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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Chove chuva... Chove sem parar...

Depois de passar um final de noite de sábado e um dia maravilhoso de domingo na encantadora Floripa, cheguei a Joinville recepcionada por sua famosa chuva ao pé da serra. Confesso que já estava esperando por ela... Nada melhor que sentir-se realmente em casa!

Ela cai sem remorso, sem piedade... Faz crescer rapidamente a minha grama cortada há reles dez dias, deixa a minha cachorra tão suja que nem sei mais quem é ela e quem é o pano de chão. Escurece a minha casa, me faz querer ficar até mais tarde na cama. Essa chuva queima as luzes dos enfeites de Natal das ruas, esconde o clima de verão... Alivia o papai Noel nas suas roupas pesadas de frio polar. Pelo menos ele curte o chuvisqueiro e a brisa que vem com ela.

O dia parece noite, a noite continua noite... A escova não dura no cabelo, as roupas não secam e cheiram cachorro molhado. Você acende as luzes da casa de manhã e agradece o barulhinho dos pingos caindo quando encosta sua cabeça no travesseiro. Você precisa carregar a sombrinha pesada dentro da bolsa e molhar o pé ao atravessar a rua. As crianças já acordam elétricas e voltam da escola mais ainda porque não puderam brincar no parquinho.

Você dirige abafado dentro do seu carro. A não ser que você, diferente de mim, tenha um bom ar condicionado... Não é o meu caso. O desembaçador custa a funcionar, o limpador faz um barulho infernal... O trânsito fica lento, arrastado... Se você estiver andando na rua leva um banho de poça d água, molha a roupa, a bolsa, o dinheiro no bolso e ainda divide todos os vírus dentro do ônibus lotado e com suas janelas encerradas.

Pois é... Pode parecer um desastre tanta chuva nessa cidade. Às vezes realmente é difícil ver o céu sempre cinza. Esquecer do canto dos pássaros nos amanheceres ensolarados. Às vezes a chuva trás a nostalgia, a tristeza, a saudade. Ela faz a gente pensar, se encolher, comer, se esconder. Mas também ela trás um pouco de calma, um pouco de paz... Já tá na hora do sol voltar a brilhar nessa terra. Da gente poder calçar o chinelo de dedos e aproveitar o horário estendido, a cidade enfeitada, as férias que vão chegar. To achando que ao invés de trenó o Papai Noel vai ter que alugar um barco... Um bem grandão... Para caber todos os presentes... E tem muita gente aqui esperando o seu... Só preciso avisá-lo para não me dar um guarda chuva... Já tenho uma coleção!!!!!

Bjus...

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