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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Desastrada, eu? Capaz!

Eu admito: Sou uma pessoa desastrada! Até antes da Mari nascer vivia caindo de cima das minhas plataformas... Tropeçar então! Sempre fui um pouco “estabanada” e ligeira... Nunca faço as coisas com calma... Sempre acelero o passo ou as idéias.

E toda essa minha “aceleração” já me causaram alguns desastres épicos. Como, quando namorava o Marcelo e saindo do apartamento de alguns amigos, a luz do corredor apagou e senti meus pés enrolarem... Só deu tempo de dizer: “Acho que vou cair”... E caí... Um lance de escada inteiro. Quando acenderam a luz lá estava eu amontoada num canto dando risada. Mas a culpa não foi minha... Foi do sapato com salto muito alto!

Outra vez, nas férias do verão de 2010 no dia 02 de janeiro, logo após a virada, estávamos eu, Marcelo e Mariana na praia de Ararurama, no Rio de Janeiro, quando chegamos no hotel e eu me ofereci para tirar as malas do carro. O Marcelo me deu as chaves e bem tranqüila abri o porta malas e comecei a tirar tudo. Como não tinha bolso na roupa, a desastrada aqui resolveu apoiar a chave dentro do porta malas. Resultado: Eu bati a porta e a chave ficou presa lá dentro. Como não havia destrancado as portas dianteiras tremi só de pensar em tudo que eu teria de explicar e ouvir principalmente.

Na verdade, não ouvi muito, a cor da careca do Marcelo já apontava a fúria dele. Estávamos em uma praia que não conhecíamos, já noite, famintos e em pleno feriado. Conseguimos um número de chaveiro na recepção e até eles conseguirem arrombar o carro foi mais de 1h. Primeiro tentaram abrir a porta do motorista, para destrancar o porta malas... O Marcelo não curtiu muito a idéia e ele estava completamente certo: Arranharam toda a trava da porta e o insufilm do vidro. Depois, de tanto o Marcelo pedir o chaveiro arrombou o porta malas... Aí sim, 5 minutos e tudo resolvido. É claro que gastamos uma graninha para pagar o serviço e depois para trocar a trava e o insufilm. Mas a culpa também não foi minha... O Marcelo que devia andar com a chave reserva!

E já foram muitas outras situações. A mais recente foi deixar a Mari trancada no carro na garagem de casa. Porém, dessa vez a culpa não foi minha mesma. A coloquei no cadeirão e quando fui fechar a porta, a chave quebrou. Como todos os vidros estavam fechados, bem como a porta do motorista, precisei me acalmar para conseguir tirá-la de lá. Foi questão de alguns minutos tirá-la, mas para mim parecia uma eternidade. Eu estava tão nervosa que passava para ela esse nervosismo. Por que a alternativa mais rápida era fazer que a Mari destravasse o cinto sozinha e abrisse a porta da frente, do carona. Como a trava do cadeirão é muito difícil de abrir, precisei me acalmar e conversar com ela pausadamente. Ela entendeu que precisaria passar as pernas pelo cinto e sair por cima dele, pois não teria força para abri-lo. A minha princesa, muito corajosa, passou uma perna de cada vez e conseguiu ir até a trava da porta. Abriu e toda orgulhosa me disse: - Viu mãe, eu consigo!

Atrapalhadas e imprevistos a parte, esse é o meu jeito de ser. O tempo já me ensinou a ser mais contida, menos espalhafatosa e um pouquinho menos desastrada. Mas o que eu posso fazer... Não tenho culpa que tudo fique na minha frente e atrapalhe a minha trajetória. Eu ando pelo caminho correto... O caminho, que às vezes, me tira da direção certa.

Bjus...

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