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sábado, 9 de abril de 2011

Desabafo!

Essa semana, depois do acontecimento triste no RJ, me senti um pouco pesada, triste e até desesperançosa. A gente sabe que a vida precisa seguir a diante, que a gente tem que olhar nos olhos dos filhos e deixá-los viver sem prendê-los dentro de casa e rezar que tudo dê certo. Rezar para que estejam protegidos e amparados, mas é impossível não se abalar.

Até o sol que perdurava por aqui como um milagre cedeu hoje lugar para as nuvens e a chuva. O ano tá começando meio turbulento, meio estranho. Ainda não perdi a minha alegria no mundo e nas pessoas, mas fatos como esse me fazem dar um passo para trás. Faz todos nós como civilização, como país dar um passo para trás.

Eu sei que não posso colocar toda a minha esperança nos ombros de um covarde que tirou a vida de inocentes crianças, que destruiu lares e sonhos. O que eu posso é lembrar que não quero para os meus filhos a mesma atitude dele. Ainda há muita gente nesse mundo capaz de ser totalmente contrário ao exemplo que vimos pela televisão. De gente que se doa para as crianças, as educa, as alimenta e as encoraja a crescer nobres de alma, de caráter e de coração.

Tem muita gente que se preocupa com o país, com o futuro dessa nação que às vezes descontrolada nos entristece, nos decepciona, nos impede de, por alguns momentos, continuar acreditando no seu potencial. Recentemente falei que o futuro do Brasil é hoje. E ainda acredito nisso. Mas precisamos urgentemente fazer com que a palavra FAMÍLIA seja valorizada. Que as crianças tenham estrutura em casa para lidar com os problemas próprios e com os do mundo.

É meio utópico falar de mudanças estruturais, visto tanta gente que não tem condições mínimas de sobrevivência. Mas para continuarmos seguindo a nossa vida depois de tanta barbaridade, precisamos acreditar que tudo tem solução. Que nossos filhos, os dito futuros, saiam intactos da infância e entrem na vida adulta cheios de discernimentos e valores.

Essa semana to indo para “Porto” ficar perto da minha família e aproveitar para recarregar a bateria. Para reconquistar a fé que anda um pouco abalada. Dos sonhos que continuam firmes, mas que em alguns momentos enfraquecem. Não sou de desistir... Não sou de me entregar... Vamos lá então, mais uma vez levantar e continuar vivendo o melhor que pudermos. Não podemos deixar que atitudes erradas se sobreponham as corretas. Ainda somos mais fortes e numerosos nessa luta contra a covardia e a crueldade.

Bj!

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