Páginas

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cabeças pensantes

Todos os dias julgamos e somos julgados. Algumas vezes falamos com convicções e certezas absolutas, outras falamos por ressentimentos, mágoas... Frustrações. Certo é que entendemos de nós mesmos... E de vez em quando nem de nós conseguimos decifrar... Ainda sim queremos desvendar os mistérios alheios. Porém, corremos o risco de estarmos ligeiramente equivocados.


Cada ser tem sua opinião, seus valores, sua forma de enxergar a realidade e vivê-la da maneira que achar correta. Mas, mesmo assim quando as nossas convicções não batem com a do outro... Julgamos! Batemos o pé com a nossa verdade e deixamos todo o nosso sentimento ferido falar mais alto. Algumas vezes por conta disso ofendemos, machucamos e somos machucados.

É tão difícil entender a si próprio e como não seria mais difícil ainda entender o próximo? Ora medimos as palavras ora falamos tudo que vem na cabeça. Tudo que a raiva e o dissabor provocam no nosso interior. Somos intolerantes, incompreensíveis, insensatos. Perdemos a chance de ficar calados, perdemos a chance de nos poupar.

Somos humanos, somos corajosos e covardes ao mesmo tempo. Iludimos o outro e a nós mesmos. Ao invés de perdoar preferimos remoer, guardar as feridas. Ao invés de aceitar a incompreensão, gostamos mais de ser incompreendidos, vítimas, pobres coitados... Olhamos no olho, mas não enxergamos a alma... Mascaram-se as cicatrizes, suturam os machucados, esquecem de retirar os pontos. Ficamos com marcas!

Achamo-nos passados pra trás, humilhados, caídos. Mas, quase sempre nos esquecemos de olhar para baixo e ver quem também deixamos sofrer. Apontamos o dedo e não gostamos de ser indicados. Falamos o que queremos e não queremos ouvir o que nos faz calar. Levantamos a mão, mas não queremos apanhar... Queremos pedir desculpa, mas não queremos ouvir um não aceito.

Somos todos cabeças pensantes... Diferentes, iguais, mutantes. Sabemos hoje o que queremos e rezamos para que amanhã ainda tenhamos o controle. Não podemos ser vítimas de nossos próprios experimentos... Mas, se experimentarmos devemos sim ser as cobaias e arcar com as possíveis conseqüências...

Pensando bem, não sei mais o que eu to falando... Já me perdi no meio dessa confusão toda que a gente faz tentando explicar o que sentimos o que queremos... O que somos!

Até a próxima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário