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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Música que Transforma

Eu adoro música, de muitos gêneros... Não posso dizer que tenho um preferido, porque tudo depende do meu estado de espírito. As vezes levanto da cama saltitante, louca para ouvir e cantar uma música agitada. Outras vezes acordo meio baixo astral, com vontade de ouvir algo bem introspectivo. Na verdade, acho que música é isso... Precisa mexer na alma e provocar sensações variadas.

Talvez tenha sido essa a intenção dos organizadores do Rock in Rio desse ano. Além do bom e velho rock, misturaram outras tribos como o axé e o pop. Talvez se encaixariam melhor nos palcos alternativos, mas o estrelato dos convidados talvez não comportaria um palco secundário.

Não estou tendo muito tempo para acompanhar os shows pela televisão, mas me estufo de orgulho quando vejo bandas como Titãs e Paralamas abrindo o festival e o Capital Inicial que eletrizou a galera. De bandas que embalaram a geração antes da minha, mas que eu pude curtir também na adolescência. De músicas antigas que falam muito da atualidade; que não tem tempo, nem prazo de validade.

Acho que essa é a cara do Rock in Rio. De um som pesado e cheio de denúncia. De garganta seca de gritos, de ouvidos tinindo o som das guitarras. Numa época que a juventude está tão envolvida com sons melosos e meninas frenéticas na onda "Just", perde-se um pouco a força do rock que tínhamos no passado. É claro que vivíamos uma época de transformações e evoluções constantes, mas se pensarmos no hoje ainda precisamos de vozes reivindicando soluções. Talvez a cidade do rock precise de mais rock... Porém ainda está valendo a energia que a música, independe de qual seja, possa compartilhar.

Sem dúvida há espaço para todos os ritmos. Que bom que temos muitas vertentes. Que podemos ligar o rádio e escolher aquilo que nos toca. O mais importante de tudo isso, é que a música use o poder das suas estrofes para atingir mais que nossos corações. Que ela acerte o alvo dos questionamentos e dos valores. Que a música seja sempre alegria, mas que embutido nela esteja todo nosso extravaso.

# Este texto foi publicado no portal www.dentrodobairro.com.br

Bjus!

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