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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Onde você se esconde?

Você costuma dizer tudo o que pensa ou mede as palavras? Você coloca a sua cara a tapa ou se preserva das intempéries? Talvez você não seja a pessoa mais transparente do mundo, mas já se perguntou se não está se escondendo atrás de você mesmo? De suas potencialidades, de suas aventuras, das suas tristezas, dos seus fracassos, da vulnerabilidade da sua existência?


Temos a tendência de deixar portas entre abertas para não sermos invadidos e machucados por pré-julgamentos e falsos moralismos. Porém, quando não abrimos as portas estamos deixando para fora nossa espontaneidade, os imprevistos e a naturalidade das descobertas. Escondemo-nos através de lentes ofuscadas porque temos medo. Preferimos enxergar pouco e embaçado a expor nosso interior. Preservamos demais a nossa imagem e o nosso coração e ficamos meio duros, sem ritmo... Sem alma. Vamos desgastando a nossa essência, tudo aquilo que nos torna únicos e especiais.

Se você estiver preparado para mostrar-se faça agora. Não espere um sinal nem o dia perfeito. A busca da plenitude começa hoje no momento em que você abriu os olhos e foi presenteado com os primeiros raios de sol. Ainda a tempo de respirar fundo e descobrir-se em você mesmo. De levantar a cabeça e se olhar no espelho. De limpar as lentes e enxergar a si e ao mundo de frente.

Esconda somente a sua meia furada, a sua foto de dez anos, a sua calça boca de sino, o seu vinil do “Lokomia”, a sua vergonha. Apareça e não viva com o freio de mão puxado... Viva simplesmente! Encare os desafios, ultrapasse os contratempos e acredite que nus ou vestidos estaremos sempre expostos.

# Este texto foi publicado ontem na minha coluna COTIDIANO no portal http://www.dentrodobairro.com.br/.

Até a próxima!

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