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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ilhados

Quinta feira passada fui à reunião da escola da Mari e depois a levei num shopping aqui no centro de Joinville para ela tomar sorvete. Ficamos um tempo por lá e até vimos que havia chovido... Mas nem me preocupei com o fato. Ao sairmos do estacionamento estávamos ilhados.

Sim... Ilhados... Água por todos os lados... Na rua havia um único “risco” de asfalto na qual os carros brigavam por um espaço. Os vidros do carro todos fechados, uma fina chuva caindo na rua, o barulho do desembaçador me atordoando e um calor insuportável na pequena Joinville.

Eu novamente me vi tensa, nervosa, suando e procurando novas rotas e alternativas. A cada rua que eu entrava avistava um carro voltando de ré, porque não tinha como seguir em frente... Tudo alagado. Tive que dar uma volta enorme para achar um ponto seco da cidade. Mas aí, é claro todos pensam a mesma coisa e aquela fila se formava... Num trajeto que normalmente eu levaria uns dez minutos... Passaram uma hora.

Tudo bem, o importante era estarmos seguros longe das poças... A Mari acabou dormindo e assim que chegamos em casa o tempo já estava abrindo como se nem houvesse caído um pingo de chuva. Vai entender! E olha que eu vi carros abandonados no meio da água, gente saindo do trabalho com as calças dobradas, pés descalços ou então segurando o sapato e andando confortavelmente de chinelos e roupa social (Algumas pessoas que já conhecem o ritmo da cidade são mais precavidas. Certo elas!).

É assustador o poder da água... A possibilidade de imaginar que ela vai levar tudo embora. E, às vezes ela leva... As pessoas perdem suas casas, perdem suas vidas... Há muita culpa em tudo isso... De nós indivíduos que precisamos ser educados, que devemos nos conscientizar que o lixo no chão das ruas é um grande “entupidor” de ralos e facilitador de enchentes; De administradores das cidades que precisam achar soluções imediatas para tanta água que se acumula; De total descontrole da natureza que á medida que os anos vão passando vai se tornando mais violenta, imponente, letal! Culpa nossa também que evoluímos sem pensar nas conseqüências dela.

Que loucura! Uma experiência que espero poder evitar. Orgulhosa por um lado por ter conseguido manter a calma e sair do problema. Impotente por outro por não controlar os efeitos de tantas chuvas nesse verão. Mas a vida segue... A gente recomeça... Lembra do que viveu e se fortalece. Eu não perdi nada, não sofri traumas, mas muitos são devastados... Ou a gente respeita a natureza... Ou vamos ser devorados por ela!

Um beijo... Ótima semana!

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