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sábado, 11 de agosto de 2012

Não é Super Herói, mas me ensinou a voar...


Hoje uma amiga postou em uma rede social coisas que lembravam seu pai que já partiu. Fiquei emocionada lendo atitudes tão simples praticadas por eles. Evidentemente lembrei-me do meu pai, o seu Dudu, e de mais um dia dos pais que vai faltar aquele abraço. Tudo bem, ele sabe o quanto o meu pensamento e todo o meu amor vão preencher o seu coração amanhã e em todos os outros dias do ano.

Meu pai nunca foi àquele cara muito social. De levar para a praça, para o parque ou para a praia. Não me lembro de férias ao seu lado, mas lembro da sua presença em momentos cruciais da minha vida. Quando me mandava levar o cheque na secretaria para pagar a escola; Quando ficava sentado no carro ao meu lado esperando a hora do sinal bater;  Quando esquecia eu e a minha mãe na porta do supermercado porque seguia direto para casa; Quando me dizia que não precisava de outra boneca ou quando me perguntava se o tênis novo era para a escola.

Ele não me deixava dormir aos sábados até tarde porque precisava aproveitar o dia; Fazia cara feia se não sentássemos os quatro ao redor da mesa para compartilhar uma refeição. Gostava de receber as minhas cartas e os meus cafunés. Não entendia porque eu limpava seus beijos babados e porque minha voz tão fina e minhas danças tão extravagantes preenchiam a casa. Ele me ensinou a dirigir e a não dirigir; a fazer comida; bater um prego na parede e a importância de uma cola, fita e "durepox" na rotina de uma casa.

Meu pai não gostava de festas e badalações. Nos meus aniversários estava sempre lá, mas sua enxaqueca também. Não conseguiu me tornar colorada, mas me ensinou a gostar de futebol. Ele não me levava para tomar sorvete, porém me ensinou quase tudo sobre a vida. Aprendi com ele a ser forte e independente; corajosa e opiniática. Ele me deu desde pequena o maior presente: A confiança!

Com meu pai eu aprendi a não deixar nada para depois e a quebrar a cuca para resolver um problema e que muita coisa pode ter concerto. Com ele eu aprendi que educação é a melhor herança para se deixar para os filhos e que família é algo sério e complicado.

Eu aprendi com o meu pai que ser mulher é ser especial e que o meu irmão deve ser sempre o meu maior parceiro. Que o dinheiro vem e vai e que as dores e as doenças só são maiores que nós quando não a enfrentamos. Eu aprendi com ele que o tempo nos transforma... Que a vida pode nos mostrar milagres e que a sorte anda sempre ao meu lado.

Hoje, mesmo já sendo uma mulher feita e madura, ainda sinto-me a princesinha do papai. Enxergo nos seus olhos a sua admiração e o orgulho por quem me transformei. Somos muito parecidos e diferentes. Temos alguns trijeitos e algumas mesmas manias. Temos pensamentos conflituosos e visões opostas de alguns assuntos. Porém, não posso negar que corre nas minhas veias esse poder que somente ele tem de me deixar segura e acreditar em mim mais que eu mesma...

Feliz dia dos pais a todos esses caras que se dedicam a construir filhos fortes e corajosos... Um beijo especial para o meu pai... AMO-TE HORRORES!!!!




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