada... Quem sabe um dia eu veja tudo isso virando realidade!

Bjus!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pra Passarinho Nenhum Duvidar!

Hoje, ainda de pijama, descendo a escada da minha casa me assustei com uma visitinha ilustre. Um lindo passarinho perdido no meu tapete. E não era um desses pequenos... Ele era bem grande por sinal... Na verdade, quem tomou um susto foi ele quando me viu e bateu suas asas até a cozinha sendo barrado pela janela. Quanto mais eu me aproximava, mais ele se debatia. Eu tentei abrir a janela e pude sentir seus olhos preocupados com os meus movimentos. Num vôo lindo e rasante ele achou a porta, por onde certamente havia entrado, e saiu voando sem nem dar tempo de eu ver para onde.

Subi correndo para contar para o Marcelo e perguntei assim: - Será que passarinho dentro de casa quer dizer sorte? Ele me olhou e respondeu: - Não, só quer dizer que o passarinho boca aberta se perdeu dentro da nossa casa!

É claro que não consegui esconder a risada, mas preferia muito mais acreditar que a visita dele era para trazer sorte e boas notícias á minha casa. E não é que trouxe! Hoje o meu pai me ligou confirmando a presença da minha mãe aqui em casa para o aniversário da Mari. E, para mim e para a Mari essa é uma ótima notícia.

Tudo bem que o passarinho deixou umas lembrancinhas no meu piso... Acho até que ele estava com dor de barriga, tamanho o estrago que eu precisei limpar. Mais uma vez perguntei para o Marcelo: - Será que cocô de passarinho quer dizer dinheiro á vista? Ele novamente me olhou e disse: - Dinheiro da onde? Nunca jogamos na loteria e herança só se aparecer um parente do nada!

Nossa... Não tem jeito mesmo... Eu tentando enxergar o lado positivo dos acontecimentos e o Marcelo tentando ser realista. Tá certo que a gente precisa ter os pés no chão, mas não vai matar ninguém acreditarmos que algumas coisas são como sinais nas nossas vidas. Prefiro  muito mais acreditar nas boas vibrações da natureza; no envio do passarinho a minha casa do que simplesmente duvidar da sua energia. Ainda mais em plena segunda feira... Depois da minha insônia da madrugada... Depois de tudo de bom e de ruim que reinicia junto com a semana... Romantismo? Pode ser... Que mais passarinhos posem por aqui me trazendo pensamentos positivos. Porque acreditar no melhor só nos impulsiona a fazer o melhor...  Mas, por favor, queridos bichinhos: Minha sala não é banheiro não!

Bjus... Boa semana!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Duelo de Titãs

Andei pensando nesses últimos dias em como as rivalidades são perigosas, mas importantes também no nosso cotidiano. Em muitas cidades há disputa pela preferência de times, mas desconheço povo tão fanático por essa rivalidade que o gaúcho.

Meu pai, colorado de carteirinha, assim como o meu irmão, diz que virei gremista porque nasci nos anos dourados do Grêmio. Eu era muito pequena para entender, mas foi um pouco antes de 1983, quando o Grêmio se consagrou Campeão do Mundo que eu nasci. Pode sim ter influenciado minha decisão, mas a escolha de um time vem sempre do coração. Uma vez escolhido, não há nada nem ninguém que vai conseguir distanciar você da sua paixão. O meu pai não conseguiu... Salve então a rivalidade dos “Ferreira” lá em casa!

O Inter também teve seu reinado no meio dos anos 70 e início dos 80, com jogadores convocados para a seleção brasileira e no topo do ranking nacional. Lembro-me do meu pai sempre falando do seu inter e seu “Rolo Compressor”. Lembro-me também no auge dos meus 17 anos do apogeu do Grêmio com a conquista do Brasileiro e da Libertadores da América. Uma fase histórica para mim e para todos os tricolores!

Depois de alguns anos os dois, Grêmio e Inter adormeceram. Vi meu time cair para a segunda divisão e voltar para os grandes bravamente. Vi o colorado despontar novamente e viver até hoje fases belas e equilibradas. O time da Beira-Rio se organizou. Já algum tempo consegue arrecadar e manter sua força. O tricolor ainda não se encontrou. Tivemos alguns bons momentos, mas ainda nos falta recuperar o brilho da nossa grandeza. Nunca fomos um time de estrelas; nunca desfilamos técnicas elevadas, a não ser quando apresentamos o Ronaldinho Gaúcho para o mundo... Mas ainda prefiro as cabeçadas do Jardel, os passes do Paulo Nunes, os chutes do Dinho e a liderança do capitão Adilson.

No último final de semana o duelo mais esperado de Porto Alegre aconteceu. Alguns, inclusive gremistas, apostavam na vitória certa do Internacional. Outros já sabiam das surpresas do clássico. Ouvi muitas pessoas falando em sorte. O jornal de maior veiculação da capital escreveu que o Grêmio ganhou “no grito”; na conversa de Celso Roth com os jogadores na preleção. Eu não sei... Mas quando essa dupla divide o mesmo gramado, mesmo em disputas menores como o Gauchão, ou em partidas simples pelo brasileirão... Eu vejo em campo verdadeiros tigres! Eu vejo o meu time se superar e vestir a força da sua camisa.

Sim, ainda estamos no final da tabela do campeonato nacional, mas quando entramos em campo sustentados pela rivalidade não perdemos a garra. Com certeza é essa rivalidade que mantém Grêmio e Inter soberanos. Não importa quem vença mais partidas ou campeonatos. Para o torcedor, para os seus admiradores, seremos sempre Vitoriosos... Não interessa se você veste vermelho ou azul... O importante é que você vista a sua camisa e lute por ela!

# Este testo foi publicado no portal www.dentrodobairro.com.br.

Bjus!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Detalhes de nós dois!!!

É tão fácil entender uma mulher!!!



Eu recebi esse e-mail do meu marido e não entendi a indireta. Na verdade, já falei o quanto somos "complicadas e perfeitinhas" e não pude deixar de rir depois de ler essas tirinhas. Eu confesso que os homens em alguns momentos são verdadeiros heróis por aguentar as nossas "maluquices".

Recentemente vi uma propaganda da Havaianas na qual o homem simula uma crise de TPM para a mulher e esta fica sem entender a atitude dele. Para explicar ele diz que queria que ela sentisse o que ele sente todas as vezes que ela está na TPM.

Acho que é da nossa natureza mesmo complicar tudo. Ser essa mistura de euforia e choro fácil no mesmo minuto. Reclamamos pela falta ou pelo excesso... Queremos tudo e nada... Somos lindas e feias num piscar de olhos, ou num impulso depois de devorar uma barra de chocolate.

Sim, somos difíceis de entender, mas já sabemos que á séculos vocês homens não vivem sem a gente... Os nossos defeitinhos equivalem a todos os que vocês também têm... Sabe aqueles? Nunca achar nada nos armários, porque nunca procuram, a não ser que esteja na altura dos olhos... Deixar tudo espalhado pela casa... Se achar dono do controle remoto... Não entender o por quê de um sapato ser tão importante...  Esquecer de datas... Não reparar em mudanças... Esquecer de baixar a tampa da privada... Deixar a pia toda molhada... E muitas outras coisinhas...

Mas também aceitamos e relevamos muitos deles só pelo fato de também não vivermos sem vocês. Vamos combinar uma coisa então: Ninguém nessa vida é perfeito! Podemos melhorar e aprender com os nossos erros. Enquanto estivermos dando risadas dessas situações estará tudo certo. Se começar a nos  incomodar... Procuremos outro parceiro ou outra parceira... Porém, lembre-se que a maioria dos defeitinhos ainda estarão lá!

Bjus!!!












terça-feira, 6 de setembro de 2011

Azul, branco, verde e amarelo

Foi bonito hoje pela manhã ver a Mari me enchendo de perguntas sobre os índios. Acho que em função do dia 7 de setembro eles estão vendo na escola algumas coisas sobre o Brasil. Ela me olhou bem séria e disse assim: - Mãe, tu sabia que nós somos índios? Só que somos um pouco diferentes daqueles outros que andam com pouca roupa... Nós temos muita roupa, né mãe! Eu obviamente não resisti e caí na risada.


Até tentei dar uma explicação bem simples sobre a colonização do país e na presença dos índios... Mas parece que esse assunto para uma criança de quase cinco anos é tudo, menos simples. Depois desse episódio só a via em frente ao espelho vestida de verde e amarelo, pedido da escola que hoje realizará um desfile com a garotada. Volta e meia ela olhava para a sua camiseta e dizia: - Mãe, aqui tá está escrito Brasil, eu sei...

Ver a minha filha assim, tão empolgada com o fato de ser brasileira, associando as cores da bandeira e descobrindo a história do país que nasceu, me fez refletir o quanto esquecemos nosso patriotismo e só o invocamos em olimpíadas e copas do mundo. Com certeza o esporte aproxima esses valores e é impossível deixar de lembrar á 17 anos atrás quando um Silva, piloto brasileiro de fórmula 1 recebia uma bandeirada e trocávamos o hino do Brasil pela sua música da vitória.

Ver a nossa bandeira tremulando no ponto mais alto do pódio, pelo menos na fórmula 1, depois da morte do Senna, é muito raro. Aliás, até no futebol que éramos imbatíveis não estamos mais conseguindo ecoar o nosso hino. O que não podemos negar é a emoção que bate bem lá dentro do coração quando nossos ouvidos identificam a primeira estrofe:

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas... De um povo heróico o brado retumbante... E o sol da liberdade em raios fúlgidos... Brilhou no céu da Pátria nesse instante... Se o penhor, dessa igualdade... Conseguimos conquistar com braço forte... Em teu seio, ó liberdade... Desafia o nosso peito a própria morte... Ó Pátria amada, idolatrada, salve salve!”

E tem muita gente que não sabe a letra desse canto. Eu, aliás, me confundo em várias partes. A única certeza é que passam anos e ele nunca parece ultrapassado... É o retrato nu e cru de um povo que não abandona a luta. De contrastes de uma terra linda, rica e poderosa que acolhe pobreza, corrupção e tragédias.

Mesmo assim continuamos exaltando essa terra gigante ou de gigantes que lutam para viver melhor. Foi no esporte que encontramos o significado mais puro de honrar uma bandeira e se orgulhar de uma nação. Talvez seja por isso que todas as vezes que o Ayrton cruzava a linha de chegada e esperávamos mais pelo tema da vitória do que o hino em cima do pódio. Ele conseguia com seu Tã tã tã... Tã tã tã... Resumir os dois hinos em um só... É como se estivéssemos dizendo para o mundo que ser brasileiro é ser um pouco do SENNA: Exemplo de garra, determinação e superação!

Talvez amanhã então a gente se pinte de azul, branco, verde e amarelo e lembre de tudo que nos orgulha nesse país. Ainda continuaremos a lutar contra tudo que nos arromba, mas levaremos para sempre a certeza que somos parte de um brasão. Só depende de nós mesmos exaltar esse direito... O direito de ser brasileiro! Tornando os seus filhos cidadãos de bem, estará transformando o Brasil num país DO BEM!

E já que faz parte do nosso orgulho brasileiro lembrar dele, o SENNA, que sempre foi o nosso maior exemplo de patriotismo... Hoje, em homenagem a nossa independência quero enaltecer o nosso segundo hino... O tema da vitória...



Bom feriado... Bjus!

domingo, 4 de setembro de 2011

Sensações

Hoje eu vou tomar emprestado a letra da música Sensações da cantora Paula Fernandes para fazer dela também as minhas palavras... Esse turbilhão de sensações que habitam em mim e em você... Em diversas faces e sentimentos que nos transformamos, amamos e vivemos nossos dias. Em toda essa loucura que voa nossos pensamentos e nossas emoções. Na mutante arte da vida de sofrer, sorrir e continuar em frente...

"Eu me perdi, perdi você... Perdi a voz, o seu querer... Agora sou somente um, longe de nós, um ser comum.
 Agora eu sou um vento só a escuridão... Eu virei pó, fotografia... Sou lembrança do passado...   Agora sou a prova viva de que nada nessa vida é pra sempre até que prove o contrário.
Estar assim, sentir assim... Um turbilhão de sensações dentro de mim... Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço... Eu te cavalgo embaixo do cair da chuva eu reconheço.
Estar assim, sentir assim... Um turbilhão de sensações dentro de mim... Eu me aqueço, eu endureço, eu me derreto,eu evaporo... Eu caio em forma de chuva, eu reconheço, eu me transporto.
Agora eu sou um vento só a escuridão... Eu virei pó, fotografia... Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva de que nada nessa vida é pra sempre até que prove o contrário.

Estar assim, sentir assim... Um turbilhão de sensações dentro de mim... Eu me aqueço, eu endureço, eu me derreto... Eu caio em forma de chuva... Eu reconheço"

Segue o vídeo da música...

Bjus!!!


sábado, 3 de setembro de 2011

Sou parte de onde?

Ontem fui até Joinville e pude rever amigos e matar a saudade do que sinto mais falta hoje: Me sentir parte! Todo início de mudança é assim... Sentir-se pouco em casa. Aos poucos o ritmo da cidade vai tomando conta da gente... Nos transformando em membros do lugar. Mas tudo é muito lento... Devagar construimos uma história.

Ao chegar em Joinville me lembrei de todo o começo lá, todas os momentos que me fizeram viver a cidade e criar vínculos. Bateu aquela nostalgia... Aquela vontade de trazer todos comigo. Passar pelas ruas que andava todos os dias... Rever as pessoas que também todos os dias cruzavam o meu caminho. Sentir a voz e o abraço dos amigos que fazem muita falta.

É como se de algum modo nunca tivesse saído. A cidade continua pulsante sem a minha presença. Tenho certeza que deixei por lá as minhas pegadas, marquei algumas pessoas e que tudo sempre fará parte da minha jornada. Foi somente uma visita...Um dia curtindo a cidade que se diz grande, mas vive plenamente o interior. Com muita sorte fomos recepcionados com muito sol, artigo de luxo para quem conhece o clima da região. No final da tarde, já cansados, por mais que tivéssemos adorado o passeio, queríamos voltar para a casa. Para esse lugar que mesmo novo, é o nosso lar.

Foi mesmo ótimo poder reviver tempos passados e voltar para Curitiba, voltar para o presente sabendo que também aqui esse sentimento surgirá. Que á medida que o tempo passa vamos descobrindo pessoas e lugares. Que em breve me sentirei parte atuante de tudo que acontece por aqui. Na verdade, já me sinto, mesmo que pouco, parte daqui. Já vivo os dias com propriedade... Só falta construir os laços... Fazer amizades. O importante é saber que dia a dia vamos doando um pouco de nós e colhendo a energia da cidade: O bom e o ruim; o bonito e o feio... Pegamos o que queremos e descartamos o que não importa. Com paciência chegamos lá!

já são muitas mudanças... Fazer parte de algum lugar sempre foi o meu maior desafio. Por questões familiares, de nascença e de muita admiração, Porto Alegre sempre será o meu lugar... É lá que me identifico, me apego e me emociono... Mas, enquanto eu vivo em outras paradas, é por aqui que preciso me encontrar... É por aqui que preciso me entregar e desenhar os meus dias. O que acontece hoje não pode passar desapercebido. O futuro é importante, desde que levemos na bagagem histórias sólidas de tudo que vivemos!

Até!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Apaixone-se!

Acho que todos os dias a gente se apaixona e desapaixona-se por alguma coisa ou por alguém. Dependendo do nosso humor nós realizamos coisas corriqueiras que adoramos com um tremendo desgosto. Por outro lado enxergamos em ações ou em pessoas que nunca valorizamos a oportunidade de um dia feliz. De uma vida, quem sabe!

A gente acorda super motivado a dar o melhor no trabalho; bate o cartão do ponto sabendo que nasceu para realizar determinada função. O sorriso no olhar do seu cliente é a prova que você ama sua profissão.

Você adora dirigir. É mais que uma terapia na sua vida, porém ficar parado uma hora no trânsito caótico da sua cidade o faz querer abandonar a sua máquina e seguir caminhando. Bem como o gosto que você tem pelo chocolate, mas não pode nem sentir o cheiro dele depois da dor de barriga na última madrugada.

Você preparou o jantar, fez tudo o que o seu companheiro mais gosta. Está perfumada e radiante só para fazer um agrado. O telefone toca e o seu amor do outro lado da linha diz que vai jogar futebol com a galera do escritório. As flores da mesa voam na parede e você nem consegue acreditar que 5 minutos atrás faria qualquer coisa por essa pessoa.

Na hora do almoço você dá uma chance de sentar ao lado daquela colega que você não tem muita empatia. Alguns minutos de conversa e você vê nela o potencial para uma amiga de verdade. Descobre que tem mais coisas em comum do que as outras colegas que estão sempre ao seu lado.

O seu cachorro de estimação já o acompanha por mais de uma década. É seu parceiro fiel, parte da sua família. Numa noite de muita chuva e de muitos trovões ele, com medo, chora e uiva durante toda a madrugada. Sua insônia quase o leva a mandá-lo para um abrigo de animais sem nem lembrar a importância que ele tem nos seus dias.

E assim somos com muitos momentos na nossa vida. Encaramos a mesma situação com sentimentos diferentes: Numa hora amamos demais, em outra não podemos nem pensar. Alternamos emoções e nos surpreendemos com a nossa própria capacidade de perdoar, recomeçar e avançar nas nossas escolhas.

Tudo está diretamente ligado ao nosso “estado de espírito”, a maneira como a cada manhã levantamos da cama e nos mostramos para o mundo. A forma como queremos ser tocados... Apaixonar-se está aí. Na forma como nos abrimos para sentir o melhor. Pode ser que a paixão seja passageira... Ou dure mais tempo que você tenha planejado. Aliás... Para apaixonar-se não dá para fazer planos.

Apaixone-se! Pelo seu emprego, pelo seu namorado, pelos seus amigos, por tudo que você esteja interessado em viver e compartilhar. Em alguns momentos você viverá situações difíceis. Elas te ajudarão a encontrar somente o que lhe interessa. Apaixona-se por tudo que o torne melhor. O que te acrescenta, estimula e te eleva. Apaixona-se por você! Por suas atitudes de bom coração, pela pessoa cheia de valores que escolheu ser. Apaixona-se mais que se desapaixone. Apaixone-se pela vida... Sempre!

Bjus, bjus!