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terça-feira, 17 de abril de 2012

Sou Virgem!

Sou virgem do primeiro porre... Não que isso seja uma coisa que me preocupe ou atrapalhe a minha vida, pelo contrário, não faz nenhuma diferença, mas estava pensando no assunto esse final de semana colocando no saco de lixo latinhas e garrafas de cerveja de um churrasco aqui em casa.

É claro que eu já fiquei tonta; faceirinha, mas nunca bebi até cair. Nunca dei vexame numa festa ou nos encontros de família. Talvez porque não seja muito ligada por bebidas, gosto apenas de "bebericar" as mais docinhas. Ou talvez por ser já uma pessoa muito expansiva. Sem ajuda do álcool já falo pelos cotovelos e dou risada até de graça. Não sou uma pessoa que passa desapercebida num lugar. Quem sabe bêbada eu faria tudo ao contrário. Aquela que num canto chora todas as suas mágoas...

Ou então, e acho que essa seja a explicação mais realista, seja o meu medo de perder o controle. Perder o controle de mim, se é que você me entende. Arrepia-me só de pensar em acordar um dia sem lembrar o que aconteceu no dia anterior. Sempre fui, desde adolescente, de medir muito os meus atos. Por diversas vezes deixei de aproveitar alguns momentos com receio da responsabilidade das consequências. Sempre fui muito certinha!

Por um lado isso me fez deixar de experimentar coisas ruins... Que nem hoje valeriam à pena, mas por outro deixei também de curtir situações que poderiam ser legais... Vai saber! O lance é que essa reflexão sobre o "porre inédito" me fez pensar em quanto a vida pode ser inédita em muitos requisitos.

Na nossa adolescência parece que essa virgindade é mais preocupante e apressada. Somos virgens de beijo, de primeiros encontros, de porres, de noitadas, de sexos e muito mais. Quando viramos adultos gostaríamos de nunca ter perdido certas virgindades: A da primeira prestação da casa e do carro; dos compromíssos inadiáveis; da responsabilidade de ser alguém.

É ótimo ter as rédeas da vida, mas era tão mais simples quando cuidavam de tudo por nós. O bom é que agora somos mais livres para perder algumas virgindades que nos eram proibidas e descobrir outras que transformam para sempre a nossa vida, como a maternidade, por exemplo. Quem sabe praticar o vôo livre; escalar uma montanha; nadar com tubarões; escrever um livro; dirigir um carro, um avião, uma nave... A viagem dos sonhos, as compras sem remorço, a independência enfim...

Sobre o porre ainda não sei o final. De repente morra na dúvida ou experimente só por diversão. Quem sabe, por alguns momentos eu saia do controle. Entregue-me ao insensato e ao desconhecido. Nunca é tarde para deixar de sermos virgens!

Bjus!!!

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