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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Namoramento

    Há algum tempo atrás vi uma reportagem na televisão sobre namorados que vivem praticamente como casados, mas cada um morando na casa de seus pais. Eles dormem um na casa do outro, compartilham refeições, até um lugarzinho no armário para seus pertences. Batizou-se como Namoramento. Bem como a palavra indica, um namoro com jeitinho de casamento.


Com vários exemplos na minha família, achei a matéria interessantíssima e consegui entender melhor o fato de que ao evoluirmos nas relações, nossa cabeça e nossos conceitos também precisam ser atualizados. Foi-se o tempo em que os casais namoravam somente nas quartas feiras - O famoso dia do sofá - e nos finais de semana. Ainda sou adepta de que tudo precisa de ordem e limite, até porque, como diria o meu pai, a sua casa não é hotel, mas algumas mudanças foram necessárias nos namoros de hoje.

Não há como impedir os jovens de aproveitarem aquela que é a mais bonita e empolgante das épocas. O grande amor e a grande descoberta de que o coração pode bater mais forte e acelerado. Não há como nos prendermos em anos atrás e querer que eles não acompanhem o seu tempo e a sua rapidez. Sim, eles são rápidos, ligeiros e vorazes por novas experiências. O trabalho mais uma vez é dos pais. Não de impedir o crescimento e as descobertas, mas de orientá-los para a maneira mais correta, mais responsável. Essa é a palavra: RESPONSABILIDADE. Quer namorar? Quer casar? Seja responsável por suas atitudes e por suas conseqüências...

Pensar em segurança numa época tão violenta é um ponto a favor do namoramento. Permitir que o casal passe mais tempo embaixo dos olhos é um fato tentador. A experiência adquirida também. Conhece melhor o parceiro ou a parceira antes de dizer sim no altar. Ou não precisa subir no altar... Coloque tudo dentro da mala... Troque a aliança de compromisso por uma dourada na mão esquerda e “voilá”: Estão casados! Eu sou adepta a uma bela celebração de amor. Não precisa ser na igreja, mas acho bonito guardar o momento. Se você não dá a mínima bola para o vestido branco e todas as outras frescurinhas, é só sentir-se casada e pronto. Vale aqui ressaltar que não tive a minha cerimônia respeitando o pensamento do maridão que não curte as frescuras. Tudo bem... Um ponto a menos pra ele... Rsrsrsrsrsr

Por todas essas observações posso dizer que apóio o namoramento, mas deixo algumas ressalvas obviamente. O compartilhamento cedo de rotinas é importante para tomar uma decisão futura mais madura, mas também acredito que o melhor do namoro é não ter tantas responsabilidades rotineiras. É ótimo estar sempre pertinho do namorado, mas é melhor ainda sentir a saudade e viver as coisas boas que um relacionamento fora do casamento permite. Claro, vocês respeitarão um ao outro, serão fiéis, farão várias coisas juntos. Mas depois, cada um volta para o seu mundo, para as suas preocupações individuais.

O meu “post” de hoje então é dedicado a todos os namorados que estão aí vivendo o grande amor. Vivam o amor, curtam a sua idade, o seu romance, as novas aventuras e descobertas. Saiam bastante, viajem, aproveitem o escurinho do cinema. E se optarem pelo namoramento, ótimo, saibam conviver já com o desgaste normal das relações. Se preferir, pode deixar a escova de dentes no banheiro, mas continue sendo visita na casa de seu parceiro.

Um beijo cheio de coraçãozinhos....

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