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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Super Homem e Mulher Maravilha de Cabelos Brancos

Quando éramos crianças queríamos crescer rápido... Ter 16, 18, 20 anos e sair pelo mundo donos de si. Quando alcançamos essas idades e agregamos todos os compromissos e responsabilidades que a maturidade proporciona desejamos voltar a ser crianças.

Queremos as brincadeiras, as manhas e choros. O colo de quem nos ama e cuida; a possibilidade se sermos no futuro o que quisermos. De repente podemos deixar para trás as espinhas da adolescência e as inseguranças das respostas ainda não entendidas, mas queremos todod o resto.

Queremos os diários rabiscados de paixão; as festas na garagem; a voz do Paulo Ricardo embalando as nossas reuniões dançantes. O cheiro do brigadeiro pela casa anunciando a festa; as roupas sujas denunciando um dia inteiro brincando na rua.

Queremos o tombo da bicicleta após tirar as rodinhas; a alegria de ler e escrever a primeira frase. Furar as ondas do mar; piquenique no zoológico; sorvete sem remorço; histórias antes de dormir; banho de chuva; futebol no campinho de areia; álbum de figurinha; coleção de bola de gude.

Queremos a comida pronta quando chegamos da escola; as briguinhas com os irmãos; o sorriso descontrolado de alegria. Não queremos os sermões e os castigos, mas queremos todos os brinquedos que nossa época não nos proporcionou.

Queremos as apresentações de escola; as músicas dos nossos personagens favoritos. O parabéns cantado pela Xuxa; O desfilar pela casa com o sapato alto da mãe. O amigo imaginário; O pensamento doce esperando o Coelho da Páscoa; a magia que rodeia o Papai Noel.

Queremos e não queremos muitas coisas que fizeram parte da nossa infância, mas continuamos sem perceber tentando transformar em realidade todos os sonhos que plantamos naquela época. Alguns deles modificamos durante a caminhada, outros seguimos ao pé da letra.

Nós ganhamos sinais no rosto e fios de cabelos branco e continuamos ainda sem entender porque perdemos toda aquela pureza juvenil. Tudo bem, perdemos porque precisamos ser fortes para encarar a vida adulta, mas não podemos ser tão duros sempre. Os meninos e meninas que fomos um dia continuam dentro de nós. Precisamos acioná-los de vez em quando para nossa vida voltar a ter aquele tom do passado.

Vez e outra devemos viver o colorido da infância. Voltarmos a ser crianças com os nossos filhos e com os nossos sorrisos. É claro que não vou sair fantasiada de princesa pela rua, mas posso me imaginar sendo uma por trás de todo o brilho do meu batom e dos meus acessórios. Pela forma divertida e bem educada que eu trato as pessoas. A brincadeira também nos ensina a sermos adultos leves e bem humorados. O tempo não volta, mas podemos transformar o presente na nossa melhor fase.

Um beijo para a minha filhota Mariana... A pessoainha que me faz lembrar todos os dias da minha infância e que enche a minha casa e o meu coração de alegria. Te amo demais!!!!!

2 comentários:

  1. Lindo Ju , me fez lembrar da minha infância e de que devemos ser felizes todos os dias ...
    Beijos amiga e parabéns .

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    1. Obrigada amiga... Entendeu a mensagem: saber que fomos felizes na infância, mas podemos ser mais agora!!!! Bjus!!!

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