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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Uma pilha de potes no meu caminho...


Imagina um supermercado com suas pilhas de alimentos no meio dos corredores ornando o seu interior. Com isso em mente pensa numa pilha de potes de queijo parmesão ralado entre o setor de frutas e verduras e as carnes. Agora me visualiza empurrando um carrinho pesado tentando fazer a curva em volta dessa pilha. Sabe dominó quando você empurra uma peça e todas as outras caem junto? Foi assim mesmo que aconteceu ontem comigo no supermercado... Um estrago nos potes de queijo ralado... E o barulho? Todos os olhos do recinto pairavam sobre mim e foi impossível não me sentir a ré da vez.

Um funcionário muito simpático correu para me ajudar e me tranquilizou: - A senhora não se preocupe que eu arrumo tudo, essas coisas acontecem! Pronto, meu herói do momento! Coloquei alguns potes no lugar, empinei o corpo e continuei as compras como se nada tivesse acontecido.

Somente mais um desastre de supermercado igual quando você tira uma laranja do lugar e outras 2, 4 ou 6 saem rolando pelo chão. Ou quando atropelamos o calcanhar de alguém com o carrinho; ou quando sujamos os dedos pegando um iogurte com a tampa violada, ou a água sanitária que não está bem fechada ou o previsível saco furado de açúcar. Mais trágico que a minha pilha destruída de queijo ralado, seja talvez deixar cair um vidro de conserva de azeitona, ou pepino, ou geleia e provocar aquela sujeira no corredor.

Pior de repente do que todas essas enrascadas seja a hora do caixa. O valor descomunal que aquela minúscula tela insiste em nos mostrar. Porém, nada se compara com o trabalho cansativo e repetitivo que uma simples ida ao supermercado proporciona:

 - Arrumar uma vaga que não seja para idosos. Desculpa-me os mais experientes, mas me parece que todo o estacionamento virou prioritário;

- Encontrar um carrinho que não faça muito barulho e que deslize pelos corredores sem travar;

- E o início da saga: Tirar os produtos da prateleira... Colocá-los dentro do carrinho... Tirá-los do carrinho... Colocá-los na esteira do caixa... Colocá-los na sacola... Colocar as sacolas de volta para o carrinho... Tirá-las do carrinho e colocá-las no porta-malas... Tirá-las do porta-malas e colocá-las no chão da cozinha... Tiras os produtos da sacola e finalmente guardá-los nos armários e geladeira.

Ufa, que trabalheira! Meu pai, muito cômodo diria que seria mais fácil fazer as compras pela internet, visto que muitos supermercados já oferecem esse serviço. Com certeza seria mais prático, mas perderíamos a oportunidade de socializar; de sair na rua; de degustar amostrinhas; de escolher frutas frescas; de pegar uma promoção relâmpago; de comprar sempre mais o que tem na lista; de enfrentar uma fila; de esbarrar com alguém conhecido; de deixar o carro para lavar no estacionamento do “super”; de destruir pilhas de potes e tal.

Eu confesso que gosto de ir ao supermercado, porém sei de todo o caos que ele me proporciona também. Os pequenos incidentes como o meu ontem são normais. Ainda mais eu tão acostumada a cometer gafes. Tudo bem sou o retrato completo da mulher que cuida de tudo e de todos. A supermãe, esposa e gerente do lar. E ainda há quem diga que eu não faço nada.  E isso que a pilha de potes destruída é apenas um aperitivo de todas as dificuldades que o trabalho de casa proporciona. Quer tentar?
Bjus!!!
 

 

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