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domingo, 20 de maio de 2012

Caça Fantasmas!

O dia começou sendo um típico sábado cinzento em Curitiba. O sol aparecia encabulado por entre as nuvens com um friozinho gostoso... Tudo dentro da santa normalidade. Saí para almoçar com a minha filha e a minha mãe e depois um passeio pelo shopping. Era dia ainda quando decidimos voltar para casa. Numa imensa "lomba", daquelas que o meu carro só sobe em terceira bem embalado, fui inventar de ultrapassar outro carro que conseguia ser mais lento que eu, quando o "ervilhão", meu carro velho, simplesmente parou de funcionar. Como? Pois é, me fiz a mesma pergunta... Foi como alguém, um fantasma talvez, tivesse arrancado a chave da ignição... Uma loucura!!!!

Fora o susto e de quase ter provocado um acidente, acabei novamente passeando de guincho! Já fazia algum tempo que o "ervilhão" não me colocava nessas enrrascadas... Porém, assim como uma mãe que intui os problemas das suas crias, já havia pensado que o meu filho motorizado causaria problemas. Depois de quase 1h esperando o socorro conseguimos chegar guinchadas em casa. Geladas de frio, tudo bem, mas salvas!

O socorrista, seu Jorge, não o cantor, infelizmente, mas o funcionário da seguradora que me ajudou, acho que não sabia cantar, mas fez um belo trabalho no meu carro. Não satisfeito com o mistério da pane procurou em cada canto existente a possibilidade da falha elétrica. E acreditem se quiser... O culpado de toda essa indiada foi um mísero fúsivel de 3 amperes... O mais fraco, o menor existente, um pequeno pininho roxo que rompeu com as estruturas já cansadas, é bom dizer, da minha máquina possante idosa. Depois de algumas "pontes" para substitituir o pequeno fusível, que será providenciado novo na segunda-feira, o "ervilhão" já está circulando normalmente pelas ruas de Curitiba... Maravilha!

Mas o dia ainda tinha mais para oferecer. Já havia combinado com o Marcelo para saírmos á noite aproveitando a estadia da minha mãe em casa que numa boa ficaria tomando conta da Mari, minha filha sem motor. Mais ou menos né... Tem uma pilha duracell que não termina nunca! Depois de um banho quente para esquentar o frio nos arrumamos e partimos para a diversão. Diante as milhares de opções de restaurantes e barres da cidade escolhemos um que nos pareceu bem aconchegante. E realmente era... Mas, os garçons... Putz... Um desastre... Mais um no meu dia!!!

Dois rapazes, muito bem intencionados, mas com pouquíssima prática atendiam o setor que estávamos sentados. Já na primeira solicitação descobrimos como seria a noite. O Marcelo olhando o cardápio resolveu perguntar: - O que seria essa coxinha de frango cremosa? O garçom muito sério nos encarou e disse: - Não sei, sinceramente não sei! Eu e o Marcelo nos olhamos meio pasmos e pedimos mais um tempo para decidir o que queríamos.

O outro garçoim jovem se aproximou e resolvemos fazer a mesma pergunta sobre o até então incógnito frango. A resposta foi diferente, mas não nos esclareceu a bendita dúvida: - Olha só patrão, hoje vamos ficar devendo esse prato, a cozinha não está fazendo. Ok, melhor não insistir mais, vamos deixar a galinha fora dessa! Vamos tentar as bebidas. Mais uma vez o Marcelo: - Por favor, quero duas cervejas dessa aqui. O garçom: - Desculpa mais uma vez, mas essa aí "acabou de acabar".

Não sei explicar como nessa altura minha paciência ainda resistia, mas o meu humor estava inabalável! Sorte de todos! Então escolhemos outra cerveja, uns petiscos e " voilá"... Nos esbaldamos num mix de bolinhos de aipim com carne seca, pastelzinhos de queijo, batata e franguinho frito. Uma delícia!!!

Antes de eu arriscar pedir a sobremesa reparei que a minha consumação, que o Marcelo guardava não estava em cima da mesa. levantamos; olhamos em baixo de tudo; chamamos os garçons iniciantes... Nada! Sumiu, evaporou do lugar! Mais ou menos como a pane do ervilhão... Sem explicação! Chamamos o gerente que muito atencioso resolveu o nosso problema sem muitos transtornos. Ao buscar a máquina do cartão de crédito para finalizar a conta achou a consumação no balcão do caixa. Perfeito!!! Alguma alma caridosa encontrou a fugitiva e entregou a quem poderia ajudar.

O gerente nos devolveu as duas comandas já carimbadas como pagas e ainda ficamos mais um pouco degustando a sobremesa. Entre colheradas de sorvete e bolo do meu Petit Gateau, O Marcelo exclama: - Jú, acho que eu perdi a consumação novamente. O meu doce agora com gosto amargo perdeu a graça. Diferente da primeira vez tínhamos perdido uma consumação com o carimbo de pago e com o nome de um homem. Uma alma caridosa novamente poderia ajudar ou então alguém bem mal intencionado poderia se aproveitar da situação. Com aquelas caras bem deslavadas chamamos o gerente e o Marcelo disse: - Cara, tu vai achar que eu sou louco, mas a consumação sumiu de novo! Nem ele se aguentou e abriu um sorriso tipo assim: - Tá de brincadeira né!!!

Muito gentilmente, como já havíamos pago, fomos escoltados pelo gerente até a porta para o segurança liberar a nossa saída. Pedimos mil desculpas e saímos dando risada. Não gosto muito de dizer quando o dia tem seus entraves e que as coisas são difíceis, que nem deveríamos ter acordado, porém ontem, depois de passear de guincho e quase ser presa no restaurante, foi bom terminar a noite bem quietinha embaixo das minhas cobertas. Um lugar seguro talvez, mas tenho as minhas dúvidas... Acho que tem fantasma andando por aqui!

Bom domingão!!!!

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