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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sonhos perfeitos em atitudes imperfeitas... Mães simplesmente!

Estive pensando no que escrever sobre o dia das mães e a primeira palavra que pairou na minha mente foi PERFEIÇÃO! Ao mesmo tempo que esbocei um sorrisinho ligeiro no canto da boca, uma tremenda culpa e reprovação fecharam o meu semblante.

Você deve estar confuso, se perguntando o por quê da minha reação. Eu explico... Não somos perfeitas e nunca seremos... Essa é a questão! Como em tudo que me proponho realizar desejo ser a melhor fui descobri a pouco tempo vivendo esse papel de ser humano mágico aos olhos dos filhos que não preciso ser perfeita.

Eu aprendi depois de muitas noites mal dormidas questionando os meus atos que não é essa tentativa de perfeição que tornará a minha filha independente, educada e especial. Serão nos meus acertos, mas também em todos os meus erros que aprenderemos juntas. Nos limites do dia-a-dia; nos longos desabafos; nos valores e experiências trocados; nas conversas banais; num colo fazendo cafuné; em momentos simples e complicados.

Talvez hoje olhando para a minha mãe, minha melhor amiga, eu enxergue a perfeição do momento. Porque o segredo não está em sermos perfeitas, mas em transformarmos nossos momentos juntos e os de aprendizado em uma verdadeira obra prima. Nesse equívoco de achar que não podemos errar deixamos de evoluir como mães e como seres humanos. Nossos filhos todos os dias nos dão lições espetaculares. É uma troca constante de amor e de valores.

Vejo muita gente por aí encher o peito dizendo ser "mãe coruja". O que é isso? É aquela que zela, que cobre, que verifica as refeições , o banho e os deveres de casa? Que joga bola, brinca de bonecas e conta histórias? Sim, é ser todos esses "perfeitos exemplos" maternos sem esquecer de ensinar a pedir desculpa por um erro; não cultivar precoceitos; respeitar; ensinar a andar com as próprias pernas; repreender; dar o exemplo; dizer não!

Uma certa vez, a Mari devereia ter uns três anos, me pediu para fazer algo e eu neguei. Sem nem perceber ela virou-se e deixou escapar um CHATA. Eu confesso que jamais esqueci essa palavra; ela continua ecoando nos meus ouvidos, porém aceitei que esse também deve ser o meu papel: Ser a CHATA da vez!

Se fôssemos perfeitas não poderíamos ser chatas. Não cobraríamos; não negaríamos e viveríamos um mundo cor-de-rosa irreal. Porque mãe de verdade explode! Perde a paciência vezes mil; chora de cansaço; grita pedindo socorro e mesmo assim é feliz á beça! Nessa loucura de sentimentos, emoções e reações não existe perfeição. Ora agimos com a razão, ora nosso coração derrete nossas ações.

A perfeição está nos momentos compartilhados. Num sorriso de bom dia; num beijo cansado de boa noite; num andar de mãos dadas pela praça; no cantarolar de uma música de ninar. A perfeição está no gesto que protege do vento; na doação diária de pais e filhos. No choro escondido depois de uma palmada; dos diálogos do adolescer; de não e sim que se revezam na construção da personalidade.

Eu já assimilei que na minha trajetória maternal haverá muitos erros e muitas vitórias. Porem, o mais importante, é que aprendi a deixar rolar e curtir todas as particularidas que o ser mãe me proporciona. As dificuldades e as responsabilidades também caminharão juntas, não há como dividir, mas é exatamente assim... Seguindo os passos do meu maior exemplo de mãe, a minha, que vou construindo a minha história com a Mari.

Quem sabe um dia ela, além de me chamar de mãe possa me chamar de amiga. Entender que aquela CHATA do passado tinha motivos para tantas cobranças e ensinamentos. Esse sim, de repente, vai ser o momento mais PERFEITO que eu possa imaginar.

Feliz Dia para todas essas mães imperfeitas que já descobriram ou ainda descobrirão que a perfeição está no olhar dos seus filhos!
Um beijo especial para a minha mãe que é tudo de mais sagrado que eu tenho na vida... TE AMO HORRORES!!!!

Bjus!!!

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