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sábado, 2 de julho de 2011

POEMA: Andanças

"Não posso fixar quadros em paredes, nem cimentar a marca do meu pé na calçada...
Não posso mudar as cores das paredes, nem fazer a reforma no escritório...
Não posso comprar móveis, nem inventar mais uma vaga para o carro...
Fico presa a gostos de outros, fico encurralada em sonhos que não são meus...
Vou pulando de galho em galho experimentando o melhor lugar... Uns são mais escuros, outros mais cheios de luz...
No caminho encontro pessoas para deletar, outras para amar... São anjos colocados dentro de mim que, além de me ajudarem, certificam a validade da minha jornada...
Já pensei em desistir, em tremular a minha bandeira branca e pedir para descansar... Mas vou sentir falta da aventura, das descobertas, de todos os sentimentos que se misturam como se eu fosse uma criança descobrindo os perigos do mundo...
Eu já assimilei a parte boa de todas as andanças... Da rotina que não se fixa, do tédio que não se instala, da mesmice que nunca acontece... A parte difícil eu procuro não pensar... Porque a dor da saudade vai ficar, mas as lembranças de todos os momentos que pude viver também...
São histórias de vidas e de pessoas que se acumulam... Que me levam a acreditar em como um pouco de mim se torna especial ao cruzar com essas vidas... O privilégio de descobrir em cada alma a figura de um amigo eterno."

Bjus... Bom Final de Semana!

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