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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mulher Maravilha

“Mulher vou dizer quanto te amo, cantando a flor que nós plantamos que veio a tempo, nesse tempo que carece dum carinho, duma prece, dum sorriso, dum encanto...!”.


Chico Buarque ao cantar essa canção me remete há um tema corriqueiro, já gasto, mas nunca esquecido. Mulheres que evoluíram, aprenderam, gozaram experiência, encantam e ingenuamente seduzem. É sim... Nós mulheres crescemos, conquistamos espaços, mas continuamos dengosas e sensíveis. Ainda me surpreendo com a incrível capacidade feminina de realizar mil coisas ao mesmo tempo. De virar-se em duas, três, se necessário. De tomar decisões rápidas, (A não ser que seja a escolha de um sapato), de encontrar uma solução para todos os problemas da casa, do trabalho, dos filhos e de tudo que a cerca. O instinto maternal nessas horas é aflorado e criamos asas... Colocamos tudo debaixo dela e tentamos voar novamente.

Com o tempo a mulher aprendeu a dizer não. Permitiu-se escolher desafios e tudo aquilo que lhe dá prazer. Continuamos sendo despachadas deixando tudo em ordem em casa, revisando os temas escolares, supermercado, banco e todas as outras atividades rotineiras. A diferença é que agora também nos dedicamos a nós mesmas. Cuidamos do nosso corpo, da nossa saúde, da nossa auto-estima. Nós buscamos informação, cultura, divertimento. Estamos online com o mundo e preocupadas com o seu futuro.

Mesmo assim, mesmo desacorrentadas da dependência masculina ainda gostamos de receber flores sem uma data especial, um recadinho no espelho do banheiro, um telefonema no meio do dia. Somos duronas e corajosas, mas nos derretemos por um convite ao cinema. Somos mandonas, perfeccionistas e exigentes com tudo. É por isso que, de repente sejamos tão duras com nossos parceiros. Queremos o melhor, queremos a entrega por inteiro.

Talvez ainda precisemos reformular algumas características. Falta-nos aprender que nem sempre resolveremos tudo e que, mesmo errando estamos tentando acertar. As mulheres esperam demais de si mesmas. Por um lado é o gás necessário para as portas continuarem se abrindo, mas, por outro, a possibilidade de viver menos plenamente. É de fundamental importância esquecer alguns estereótipos e enxergar nossas próprias qualidades. Algumas mulheres esperam tanto o reconhecimento do outro que se esquece de valorizar-se primeiro.

Então, você mulher continue desbravando novos horizontes e galgando novas conquistas, mas não se esqueça da essência de ser mulher. Da sua leveza, da sua delicadeza, da grande capacidade de enxergar por cima das barreiras. Seja firme... Coloque o salto alto no pé, mas não tire o lençinho de dentro da bolsa. Caminhe na direção dos seus sonhos e deixe vez ou outra, as lágrimas invadirem seu coração... Já somos mulheres, não precisamos ser super poderosas...

# Este texto foi publicado hoje no portal http://www.dentrodobairro.com.br/ na minha coluna COTIDIANO!

Bjus, até a próxima!

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