Páginas

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cidadã do Mundo

Hoje de manhã resolvi acordar bem cedinho e encarar uma fila em um dos postos do Instituto de Identificação aqui de Curitiba para fazer a carteira de Identidade da Mari. Tudo isso pela última viagem que fiz com ela de avião. Nessa ocasião esqueci a certidão de nascimento, na qual me gerou um estresse desnecessário. Então, vamos providenciar um documento mias fácil e prático. Nem preciso mencionar que ela estava radiante com o fato de ter uma carteira igual a minha e de todas as pessoas que ela conhece.

E foi tudo muito tranquilo, bem diferente de quando eu precisei fazer a minha. Em menos de trinta minutos já estava tudo pronto. Não saímos com a carteira na mão, ainda precisarei voltar lá para retirá-la, mas o processo foi super rápido. Primeiro que tudo hoje é digital. Desde a foto, assinatura e o mais legal: A impressão dos dedinhos. Foi-se o tempo que precisávamos manchar os dedos com aquela tinta preta que parecia nunca mais nos abandonar. Agora, em questões de segundos, uma pequenina máquina grava as digitais e importa automaticamente para o computador... Viva a modernidade! Obviamente que a Mari saiu frustrada do lugar sem carregar na mão aquilo que foi buscar, mas dentro de cinco dias úteis ela já vai poder conferir o resultado.

O maior problema que tivemos, se é que podemos chamá-lo assim, foi o fato dela precisar tirar os brincos na hora da foto... E ficar séria também. Quem conhece a minha princesa sabe da bronca que é colocar um brinco na orelha e parar de rir. Primeiro fez cara de choro, depois engoliu tudo só para mostrar para o senhor que estava nos atendendo que já era uma moça muito madura. Depois concentrou-se na foto e click! Nossa, que horror!!!! E olha que a Mari é super fotogênica, mas saiu com uma cara de sono... Não tive dúvidas de pedir outra. Pronto, agora ficou melhor... Dentro do cabível, é claro, de uma foto de identidade.

Na hora de registrar a assinatuira o senhor foi logo olhando para mim dizendo assim: - Ela não assina né mãe! A Mari levantou os olhos e disse: - Sei sim escrever o meu nome... E a minha mãe pode me ajudar. Ele até ficou com vergonha de responder, apenas disse: -Sim senhora! Ela escreveu então seu nome completo, um pequeno errinho na letra Z da palavra Souza, mas nada que a gente não entenda. Certo que daqui breves anos ela terá que fazer outra carteira com seu rostinho mais maduro.

Não sei, com essa história, se me senti mais velha ou mais orgulhosa. A primeira por ver aquela menina que pouquíssimo tempo atrás só ficava no meu colo, agora já até negociando sua assinatura; e a segunda por vê-la tão crescida tomando o caminho que estamos tracejando para ela.

Bateu em mim, de alguma forma, uma saudade de quando eu era pequena e ter todo o futuro a minha disposição. De iniciar a vida e fazer escolhas. De sonhar com as expectativas do fururo! Mas aí, me lembrei também de toda a parte chata que vem junto com o pré amadurecimento. As inseguranças, os medos, os tropeços e tudo que vamos aprendendo á medida que crescemos. É ótimo ser criança, mas também é muito bom ter as rédeas da vida.

Sem dúvida ver a minha filha querendo tornar-se uma cidadã encheu a minha alma de alegria. Mostrou-me que o ciclo da vida é muito rápido mesmo, mas muito cheio de alegrias. Temos sim nossos momentos de fraquezas, tristezas, decepções e perdas, mas somos surpreendidos constantemente por momentos que valem por tudo. Hoje me enchi de prazer compartilhando com a Mari esse momento tão importante. De ser mais que um rosto, um nome e uma digital num cartão de identificação, mas de ser única e especial. Para mim ela já é... Agora vai começar a se mostrar para mundo!

Bjus, ótima semana!

Nenhum comentário:

Postar um comentário