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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Companhia de Estimação

Eu sempre gostei de cachorros. Na minha infância lembro-me de cada um que passou pela minha casa. Lembro-me da alegria deles e depois da tristeza que senti quando os vi morrer.

Quando fui morar com o Marcelo em São Paulo sentia-me sozinha demais. Primeiro ele tentou me dar um peixe, o Chico, que durou uns dois anos, mas não tinha interação nenhuma comigo. Eu queria alguma coisa para poder compartilhar mais afeto... Pedi um cachorro! O Marcelo não gostou muito da idéia, morávamos em apartamento e ele nunca foi muito fã. Mas aí eu fiz aquela cara de quem estava carente e claro que convenci a fera.

Foi então que no dia 21 de junho de 2000 eu ganhei a CUCA. Ela tinha quarenta dias e era uma bolinha de pêlo linda. A Cuca é um poodle na cor champagne e hoje já tem quase 11 anos. Ela nasceu em Santo André, mas já nos acompanhou por todas as casas e cidades que moramos. É uma cigana, assim como nós. E ela realmente conseguiu suprir a minha carência porque sempre foi a minha parceira, a minha companhia nos dias de solidão.

É verdade quando falam que o cachorro pode ser considerado o nosso melhor amigo. Comparações á parte, é emocionante sentir uma fidelidade tão pura e sincera. Ainda me surpreendo quando saio por cinco minutos e sou recebida com a mesma festa se tivesse ficado horas fora de casa.

É claro que depois que a Mari nasceu a Cuca ficou com menos atenção. Ás vezes ela ainda ganha o privilégio de ficar umas horinhas dentro de casa e se deitar no seu sofazinho preferido. Mas isso só quando não fica passeando pela chuva e está limpinha. Como aqui em Joinville a chuva faz parte da rotina nem preciso dizer que a Cuca está sempre ensopada. Os seus lindos pêlos encaracolados foram trocados agora por um corte radical sem muito pêlo, pois só assim consigo mantê-la limpa e solta pelo pátio e pela grama.

Dizem que a idade dos cachorros não é igual a nossa. É preciso multiplicar por sete. Se a conta estiver certa a minha Cuca agora em maio estará fazendo 77 anos. Uma idosa já. É por isso que correr atrás da bola virou uma façanha. Ela até tenta, mas na primeira corrida já deita com a língua pra fora. Já começou a perder os dentes e criar muitas remelas. Seus passos são mais lentos, dorme o dia inteiro e seu único prazer é estar ao nosso lado e tomar um bom banho de chuva.

Não gosto muito da frase que diz “Quanto mais eu conheço as pessoas, mais eu gosto do meu cachorro”. Tá certo que tem muita gente que não vale nada e muito cachorro que é mais amigo do que os próprios amigos, porém, “cada macaco no seu galho”. Nada de maltratar os cachorros ou qualquer animal... Ame muito o seu cão, mas não esqueça que as pessoas também valem à pena.

Uma Ótima semana!!

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