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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Princesas de Calça

Nesse último final de semana vi com a Mari o filme "Espelho, espelho meu". A história da Branca de Neve com a veterana Julia Roberts no papel de vilã. O que me chamou mais atenção foi o fato da princesa deixar um pouco a fragilidade de lado e interpretar a mulher de hoje. Aquela que não dependo do príncipe encantado e vai á luta dos seus ideais.

Por outro lado fico preocupada com essa revolução toda. Com a doçura e sensibilidade perdendo lugar para a independência a qualquer custo. No filme acho que a princesa encontrou esse equilíbrio, de mulher guerreira e sensível. Aquela que lidera, mas também precisa de cuidados.

Não sou contra a evolução do sexo feminino, pelo contrário, acho ótimo sermos vistas com coragem, mas quando tiramos nossas algemas de submissão, parece que não deixamos espaço e escolha para quem gostaria de continuar usufruindo de aspectos do passado.

Eu tenho uma filha mulher e vou ser a primeira a incentivá-la a ser o que quiser. A estar no topo de uma empresa comandada por homens ou a rainha mãe num lar feliz. Ou os dois, ou nenhum deles. A preocupação é a cobrança que fazemos a nós mesmas. O medo de voltarmos a ser dependentes e sem poder.

Já disse milhares de vezes que não precisamos ser heroínas, mas confiantes. Precisamos bater no peito as nossas escolhas e ser espertas para voltar atrás se necessário. Temos o direito de tentar e nessas tentativas descobrir que podemos mais ou menos.

O que nos torna poderosas não é o salto alto, a maquiagem, a mala de executiva, a penca de filhos embaixo do braço, nem a agilidade de fazer mil coisas. Somos poderosas no mesmo sentido que os homens também são. Quando usamos a nossa inteligência; quando distribuimos sorrisos; quando paramos para ouvir ou compartilhamos uma história; quando amamos incondicionalmente; quando somos gentis; quando aprendemos a olhar para nosso interior e desvendar os nossos mistérios.
O nosso poder está na capacidade de sermos felizes... Não por imposições, mas por nossas próprias vontades.

Até!

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