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domingo, 8 de abril de 2012

Renascidos

Estava conversando com a minha mãe hoje pelo telefone sobre um “esporão” que ela adquiriu no pé e que está causando alguns transtornos. Á medida que falava pensava em quantos “calos” nós todos ganhamos e carregamos na vida.

Você segue o seu caminho, mas sente aquela ferroada na sola do pé. Aquela dorzinha que cutuca até a alma. Igual aos problemas do nosso cotidiano: Continuamos lá eretos, driblando todos os imprevistos, sem nem ligar para a calosidade em cima dos ombros. Tomamos um gole de chá de ânimo, umas pílulas de coragem, uma massagem de autoestima e seguimos em frente construindo nossos ideais.
Depois que amenizamos os “calos” começamos a cultivar cicatrizes. As feridas que abriram, mas que sabemos um dia fechará com o tempo. Algumas vezes conseguimos esquecer a dor, mas continuamos com as marcas. Seja a cicatriz de um coração partido, de uma mágoa, de um tombo alto. Seja a cicatriz de um acidente de moto, da queda de um muro ou da bicicleta na infância; da bala da arma protegendo um cidadão em um assalto, do arranhão de um prego durante a construção da sua casa.
Não somente as cicatrizes adquiridas pelo destino, mas também àquelas que escolhemos. A tatuagem que marca um momento, uma história, uma amizade, um amor, um filho. As marcas de uma tinta que arranha; que provoca dor e até lágrimas, mas que depois abre sorrisos.
Talvez você possa estar achando esse assunto um tanto quanto duro para um dia de tanta comemoração. Talvez seja essa mesmo a intenção. Refletirmos que durante todos os calos, cicatrizes e arranhões podemos encontrar logo em seguida a calmaria. Olhar-nos no espelho e renascer. Encontrar um novo “eu”... Um novo rumo...
Em datas como hoje é que paramos para pensar nos espinhos da vida. Todos nós carregamos cruzes e sofremos por elas. Porém, ao mantermos nossos olhos brilhantes e nosso coração aberto nos transformamos em seres fortes. Nosso corpo e espírito suportam tudo aquilo que nos obrigam a carregar ou que escolhemos passar. As feridas sempre farão parte da nossa trajetória. Elas nos lembram do quanto podemos ser diferentes e melhores!
Bjus!


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