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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Duelo de Titãs

Andei pensando nesses últimos dias em como as rivalidades são perigosas, mas importantes também no nosso cotidiano. Em muitas cidades há disputa pela preferência de times, mas desconheço povo tão fanático por essa rivalidade que o gaúcho.

Meu pai, colorado de carteirinha, assim como o meu irmão, diz que virei gremista porque nasci nos anos dourados do Grêmio. Eu era muito pequena para entender, mas foi um pouco antes de 1983, quando o Grêmio se consagrou Campeão do Mundo que eu nasci. Pode sim ter influenciado minha decisão, mas a escolha de um time vem sempre do coração. Uma vez escolhido, não há nada nem ninguém que vai conseguir distanciar você da sua paixão. O meu pai não conseguiu... Salve então a rivalidade dos “Ferreira” lá em casa!

O Inter também teve seu reinado no meio dos anos 70 e início dos 80, com jogadores convocados para a seleção brasileira e no topo do ranking nacional. Lembro-me do meu pai sempre falando do seu inter e seu “Rolo Compressor”. Lembro-me também no auge dos meus 17 anos do apogeu do Grêmio com a conquista do Brasileiro e da Libertadores da América. Uma fase histórica para mim e para todos os tricolores!

Depois de alguns anos os dois, Grêmio e Inter adormeceram. Vi meu time cair para a segunda divisão e voltar para os grandes bravamente. Vi o colorado despontar novamente e viver até hoje fases belas e equilibradas. O time da Beira-Rio se organizou. Já algum tempo consegue arrecadar e manter sua força. O tricolor ainda não se encontrou. Tivemos alguns bons momentos, mas ainda nos falta recuperar o brilho da nossa grandeza. Nunca fomos um time de estrelas; nunca desfilamos técnicas elevadas, a não ser quando apresentamos o Ronaldinho Gaúcho para o mundo... Mas ainda prefiro as cabeçadas do Jardel, os passes do Paulo Nunes, os chutes do Dinho e a liderança do capitão Adilson.

No último final de semana o duelo mais esperado de Porto Alegre aconteceu. Alguns, inclusive gremistas, apostavam na vitória certa do Internacional. Outros já sabiam das surpresas do clássico. Ouvi muitas pessoas falando em sorte. O jornal de maior veiculação da capital escreveu que o Grêmio ganhou “no grito”; na conversa de Celso Roth com os jogadores na preleção. Eu não sei... Mas quando essa dupla divide o mesmo gramado, mesmo em disputas menores como o Gauchão, ou em partidas simples pelo brasileirão... Eu vejo em campo verdadeiros tigres! Eu vejo o meu time se superar e vestir a força da sua camisa.

Sim, ainda estamos no final da tabela do campeonato nacional, mas quando entramos em campo sustentados pela rivalidade não perdemos a garra. Com certeza é essa rivalidade que mantém Grêmio e Inter soberanos. Não importa quem vença mais partidas ou campeonatos. Para o torcedor, para os seus admiradores, seremos sempre Vitoriosos... Não interessa se você veste vermelho ou azul... O importante é que você vista a sua camisa e lute por ela!

# Este testo foi publicado no portal www.dentrodobairro.com.br.

Bjus!

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